Maria Fernanda Cândido comenta papel em trama de Gloria Perez. Foto: Globo/João Miguel Júnior
Em relação aos filhos, Ruy (Fiuk) está com Ritinha (Isis Valverde), uma mulher que ela considera errada. Joyce não gosta das roupas, do linguajar e do jeito da nora. Além disso, Ivana (Carol Duarte) não aceita o próprio corpo e gosta de usar as roupas do irmão, algo incompreensível para a mãe, que a criou para ser um ícone fashion desde a infância.
"A Força do Querer" é uma novela de Gloria Perez, com direção artística de Rogério Gomes, direção geral de Pedro Vasconcelos e direção de Davi Lacerda, Luciana Oliveira, Claudio Boeckel, Roberta Richard e Fábio Strazzer. Nesta entrevista, Maria Fernanda Cândido comenta papel na trama.
Como você descreveria a Joyce?
Maria Fernanda Cândido - A Joyce é uma mulher conservadora que tem os olhos mais voltados para os interesses individuais do que para os interesses coletivos.
Que cena você tem vontade de rever?
Maria Fernanda Cândido - As cenas com a Carol Duarte eram carregadas de dramaticidade, traduzindo uma relação difícil entre mãe e filha. Porém, apesar de todas as incompreensões, o amor entre as duas sempre esteve muito presente. Adoraria rever as cenas em que Ivana corta os cabelos, uma cena que para Joyce representa perder a filha que ela sempre sonhou. Já com Isis Valverde havia sempre muito humor no set. Joyce e Ritinha se detestavam aparentemente, mas têm traços de personalidade que se assemelham. Ambas mulheres fortes e femininas. O dia que elas foram fazer sessão de fotos na praia foi divertidíssimo. As cenas em que Joyce descobre que o marido Eugênio tem uma amante são desesperadoras para ela. Mas a maneira como ela se refaz e reconstrói sua vida é muito inspiradora. Será um enorme prazer rever essas cenas.
A novela foi muito bem-sucedida. A que você atribui esse sucesso?
Maria Fernanda Cândido - Ao excelente texto de Glória Perez. A direção sensível de Rogério Gomes, e ao trabalho do elenco e equipe.
O que você aprendeu com a personagem?
Maria Fernanda Cândido - Foi um exercício de empatia bastante desafiador que me ensinou a olhar mais profundamente para as feridas causadas pelas idealizações e expectativas frustradas de uma mãe profundamente ligada às tradições e costumes do seu tempo e da sua sociedade.
E como foi a parceria com a Carol Duarte e o Dan Stulbach no set?
Maria Fernanda Cândido - Foi uma bela parceria. Creio que conseguimos construir uma família real. Com brigas, mas muito afeto e amor.
Você foi muito elogiada ao longo da trama por seu trabalho como Joyce. Considera que foi um dos principais trabalhos da sua carreira?
Maria Fernanda Cândido - Creio que "A Força do Querer" tenha sido um dos principais trabalhos que eu fiz na televisão, levando em conta o tema que foi tratado pela novela, e que foi abordado pela primeira vez na televisão brasileira, a transexualidade. Foi um trabalho que teve imensa importância na minha trajetória.
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