domingo, 30 de agosto de 2020

.: Grátis: Márcia Limma reconstrói mito de Medeia e fala sobre empoderamento


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espetáculo, a atriz Márcia Limma parte de uma leitura própria do mito de Medeia, 
personagem que desconstrói o mito para convocar as mulheres à retomada do poder. Foto: Adeloyá Magnoni

Dentro de apresentações teatrais das lives #EmCasaComSesc, nestquarta-feira, dia 2 de setembro, às 21h30, a atriz Márcia Limma parte de uma leitura própria do mito de Medeia (compre o livro neste link) e da invisibilização da voz feminina, "Medeia Negra". O espetáculo traz o patriarcado como metáfora das mortes que as mulheres negras são obrigadas a carregar e pode ser assistido no YouTube do Sesc São Paulo youtube.com/sescsp -  e no Instagram do Sesc Ao Vivo - @sescaovivo

"Medeia Negra", que está há dois anos em cartaz, traz a interculturalidade e referências afro diaspóricas, por meio de arquétipos das divindades como Nanã, Iansã, Exu e Omolu. Nos tempos passado, presente e futuro, a personagem desconstrói o mito para convocar as mulheres à retomada do poder. A ancestralidade e a evocação aos cânticos negros de libertação disparam um embate entre público e personagem, a partir das reflexões levantadas. 

O solo de Márcia Limma, nona montagem do Grupo Vilavox, começou no interior do estado da Bahia, em 2018, passando por diversas cidades brasileiras e chegando até a Alemanha, além de ter sido apresentado no FIT - Festival Internacional de Teatro de São José do Rio Preto. A direção é de Tânia Farias, da Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz (RS), com dramaturgia de Márcio Marciano e Daniel Arcades. Márcia Limma é atriz, cantora e performer, e nasceu no bairro de Pituaçu, em Salvador (BA). Filha de uma empregada doméstica, conheceu o mundo levada pelo teatro, seu ofício e paixão. Classificação: 16 anos.

Comemorando 35 anos de carreira, a atriz Ana Beatriz Nogueira apresenta o solo "Um Dia a Menos", que será apresentado na sexta-feira, dia 4. Adaptação do conto homônimo de Clarice Lispector (1920-1977), com direção de Leonardo Netto, a peça acompanha a história de Margarida, uma mulher às vezes engraçada, às vezes patética, que traz uma humanidade à flor da pele. A personagem vive só, desde que sua mãe morreu, na mesma casa onde nasceu e cresceu. 

Ela cumpre seus rituais diários, esquenta sua comida, almoça, torce para que o telefone toque, e vai buscando o que fazer até a hora do jantar, quando finalmente anoitece e pronto, um dia a menos. Até que, esgotada pela repetição infinita, Margarida tem um rompante inesperado. Em tom intimista e com economia de recursos, Ana Beatriz Nogueira utiliza apenas uma poltrona, uma mesa de apoio e um telefone para chegar ao essencial do teatro: o ator e a ideia central contida no texto. Classificação: 14 anos.

No domingo, dia 6, Felipe Rocha, do grupo Foguetes Maravilha, recebe o público para a apresentação de "Ele Precisa Começar", primeiro texto escrito pelo ator. A peça conta a história de um homem de 35 anos, fechado em um quarto de hotel, numa segunda-feira de folga, que se dispõe a começar a escrever uma narrativa ficcional. Como não tem nada planejado, escolhe a si mesmo e ao seu quarto de hotel como ponto de partida para sua história. A partilha com os espectadores do processo de criação da escrita desse texto se mistura às situações que o autor enfrenta ao ver-se abduzido pelos universos e personagens que cria. A direção do espetáculo é do próprio ator, em parceria com Alex Cassal, e a classificação é 12 anos.

Agenda de 30 de agosto a 6 de setembro, sempre às 21h30

30/8, domingo: Grupo Maria Cutia, com Leonardo Rocha e Mariana Arruda, em "Auto da Compadecida".
31/8, segunda-feira: Lilian de Lima em "Pagu, Anjo Incorruptível".
2/9, quarta-feira: Márcia Limma em "Medeia Negra".
4/9, sexta-feiraAna Beatriz Nogueira em "Um dia a Menos".
6/9, domingo: Felipe Rocha, do grupo Foguetes Maravilha, em "Ele Precisa Começar".

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