O livro, ela completa, é um convite cheio de imagens para o mundo de dentro. "É um espelho. Uma flecha. Uma investigação de si. 'Chão Vermelho' é um livro de poesias e, como tem que ser, carrega o arrebatamento que só os poetas e as crianças preservam. É escrita de aterrar, que conhece bem a hora do próprio voo”, conclui a atriz.
Juliane Araujo nasceu no Rio de Janeiro e tem fome de vida e das coisas todas, e uma existência poética que traduz na palavra um desconhecimento habitável. Atriz, ela começou a fazer teatro ainda criança. A escrita, descobriu bem mais tarde, como pesquisa, e escrever se tornou instrumento para criação de seus personagens, mas logo percebeu que o processo derramava para outra relação com a palavra. Narrativas de um particular universal, cotidianos, paisagens, objetos domésticos e até a gramática que se descomprometem da forma. Juliane acredita que os escritos funcionam como espelho, combustível para a apropriação de suas narrativas.
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