domingo, 5 de julho de 2020

.: Entrevista: Letícia Colin fala sobre volta de "Cine Holliúdy" a partir de terça



A atriz Leticia Colin, a Marylin de "Cine Holliúdy", falou sobre o retorno da série, que acontece a partir desta terça-feira. Foto: Globo/Marcos Rosa

De volta ao ar na próxima terça-feira, dia 7, "Cine Holliúdy" conta a história da chegada da TV à Pitombas, cidade fictícia do interior do Ceará, para desgosto de Francisgleydisson (Edmilson Filho), dono da única sala de cinema da região. "Trazer novamente uma série que se passa nos anos 70 faz você entrar em uma nostalgia, um mundo lúdico de fantasia, com os personagens e seus sonhos. Acho que as pessoas vão receber muito bem a volta dessa produção que tem essa mensagem sobre acreditar nos sonhos", afirma o ator Edmilson Filho.

No primeiro episódio, a chegada de Marylin (Letícia Colin) e Maria do Socorro (Heloísa Perissé) à Pitombas acaba se transformando em uma ameaça real ao "Cine Holliúdy", principal atrativo cultural da cidade cearense. Mesmo encantado pela moça, Francis decide roubar o aparelho. Para isso, conta com seu melhor amigo de infância e fiel escudeiro Munízio (Haroldo Guimarães). A dupla Francis e Munízio, que arma um plano e consegue tomar o televisor que estava com Seu Jujuba (Gustavo Falcão), assessor e motorista do prefeito Olegário (Matheus Nachtergaele), é logo descoberta e passa a ver o sol nascer quadrado.

Marylin entende as intenções de Francis e passa a admirá-lo, demovendo do prefeito Olegário, seu padrasto, a ideia de manter o "cinemista" e seu amigo presos. A moça decide se juntar a eles e descobre a chance de se tornar atriz de cinema. "A Marylin é uma personagem que é salva pela arte do cinema e ela descobre esse ofício que ela pode desenvolver atuando e interpretando. Ela começa a trabalhar, cresce, se desenvolve e evolui. E ela se diverte fazendo cinema. A gente vê na história a força resistente do cinema, o que é muito atual, apesar de a série se passar nos anos 70", pontua a atriz Leticia Colin.

Enquanto Francisgleydisson, Marylin e Munízio planejam suas aventuras por trás das câmeras, na criação de seus próprios filmes, o prefeito Olegário e Maria do Socorro comemoram com todo povo de Pitombas a primeira exibição de novela na praça da cidade.

Diretora artística da série, Patricia Pedrosa comenta sobre a importância de ver a produção de volta às telas neste momento de pandemia. "Em um momento como esse, é uma honra enorme ver 'Cine Holliúdy' na TV novamente. Acho muito importante essa obra estar de volta e poder entrar na casa do povo brasileiro com algo tão leve, mas também tão importante no sentido da resistência, já que a história fala da resistência do cinema frente à televisão", afirma Patricia.

"Cine Holliúdy" é uma série de Marcio Wilson e Claudio Paiva, inspirada no longa-metragem homônimo escrito e dirigido por Halder Golmes. A direção artística é de Patricia Pedrosa e a direção de Halder Gomes e Renata Porto D’Ave. A atriz Leticia Colin, a Marylin de "Cine Holliúdy", falou sobre o retorno da série a partir de terça-feira.

Como você recebeu a notícia da volta da série?
Leticia Colin - Eu recebi com profunda alegria e orgulho, porque eu aprendi demais nessa série que tanto tem a ensinar a gente sobre cultura, sobre o nosso país, nosso talentos, sobre humor e sobre o nordeste. Essa série ela traz muitos ensinamentos fundamentais para o nosso país. E é uma série para todas as idades, ela pode ser assistida em família. "Cine Holliúdy" demonstra o patrimônio da nossa cultura, da nossa regionalidade, das nossas características e das nossas diferenças. "Cine" exalta as nossas diferenças e mostra como isso é lindo, rico e brilhante quando a gente olha para essas diferenças e a gente aprende e celebra elas. "Cine" também tem uma característica de falar sobre a cultura como produção da indústria. O Francis é esse cara que é do cinema, que luta pela manutenção e permanência do cinema. E o que a gente tem visto atualmente é uma completa incompreensão do tamanho da produção cinematográfica, teatral e cultural para o nosso país. Eu acho que vai ser um afago para gente pode rir e se emocionar juntos. Estamos precisando disso.

Pode falar um pouco sobre a Marylin?
Leticia Colin - A Marylin é uma personagem que é salva pela arte do cinema e ela descobre esse ofício que ela pode desenvolver atuando e interpretando. Ela começa a trabalhar, cresce, se desenvolve e evolui. E ela se diverte fazendo cinema. A gente vê na história a força resistente do cinema, o que é muito atual, apesar de a série se passar nos anos 70. Eles fazem filmes independentes, com baixo orçamento, mas com muita criatividade. É uma personagem que vai descobrir o amor. Então, é muito bonito porque ela desabrocha como mulher e como pessoa. É uma personagem muito linda, bem humorada, intensa e forte.

Você acredita que a poesia e o humor tão presentes nessa produção podem ser um respiro em dias tão difíceis? Como você acha que o público vai receber a série?
Leticia Colin - Com certeza. O Brasil é muito potente, pois está representado pela sua criatividade e resistência. Acho que "Cine" tem essas características. E se passa nos anos 70. Acho interessante ver aquela reconstrução estética, as vestimentas, os cabelos, a paleta de cores. Acho que isso é um riqueza para gente admirar. Eu acho que "Cine Holliúdy" traz esse bastidor que é tão saboroso de a gente curtir.

Você não era mãe quando gravou "Cine Holliúdy". Acha que a maternidade faria você ter um outro olhar para a personagem?
Leticia Colin - Acho que sim! É uma experiência muito intensa ser mãe dentro de casa, mesmo que você não tenha um filho biológico, essa experiência de cuidar de alguém muito delicado e vulnerável, é um amor que vai se construindo. É um negocio arrebatador. Então, é uma experiência muito poderosa. Eu acho que estou muito diferente. Como sempre tem um pouco de mim em cada personagem, isso muda muito.

Como está sendo a sua quarentena?
Leticia Colin - Tenho cuidado do meu filho! Estamos nos dedicando aqui todo os dias para esse ser humano por quem eu tenho um respeito imenso, uma admiração, um orgulho. E é uma demanda louca! Estou pesquisando sobre alimentação, cozinhando as papinhas dele e brincando. Enfim, orando bastante, tenho praticado minha oração budista, porque é um momento que a gente precisa de toda força em prol da vida. Então, estou me dedicando a isso para a superação dessa grande pandemia. Lendo quando dá, acompanhando as noticias com esse jornalismo que tem sido primoroso, principalmente, com o avanço da Covid-19, de como podemos nos proteger para não aumentar o número de mortes.

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