quinta-feira, 23 de abril de 2020

.: #ResenhaRápida com Cláudia Brino, a melhor poeta independente do Brasil


Por Helder Moraes Miranda, editor do Resenhando. Foto: Anderson Gaita.

Dizem que a melhor maneira de homenagear um poeta é lê-lo em vida. Cláudia Brino é a melhor e a mais atuante poeta independente brasileira viva. Desde que lançou de maneira independente o livro "Zona 2000", no meio dos anos 90, ela não parou mais e, desde então, são mais de 12 livros publicados. Nunca esqueci sobre a dedicatória dela, na época do lançamento de seu primeiro livro, quando eu ainda era uma criança gigante: "Para Helder, ser puro de palavras". Em outra dedicatória, ela escreveu: "Para Helder e seu ser de luz". Nunca esqueci.

Cláudia também é editora independente de livros artesanais e vem desempenhando as funções de diagramadora, encadernadora, fundadora do Clube de Poetas do Litoral e editora da revista Cabeça Ativa. Atividades que fazem com que ela descubra e publique muitos artistas, que têm a chance de mostrar a voz artística em todos os pontos do mundo, já que a poesia atravessa fronteiras. 

"Fronteira" também é o livro de contos dela, que li ainda jovenzinho. Engraçado como a juventude une as nossas trajetórias e como essa jovialidade permanece na nossa biografia. Para mim, Helder, antes de ser jornalista e editor do Resenhando, Cláudia foi minha professora de literatura quando ela ainda era uma menina de 22 anos. 

Aliás, a poesia dela é a minha maior referência de um bom texto na estética de um poema. Também teve "Frags", em que ela mistura poesia com crônica quando fala sobre um gato que atravessa a vida de um casal, em um jogo de luz e sombras. Quando Cláudia escreve, o mundo melhora um pouco. Quando alguém a lê, o mundo para e também fica mais fácil de ser vivido.

Essa fissura por gatos rendeu a criação da editora Costelas Felinas, que já editou muitos títulos entre prosa e verso de autores de todo o Brasil. Também me lembro da cã preta que ela criava e se chamava Ser. Hoje, é a gata Noinha, que atua como gerente da Costelas Felinas, quem dá as caras. Cláudia Brino é genial em tudo o que a rodeia e o capricho com que se dedica ao trabalho que desenvolve é uma das características que fazem dela uma colecionadora de admiradores e afetos

O sorriso de Cláudia é a sua marca, o carisma o seu sobrenome. Mas também há uma aura de mistério, presente em bons escritores, característica que esse perfil mostra. Cláudia, por mais que se autobiografe nos textos, reluta em ser desvendada, como a esfinge que é. Cláudia merece ser conhecida por todos que gostam de ler bons textos, merece o mundo, merece a imortalidade na literatura. E já tem tudo isso.

#ResenhaRápida com Cláudia Brino

Nome completo: Cláudia Moraes Brino.
Apelido: tenho não.
Data de nascimento: todo dia.
Qualidade: dinâmica.
Defeito: crítica.
Signo: leão.
Ascendente: áries.
Uma mania: ter mania.
Religião: crer.
Time: nenhum.
Amor: fundamental.
Sexo: fundamental.
Mulher bonita: eu.
Homem bonito: meu lado masculino.
Família é: nada/tudo.
Ídolo: nenhum.
Inspiração: vida.
Arte é: criatividade.
Brasil: grande.
Fé: crença.
Deus é: partícula universal.
Política é: foda.
Hobby: viver.
Lugar: minha casa.
O que não pode faltar na geladeira: água.
Prato predileto: massa.
Fruta: abacaxi.
Cor favorita: preta/roxa.
Medo de: temer.
Uma peça de teatro: tantas.
Um show: Itamar Assumpção.
Um ator: Sidney Poitier.
Um cantor: Tom Waits.
Uma cantora: Adriana Calcanhoto.
Um escritor: Lúcio Cardoso.
Uma escritora: Clarice Lispector.
Um filme: "O Pequeno Príncipe" - trailer neste link.
Um livro: "Crônica da Casa Assassinada" - Lúcio Cardoso.
Uma música: tantas...
Um disco: tantos...
Um personagem: Peninha (gibi).
Uma novela: não vejo.
Uma série: algumas.
Indique um blog: o meu - neste link.
Indique um canal no YouTube: o meu -neste link.
Uma saudade: todas doloridas.
Algo que me irrita: pergunta besta.
Algo que me deixa feliz é: viver.
Não abro mão de: sorrir.
Do que abro mão: do imprestável.
Digo sim: ao bom.
Digo não: ao nada.
Sonho: quando durmo.
Futuro: imprevisível.
Morte é: parar.
Vida é: movimento.
Uma palavra: vida.
Ser escritora é: nada demais.
Poeta ou poetisa?: poeta!
Poesia é: poesia.
Ser mulher hoje é: continuar.


Foto: Márcio Barreto


2 comentários:

  1. Só um conserto: Quando Cláudia escreve, o mundo melhora MUITO. Parabéns ao Helder e à Claudinha!

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