Por Luiz Gomes Otero, jornalista e crítico musical.
Revelação recente na música pop, a cantora e compositora Mara Connor está lançando o EP "No Fun", que vem obtendo bons comentários junto a crítica especializada. Com uma voz doce que embala belas melodias com fortes inspirações no rock dos anos 60 e na música folk americana, Mara tem conseguido atrair gradativamente também a atenção do público que acompanha o cenário indie rock. Em entrevista exclusiva para o portal Resenhando, ela revela como foi o seu início na carreira e analisa também o atual panorama na música, assolado pela pandemia do Coronavírus. “Sou grata por ainda podermos nos conectar através da tecnologia em tempos de isolamento”.
Como foi o seu início na música?
Mara Connor - Eu canto e componho músicas desde que me lembro como gente. Peguei a guitarra quando tinha 11 anos e entrei para minha primeira banda de indie rock no verão depois do colegial, quando o cara com quem eu estava namorando precisava de alguém para cantar harmonias. Foi nesse momento que percebi que queria seguir uma carreira na música.
Você disse que "All Things Must Pass" (álbum de George Harrison) foi uma influência musical. Quais são as suas outras referências musicais?
Mara Connor - Algumas delas para mim foram o álbum "Blue", de Joni Mitchell, "Songs of Leonard Cohen", de Leonard Cohen, o álbum de estreia de John Prine, "Either / Or" de Elliott Smith, e o "# 1 Record" da banda Big Star.
Você gravou recentemente um dueto com Langhorn Slim. Como foi essa experiência?
Mara Connor - Foi maravilhoso. Nós nos conhecemos brevemente em Nova York, então ouvi a voz dele no rádio enquanto dirigia por Los Angeles e sabia que ele tinha que cantar em "Someone New". Nós o gravamos em fita no Bomb Shelter em East Nashville com Andrija Tokic. Eu amo a performance dele na música.
Suas músicas são influenciadas pelo folk e rock dos anos 60. Como você definiria a música que você faz?
Mara Connor - Sinceramente, não sei definir minha música porque ela está em constante mudança. O cantor e compositor clássico, o folk rock dos anos 60 e minhas raízes no sul da Califórnia são todas influências que tive.
"No Fun" é um EP. Você pretende lançar um álbum no futuro?
Mara Connor - Sim! Eu já escrevi e mal posso esperar para gravá-lo. Enquanto isso, tenho mais singles para compartilhar e estou trabalhando em outro EP.
Como funciona o seu processo criativo?
Mara Connor - Escrever é um processo misterioso para mim. Quando estou escrevendo, muitas vezes uma música chega a mim de uma só vez. Eu apenas tento sentar e capturá-la antes que acabe.
Qual a sua opinião sobre o panorama da música hoje? Tem sido difícil divulgar seu trabalho?
Mara Connor - É um momento estranho para ser músico. Devido à pandemia do Covid-19, as reuniões públicas provavelmente serão canceladas por um longo tempo. A música ao vivo mudou para o ambiente online. Claro, a segurança de todos é a prioridade agora. Sinto falta da magia de um show ao vivo, mas sou grata por ainda podermos nos conectar através da tecnologia em tempos de isolamento. No dia seguinte à morte do meu herói de composição. John Prine, eu dediquei a ele um concerto ao vivo na Dash Radio. Milhares de pessoas vieram da Suécia para a Eslovênia enquanto eu prestava homenagem a Prine. Isso foi bastante marcante.
Você conhece a música brasileira?
Mara Connor - Eu amo a bossa nova ... Antônio Carlos Jobim e João Gilberto. Eu adoraria ouvir qualquer recomendação de música brasileira que você tenha.
Que mensagem você gostaria de passar para o Brasil?
Mara Connor - Eu sempre sonhei em visitar o Brasil. Espero me apresentar um dia quando tudo isso acabar. Até lá, estou desejo muito amor para o Brasil. E por favor, fiquem em casa e fiquem seguros.
"No Fun"
"Wildfire"
"Someone New"
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