domingo, 8 de março de 2020

.: Monólogo "Caio, Quando o Amor Não Vem" homenageia Caio Fernando Abreu



O monólogo "Caio, Quando o Amor Não Vem" estreia no próximo dia 12, quinta-feira, às 21h, no Espaço Parlapatões, em curta temporada. O texto inédito, de Antonio Ranieri, homenageia o escritor Caio Fernando Abreu e narra a história de Pedro, um homem que, no final da vida, conclui que nunca teve coragem de viver seu verdadeiro amorFoto: Roberto Manfrim

Homenagem ao autor Caio Fernando Abreu, o monólogo "Caio, Quando o Amor Não Vem" estreia dia 12 de março, quinta-feira, às 21h, no Espaço Parlapatões, em curta temporada. O texto inédito, de Antonio Ranieri, que também atua no solo, narra a história de Pedro, um homem que, no final da vida, conclui que nunca teve coragem de viver seu verdadeiro amor. A montagem tem direção de Elder Sereni e Lucas Sancho. 

“Eu queria fazer um espetáculo solo baseado na obra do Caio, após ler muito sobre a sua obra, eu me encantei com a sua história! No entanto, tudo acabou virando pesquisa para um texto inédito, que se tornou uma homenagem ao Caio. Foram sete anos de pesquisa sobre sua vida e obra, o amor na terceira idade, e uma imersão na cultura LGBTQ nos últimos 70 anos, focando muito na região central da cidade de São Paulo, onde é um local há décadas que abriga com carinho a comunidade”, afirma Antonio Ranieri.

Em "Caio, Quando o Amor Não Vem", Pedro, ao completar 70 anos, descobre que está morto afetivamente para o mundo e sente a necessidade de entender quando, como e o porquê isso aconteceu, o tornando um homem sem sonhos. Por meio do resgate das suas memórias ele relembra os três amores que teve na sua vida e questiona o peso e as consequências das suas próprias escolhas.

A montagem é dividida em três histórias de amor que formam uma narrativa decrescente, o personagem começa com 70 anos, passa para os 50 e termina com 30. Elder Sereni dirige a 1ª e 3ª partes e Lucas Sancho a 2ª. “A escolha estética e discursiva da direção de cada história criou a dialética entre as partes que compõe o espetáculo, somadas elas geram a potência necessária para tratar da vida de Pedro, tão variada quanto os amores que teve”, finaliza o ator. 

A direção do Elder e Lucas é focada no trabalho do ator, por isso optaram, junto do cenógrafo e figurinista Márcio Macena, na criação de uma atmosfera intimista, que ressalta o que dramaturgia propõ. A trilha sonora, do dramaturgo, reflete bastante a sua pesquisa, buscando retratar uma época fervilhante e única em sua forma de pensar, vestir, sonhar e lutar pelo futuro, como foi a década de 80. A iluminação precisa é de Kuka Batista.

O espetáculo tem projeção de Allan Ferreira e Ana Trevisan; provocação cênica de Lana Sultani; assistência de direção de Marina Assis; produção executiva de Morena Carvalho; direção de produção de Antonio Ranieri e realização da A.R Produções Artísticas e A Minha Cia de Teatro.

Sobre Antonio Ranieri
Produtor, Ator, Professor, Diretor, Dramaturgo e Administrador de Cultura, completou 20 anos de carreira em 2018. Durante 05 anos foi responsável pela curadoria e administração do Teatro Procópio Ferreira. Produziu e administrou as seguintes produções: "E Aí, Comeu?", de Marcelo Rubens Paiva; "Avalon", direção de Karen Acioly (SESI Paulista/Manhas e Manias de Eventos); "Mulheres Alteradas", direção Eduardo Figueiredo; "Solidão a Comédia", de Vicente Pereira, direção de Claudio Tovar; "As Traças da Paixão", de Alcides Nogueira, direção de Marco Antônio Bráz. Como ator, participou das peças "A Revolta", de Santiago Serrano, direção e Reginaldo Nascimento, que fez parte do projeto Fronteiras - O Teatro na América Latina, contemplado pelo Prêmio do Fomento à Cultura na cidade de São Paulo e que participou do Festival lluvia de Teatro, no Chile, fazendo apresentações nas cidades de Valdivia e Puerto Montt. Produziu o musical Rita Lee Mora ao Lado; Otelo, de Willian Shakespeare, com direção de Debora Dubois (indicado a diversos prêmios na cidade de SP, como APCA e Aplauso Brasil e ganhador de cinco prêmios Cenym e 02 prêmios FITA, ficando em turnê por 02 anos. Em 2016 dirigiu a produção do clássico "Sobre Ratos e Homens", de John Steinbeck, que venceu o APCA 2016 de melhor espetáculo, eleito o Melhor espetáculo Folha SP e Veja SP, e ganhador de seis prêmios Cenym 2016, incluindo o de melhor produção e qualidade técnica e dois prêmios Aplauso Brasil. O espetáculo passou por quatro estados e mais de 60 cidades, entre os locais de destaque: Sesc Bom Retiro, Itaú Cultural e Folias, CCBB RJ, CCBB BH, e mais de 50 cidades do interior de SP. Ranieri, tem mais de 70 espetáculos realizados.  Como diretor destacam-se: "Antonio e Cleópatra", de William Shakespeare; "Os Estranhos que nos Habitam", de Wagner Dávilla; "O Homem do Princípio e Ao Fim", de Millôr Fernandes; "A Dama do Lotação; de Nelson Rodrigues". Nos últimos anos, ele se dedica também à pesquisa dramatúrgica, produzindo os textos: "Pluz Size Love" (2015); "Estilhaços" (2014/2015); "Dissensão" (2003); "Leão Coragem - O Muro Além do Medo" (2016/2017) e "Vidros Arriados" (2018). Em 2019, estreou os textos inéditos "Os Barulhos dos Carros na Rua Molhada"; "Anos Incríveis - O Melhor Sempre Está por Vir", "Churrasco e Resíduos". 

Sobre Elder Sereni
Doutorando em Artes Cênicas (Unesp) com pesquisa voltada para a área de pedagogia e estética teatral. Em sua prática artística é preparador corporal e diretor artístico na A Minha Cia. de Teatro (SP); criador/intérprete na Cia. Artesãos do Corpo (SP), também é colaborador da Cia. La Casa (Uruguai) e da Cia. Cymru (País de Gales). Participou como criador/intérprete e produtor em projetos contemplados pela Lei de Fomento a Dança da cidade de São Paulo (2006, 2008 e 2018), pelo PROAC (2007, 2008, 2009 e 2010), pelo Prêmio Funarte de Dança Klauss Viana (2007) e pelo Programa Caixa de Apoio a Festivais de Teatro e Dança em duas edições (2009 e 2010, 2017); apresentou suas criações  em festivais internacionais no Brasil, na Itália e na Bélgica. Na área acadêmica foi pesquisador do grupo de estudos Dramaturgia do corpo-espaço e territorialidade (2010/2012 UFU) e do grupo de pesquisa Crítica literária materialista (2013/2017 UEM), atualmente é integrante do grupo de pesquisa Pedagogias e Pesrformatividades (UNESP). Áreas de pesquisa: linguagens artísticas híbridas, preparação corporal e direção teatral, estética e história do teatro e pedagogia das artes cênicas. Atuou como professor na graduação em Dança e Teatro (UFU), na licenciatura em Teatro (UEM) e no curso técnico de teatro no Senac (São Miguel) atualmente é docente no corso de teatro da Escola Técnica de Artes (ETEC) e na licenciatura em Teatro (Unesp).

Sobre Lucas Sancho
Natural de Fortaleza/CE. Reside em São Paulo desde 2008. Diretor, ator e dramaturgo. Ao todo, já soma 35 espetáculos, tendo feito a direção e dramaturgia de vários deles. Em 2001, ainda em Fortaleza, fundou e dirigiu por 10 anos o Grupo Cabauêba de Teatro, importante grupo da cena independente no início dos anos 2000. Nele assinou a direção e a dramaturgia dos espetáculos "Mistério" (2003), "Linha Férrea" (2004), "Vento Verde" (2005), "As Meninas" (2006) e "Sobre o Fim" (2011). Fundou, em 2008, o Núcleo O Ator Maestro no qual desenvolve a pesquisa homônima e gerou os espetáculos "Dias de Setembro" (2009), "Canções Para Não Dizer" (2012) e "Quem Matou Edvard Munch" (2014) dos quais assina a direção, a dramaturgia e a interpretação. Em 2016, realizou com os três espetáculos solos a Mostra do Ator Maestro. Atualmente apresenta "O Jardim Suspenso ou A Lucidez do Amor Irracional" (2018). É criador da Magnolia Cultural, produtora de espetáculos e projetos independentes. Com ela, produziu e dirigiu os espetáculos "O Trem das Onze" (2013), "Abra o Bar e Poupe-se do Vexame, Cordélia!" (2015), "Tigrela" (2017), "Em Busca do Snark Invisível" e "Destruindo Avelãs" (2018). Já estudou diferentes vertentes das artes com Antunes Filho, Gabriel Villela, Zé Henrique de Paula, Grupo XIX de Teatro, Grupo Espanca!, Teatro da Vertigem, Cia do Latão, Marici Salomão, Samir Yazbeck, Bete Dorgan, Frank Totino, Ednaldo Freire, Zeca Bittencourt, Paulo César Medeiros, dentre outros. Integrou o Volúpia Cia de Teatro e fez parte do elenco da Scripiti, grupo coordenado pela diretora australiana Rea Denis. Foi bolsista do CAT - Centro de Aperfeiçoamento Teatral, projeto da Cooperativa Paulista de Teatro coordenado por João das Neves. Estudou teatro musical na 4ACT e CEFTEM, canto com Felipe Habib, Rafael Villar, Nick Vila Maior, Rafa Miranda e Fernanda Maia, participando das montagens "Avenida Q", "Gota D’Água" e "Cabaré do Chico". No campo audiovisual, estudou no Studio Fátima Toledo, Escola de Atores Wolf Maia e Studio Take a Take, além de cursos com os diretores Fernando Leal e Pedro Vasconcelos. Dirigiu os documentários "Haroldo e Hiramisa, Dez Anos" e assinou roteiro, direção e interpretação do vídeo "Pelo Telefone" e da web série "Cinzas e Domingo".

Serviço 
"Caio, Quando o Amor Não Vem" Estreia dia 12 de março de 2020, quinta-feira, às 21h. Dramaturgia e atuação: Antonio Ranieri. Direção: Elder Sereni e Lucas Sancho. Com A Minha Cia de Teatro. Duração: 60 minutos. Gênero: comédia dramática.  Recomendação: dez anos. Ingressos: R$ 50 (inteira) e R$ 25 (meia). Quintas e sextas, às 21h. Até 3 de abril. 

Espaço Parlapatões - Praça Franklin Roosevelt, 158 – Centro. Telefone: (11) 3258-4449. Capacidade 95 lugares. Bilheteria funciona de terça a domingo, a partir das 16h. Bar. Acesso para deficientes. Aceita cartões. 


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