E não se trata de uma obra de arte fácil. A narrativa da história de uma camareira de um hotel luxuoso se passa praticamente inteira em seu local de trabalho. É ali que luta por uma promoção, estuda para obter uma formação melhor e tem pequenos momentos de alegria, longe de casa e do filho.
As relações são todas rápidas e vazias, como os momentos em que cuida do filho de uma hóspede argentina (breve participação marcante de Agustina Quinci) ou os diálogos com colegas no trabalho. Predomina a falta de perspectiva nos becos sem saída que demandam perfeição no trabalho rigor no horário e risco de desemprego a qualquer momento.
A direção de Lila Avilés reforça a opressão da personagem, perdida entre a vida dos outros. Mas encontra espaço para respirar e para conversar com o filho. Assim, vai amargando uma jornada marcada pelos fracassos e por uma jornada existencial em que não passos para avante ou para trás. Existe apenas um presente doloroso e comovente.
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