Por Oscar D’Ambrosio, jornalista e crítico de arte.
É o que ocorre no filme venezuelano “La Familia”, dirigido por Gustavo Rondon Cordova. A violência se faz presente desde a primeira cena em que crianças estão brincando num clima em que predomina a agressão verbal e física gratuita. Fica evidente que elas apenas reproduzem o ambiente que veem, tanto na competitividade masculina como na relação com as garotas.
Quando um dos meninos mata outro, começa uma jornada de fuga. O assassino que enfrentar a situação na favela, mas o pai o retira para uma busca de escapatória sem muitas alternativas. O menino começa a aprender o ofício dele como pedreiro, mas fica evidente que eles são desconhecidos um do outro.
Não há alternativas nesse cenário, que poderia perfeitamente ser no Brasil, na Colômbia, no Peru, no Chile, na Argentina ou na Bolívia. O pai busca abrir novas veredas de salvação para o filho e para ele. O menino deseja retornar na ingênua confiança que seus parceiros o protegerão. Nada fecha, a não ser a permanência na marginalidade e a ausência de futuro.
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