Dia 29 de outubro é o aniversário de 60 anos de um dos quadrinhos mais famosos da mundo. A saga Astérix foi criada na França por Albert Uderzo e René Goscinny, sendo publicada pela primeira vez no ano de 1959. Em seis décadas, foram lançados 35 livros, uma centena de traduções, cerca de 350 milhões de exemplares vendidos e 12 adaptações para cinema.
Em homenagem à obra, os linguistas franceses da Equipe Didática do aplicativo de idiomas Babbel selecionaram as principais curiosidades linguísticas para entender as aventuras gaulesas.
Personagens principais: “Em francês, todos os nomes dos personagens têm um significado. Assim, é possível reconhecer de cara quem é gaulês e quem é romano na história. Os nomes dos gauleses geralmente terminam em -ix e os nomes dos romanos em -us. O final "-ix" é uma referência ao famoso chefe da Gália, Vercingétorix”, comenta Laure Cesari, Gerente de Projetos da Equipe Didática francesa da Babbel.
Asterix
Astérix, em francês, é a estrela da história. Assim, recebeu o nome do símbolo tipográfico * – astérisque em francês. O termo vem da palavra helênica (grega) αστήρ (aster), que significa uma estrela.
Obelix
Obélix, em francês, é o melhor amigo de Astérix. Ele recebeu o nome do símbolo tipográfico (†). Às vezes, é usado para indicar uma segunda nota de rodapé se a primeira for indicada por um asterisco (*). Ou pode ser usado para marcar palavras obsoletas. Obélix vem de obélisque em francês (obelisco em português) e significa um monumento pontudo. Em latim, obeliscus. Em grego, obeliskos.
Ideiafix
Idéfix, em francês, é um cãozinho teimoso e companheiro inseparável de Obélix. Seu nome remete à ideia fixa. Alinhado com os movimentos climáticos de hoje, Idéfix é famoso por suas preocupações ambientais muito à frente da época em que seu personagem foi criado. Ele não suporta a ideia de alguém derrubar/cortar uma árvore: o
Panoramix
Este é o druida (sacerdote) da vila gaulesa que conhece o segredo da poção mágica. Seu nome vem do grego pan (tudo) e horama (visão). Ou seja: aquele que tudo vê – o que resume muito bem o papel de um druida de aldeia naquela época.
Abracurcix
Abraracourcix, em francês, é o chefe da vila. O nome francês remete à à bras raccourcis, que significa com braços encurtados. O termo descreve a postura adotada quando se está pronto para lutar – braços erguidos, punhos cerrados.
Vocabulário
Druida
Un druide, no quadrinho francês, é o inventor de todos os tipos de poções e fonte da sabedoria gaulesa. O velho sábio é quem une a vila e estabelece as regras. O druida também é médico e professor ocasional. Estuda filosofia, medicina e matemática. Na saga, Astérix costuma se aconselhar com Panoramix, o druida da vila.
Gália
Nos tempos antigos, la Gaule era a região que corresponde ao que chamamos de França hoje em dia.
Lira
Une lyre, em francês, é o instrumento tocado em todas as histórias do personagem Assurancetourix, que é famoso por tocar mal e irritar toda a vila. A lira era um instrumento musical de cordas tocado pelos gregos antigos.
Lutécia
Lutèce, em francês, é o nome antigo de Paris, capital da França, dado à cidade pelos romanos.
Menir
A menhir, em francês, é uma pedra grande e longa. Ela é geralmente encontrada fixa no solo na vertical. É considerada monumento megalítico do período neolítico. Menires são o negócio de Obélix. Ele trabalha como escultor dessas pedras e entregador – o que é bastante engraçado porque ele também tenta enviar seus menires pelo correio.
Expressões
“Não, Obelix. Você não receberá poção mágica!”
“Non, Obélix ! Tu n'auras pas de potion magique !” Esta é uma frase famosa que se repete em toda a saga. Quando criança, Obélix caiu em um caldeirão de poção mágica, garantindo efeitos eternos. Contudo, isso não impede Obélix de tentar obter uma poção extra sempre que possível.
“Uma pequena vila de gauleses indomáveis ainda resiste contra os invasores.”
“Un petit village d'irréductibles Gaulois résiste encore et toujours à l'envahisseur”. Esta linha introdutória abre todas os quadrinhos da série, dando o tom de cada história: gauleses lutando para permanecerem independentes.
“Aqueles romanos são loucos!”
“Ils sont fous ces Romains !” É o que os gauleses sempre dizem quando falam sobre os romanos. De qualquer forma, para Obélix são sempre os outros que estão loucos – nunca ele mesmo.
“O céu cairá sobre a nossa cabeça!”
“Le ciel va nous tomber sur la tête !” O chefe Abraracourcix sempre teve medo do céu cair sobre os gauleses. Acredita-se que esta expressão tenha origem nos tempos antigos, quando Alexandre, O Grande se encontrou com chefes celtas e perguntou-lhes: "O que vocês mais temem?". Eles responderam que só temiam uma coisa: “que o céu caísse sobre eles”. Pode-se assumir que falavam de meteoritos. Omphalos, por exemplo, é o nome de uma grande rocha colocada no templo Apollo, no Mont Parnasse, na Grécia. Significa o umbigo do mundo. Os gregos pensavam que Zeus deixou essa pedra cair do céu para indicar que aquele era o centro do mundo.
“Por Tutatis!”
“Par Toutatis !” A famosa expressão em francês foi criada pelos autores da saga. Na obra, ela é usada pelos gauleses para expressar espanto. Toutatis era um deus celta da antiga Gália e Grã-Bretanha. Supostamente um protetor das tribos. O nome é derivado do radical teutā-, que significa povo ou tribo, cognato do germânico *þeudō.
Em homenagem à obra, os linguistas franceses da Equipe Didática do aplicativo de idiomas Babbel selecionaram as principais curiosidades linguísticas para entender as aventuras gaulesas.
Personagens principais: “Em francês, todos os nomes dos personagens têm um significado. Assim, é possível reconhecer de cara quem é gaulês e quem é romano na história. Os nomes dos gauleses geralmente terminam em -ix e os nomes dos romanos em -us. O final "-ix" é uma referência ao famoso chefe da Gália, Vercingétorix”, comenta Laure Cesari, Gerente de Projetos da Equipe Didática francesa da Babbel.
Asterix
Astérix, em francês, é a estrela da história. Assim, recebeu o nome do símbolo tipográfico * – astérisque em francês. O termo vem da palavra helênica (grega) αστήρ (aster), que significa uma estrela.
Obelix
Obélix, em francês, é o melhor amigo de Astérix. Ele recebeu o nome do símbolo tipográfico (†). Às vezes, é usado para indicar uma segunda nota de rodapé se a primeira for indicada por um asterisco (*). Ou pode ser usado para marcar palavras obsoletas. Obélix vem de obélisque em francês (obelisco em português) e significa um monumento pontudo. Em latim, obeliscus. Em grego, obeliskos.
Ideiafix
Idéfix, em francês, é um cãozinho teimoso e companheiro inseparável de Obélix. Seu nome remete à ideia fixa. Alinhado com os movimentos climáticos de hoje, Idéfix é famoso por suas preocupações ambientais muito à frente da época em que seu personagem foi criado. Ele não suporta a ideia de alguém derrubar/cortar uma árvore: o
Panoramix
Este é o druida (sacerdote) da vila gaulesa que conhece o segredo da poção mágica. Seu nome vem do grego pan (tudo) e horama (visão). Ou seja: aquele que tudo vê – o que resume muito bem o papel de um druida de aldeia naquela época.
Abracurcix
Abraracourcix, em francês, é o chefe da vila. O nome francês remete à à bras raccourcis, que significa com braços encurtados. O termo descreve a postura adotada quando se está pronto para lutar – braços erguidos, punhos cerrados.
Vocabulário
Druida
Un druide, no quadrinho francês, é o inventor de todos os tipos de poções e fonte da sabedoria gaulesa. O velho sábio é quem une a vila e estabelece as regras. O druida também é médico e professor ocasional. Estuda filosofia, medicina e matemática. Na saga, Astérix costuma se aconselhar com Panoramix, o druida da vila.
Gália
Nos tempos antigos, la Gaule era a região que corresponde ao que chamamos de França hoje em dia.
Lira
Une lyre, em francês, é o instrumento tocado em todas as histórias do personagem Assurancetourix, que é famoso por tocar mal e irritar toda a vila. A lira era um instrumento musical de cordas tocado pelos gregos antigos.
Lutécia
Lutèce, em francês, é o nome antigo de Paris, capital da França, dado à cidade pelos romanos.
Menir
A menhir, em francês, é uma pedra grande e longa. Ela é geralmente encontrada fixa no solo na vertical. É considerada monumento megalítico do período neolítico. Menires são o negócio de Obélix. Ele trabalha como escultor dessas pedras e entregador – o que é bastante engraçado porque ele também tenta enviar seus menires pelo correio.
Expressões
“Não, Obelix. Você não receberá poção mágica!”
“Non, Obélix ! Tu n'auras pas de potion magique !” Esta é uma frase famosa que se repete em toda a saga. Quando criança, Obélix caiu em um caldeirão de poção mágica, garantindo efeitos eternos. Contudo, isso não impede Obélix de tentar obter uma poção extra sempre que possível.
“Uma pequena vila de gauleses indomáveis ainda resiste contra os invasores.”
“Un petit village d'irréductibles Gaulois résiste encore et toujours à l'envahisseur”. Esta linha introdutória abre todas os quadrinhos da série, dando o tom de cada história: gauleses lutando para permanecerem independentes.
“Aqueles romanos são loucos!”
“Ils sont fous ces Romains !” É o que os gauleses sempre dizem quando falam sobre os romanos. De qualquer forma, para Obélix são sempre os outros que estão loucos – nunca ele mesmo.
“O céu cairá sobre a nossa cabeça!”
“Le ciel va nous tomber sur la tête !” O chefe Abraracourcix sempre teve medo do céu cair sobre os gauleses. Acredita-se que esta expressão tenha origem nos tempos antigos, quando Alexandre, O Grande se encontrou com chefes celtas e perguntou-lhes: "O que vocês mais temem?". Eles responderam que só temiam uma coisa: “que o céu caísse sobre eles”. Pode-se assumir que falavam de meteoritos. Omphalos, por exemplo, é o nome de uma grande rocha colocada no templo Apollo, no Mont Parnasse, na Grécia. Significa o umbigo do mundo. Os gregos pensavam que Zeus deixou essa pedra cair do céu para indicar que aquele era o centro do mundo.
“Por Tutatis!”
“Par Toutatis !” A famosa expressão em francês foi criada pelos autores da saga. Na obra, ela é usada pelos gauleses para expressar espanto. Toutatis era um deus celta da antiga Gália e Grã-Bretanha. Supostamente um protetor das tribos. O nome é derivado do radical teutā-, que significa povo ou tribo, cognato do germânico *þeudō.
Uma das mais divertidas histórias é a que se passa na Bélgica, pois o francês belga do dia a dia tem grandes diferenças com o francês francês tornando mais divertido ainda as confusões que isso causa. Existe uma versão em latim clássico que foi feita por um jesuíta argentino, padre Enrique Moyano.
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