Encontro no Café Literário reuniu o mestre zen budista coreano e outros especialistas
O hábito que a sociedade contemporânea cultiva de comparar estilos de vida e abusar das redes sociais, além das adversidades da vida nos dias de hoje foram discutidos por especialistas em bem-estar e zen budismo no Café Literário.
Concentrada, a plateia não perdeu uma palavra dos ensinamentos de Haemin Sunim, um dos professores de zen budismo mais influentes da Coreia do Sul, que dividiu o espaço com o executivo e palestrante Pedro Salomão, autor do livro "Empreendendo Felicidade" e com o professor e consultor Luiz Gaziri. O encontro, cujo mote era a felicidade, foi mediado pela jornalista e escritora Melina Dalboni.
Ao usar como exemplo uma viagem ao Canadá, Sunim contou que durante um passeio, caminhou por quatro horas, enfrentou vários mosquitos e chegou ao destino com muita fome, mas o registro fotográfico do momento continha um largo sorriso. "Temos que lembrar que quando vemos as fotos dos nossos amigos nas redes sociais nos deparamos apenas com um momento de verdade, não sabemos o todo", disse. Sunim também interagiu com o público ao propor um rápido exercício de respiração e movimentos corporais, visando a conexão equilibrada do corpo com a mente.
Além de falar sobre a exposição da nossa felicidade na internet, Pedro Salomão comentou sua visão sobre o deslocamento do que é ser feliz entre as gerações X e Y: "O jovem de hoje não tem mais a felicidade no sonho da casa própria porque ele não sabe onde vai morar no futuro. Ou no carro do ano. A felicidade dele está em se expressar, em cortar o cabelo como ele quer, na liberdade sexual, enfim. Ele não está disposto a abrir mão da sua felicidade".
Luiz Gaziri ponderou que a felicidade é um momento, e que ela pode vir durante ou depois de uma atividade, dando como exemplo o hábito de ir à academia e ter a satisfação de um corpo em forma. "Felicidade é o prazer que a gente sente antes, durante ou depois do momento. Há momentos que na prática não são tão legais, mas que vão ser convertidos em felicidade posteriormente", afirmou.
Com relação às discussões sobre a felicidade no mundo corporativo, Gaziri falou que a "inteligência emocional", se mal gerida, pode ser um revés para a nossa felicidade, pois nos faz suprimir as nossas emoções. "Ser feliz não é um status, é nos dar a permissão de sentir. Quando a gente esconde nosso sentimento, nos tornamos infelizes".
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