terça-feira, 17 de setembro de 2019

.: Cristo Redentor, Theatro Municipal e Sala São Paulo apoiam causa

O Santuário do Cristo Redentor, o Theatro Municipal de São Paulo e a Sala
São Paulo apoiam o 
Dia Nacional de Conscientização e Incentivo ao Diagnóstico Precoce do Retinoblastoma, apagando suas luzes no
dia 18 de setembro. 
Foto: Tuca Vieira

Por iniciativa da TUCCA (Associação para Crianças e Adolescentes com Câncer), 18 de setembro é Dia Nacional de Conscientização e Incentivo ao Diagnóstico Precoce do Retinoblastoma, o tumor ocular mais comum na infância. Ele pode levar à cegueira e até à morte, mas a boa notícia é que o diagnóstico precoce pode preservar a visão e a vida da criança.

Neste dia, as luzes do Santuário do Cristo Redentor, do Theatro Municipal de São Paulo e do relógio da Sala São Paulo, dentre outros monumentos do país, serão apagadas às 19h30, em apoio à campanha.

Por iniciativa da TUCCA (Associação para Crianças e Adolescentes com Câncer), 18 de setembro foi instituído como o Dia Nacional de Conscientização e Incentivo ao Diagnóstico Precoce do Retinoblastoma.

Responsável por atingir cerca de 400 crianças por ano no Brasil, o retinoblastoma é o tumor ocular mais comum na infância, de acordo com o Ministério da Saúde. Esse tipo de câncer pode causar cegueira e até levar à morte, atingindo, em sua maioria, crianças de 0 a 5 anos – sendo que 90% dos casos ocorrem em crianças com até 4 anos de idade.

Ao perceber qualquer anormalidade nos olhos das crianças, os responsáveis devem procurar um médico. A realização de exames (como o teste do olhinho e avaliação do fundo de olho) possibilita identificar o retinoblastoma o quanto antes, aumentando as taxas de sucesso do tratamento.

Atualmente, cerca de 50% dos casos diagnosticados no país são identificados tardiamente, o que reduz as chances de tratamento e cura do tumor. O que pouca gente sabe é que, se a doença for diagnosticada precocemente, pode ter cura em até 100% dos casos.

Sintomas, diagnóstico e tratamento
O principal sintoma é a leucocoria, presente em 90% dos casos diagnosticados. A leucocoria é caracterizada por um reflexo branco na pupila, conhecido como reflexo do olho de gato. Essa mancha esbranquiçada indica que uma fonte luminosa está incidindo sobre a superfície do tumor e impede a passagem de luz. Sem a passagem de luz, as vias óticas para o centro da visão no cérebro não se desenvolvem e atrofiam.

Esse reflexo branco, muitas vezes, só é notado sob luz artificial, quando a pupila está dilatada, ou em fotos, quando o flash bate sobre os olhos. Nos olhos saudáveis, esse reflexo é sempre vermelho. Outros sintomas que podem aparecer são estrabismo, vermelhidão, deformação do globo ocular, baixa visão e dor ocular.

Apesar de o principal sintoma ser a leucocoria, o seu aparecimento significa que a doença já está em estágio avançado e as chances de salvar o olho da criança serão menores. Antes disso, a criança já pode apresentar como sintoma sensibilidade à luz (fotofobia) ou um desvio ocular, por exemplo, estrabismo. Por isso, é extremamente importante que, ao perceberem qualquer anormalidade nos olhos do filho, os pais procurem um médico o quanto antes. O diagnóstico precoce possibilita o tratamento adequado e aumenta as possibilidades de preservar a visão e a vida da criança acometida pela doença.

Referência no tratamento do retinoblastoma, o Centro de Atenção Integral à Criança com Retinoblastoma do Hospital Santa Marcelina mantido em parceria com a TUCCA, está equipado com aparelhos de última geração e oferece opções terapêuticas de ponta, como a quimioterapia intra-arterial, uma técnica minimamente invasiva, que tem demonstrado excelentes resultados no tratamento da doença.

O oncologista pediatra e diretor do Serviço de Oncologia Pediátrica do Hospital Santa Marcelina, Dr. Sidnei Epelman, explica que o objetivo dessa técnica é conseguir salvar o olho do paciente. “É um privilégio ter a possibilidade de conseguir não só curar, mas salvar o olho da criança. O tratamento padrão é a enucleação (retirada do olho), mas com a quimioterapia intra-arterial podemos salvar o olho e a visão da criança”, completa.

“Realizamos atendimento integral às crianças com retinoblastoma, sem qualquer custo ao paciente ou à sua família. Atendemos todas as necessidades em termos de diagnóstico, tratamento e reabilitação”, destaca Dr. Sidnei Epelman, que também é presidente da TUCCA idealizadora da campanha.

A TUCCA mantém um site com informações sobre a doença e a campanha http://tuccaretinoblastoma.com.br/

Dados estatísticos sobre retinoblastoma no Serviço de Oncologia Pediátrica do Hospital Santa Marcelina mantido em parceria com a TUCCA:

  • 40% dos casos são hereditários
  • 90% dos pacientes têm chances de cura quando o problema é detectado cedo
  • 50% das ocorrências da doença ainda são diagnosticadas tardiamente
  • 11% de casos neoplásicos
  • 3ª maior incidência do tipo de câncer (no centro de referência ao tratamento de retinoblastoma no Hospital Santa Marcelina/TUCCA
  • Média de idade ao diagnóstico: 2 anos
  • Média entre os primeiros sinais e sintomas até o diagnóstico: 5 meses
  • Histórico de câncer na família: 65% Sim | 35% Não


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