Festival Palco Giratório apresenta programação com novidades em formatos e temáticas: "Cena Expandida" e "Lugar de Fala". "Cena Expandida" realizará oficinas estendidas e mapeamento de artistas junto à comunidade local. "Lugar de Fala", trazido por diversos espetáculos do circuito, dará vozes às mulheres negras, comunidades indígenas e pessoas com deficiência. Atual edição do Festival Palco Giratório em São Paulo conta com a participação de 20 companhias de vários estados, que somarão mais de 40 apresentações artísticas, 9 delas inéditas, além de oficinas teatrais, encontros e debates
O Palco Giratório, circuito nacional de artes cênicas do Sesc, chega à sua 22ª edição como uma ação integrada que fomenta a circulação de obras e apresenta um importante panorama cultural da produção em artes cênicas no país. Iniciada no último dia 28 de março em Natal, no Rio Grande do Norte, o circuito já passou por Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Brasília e Manaus. Até dia 31 de agosto, o Palco Giratório chega a São Paulo com a participação de 20 companhias, que se apresentarão em nove unidades do Sesc na capital, Grande São Paulo e interior: 24 de Maio, Av. Paulista, Belenzinho, Bom Retiro, Campinas, Guarulhos, Parque Dom Pedro II, Santana e Santo André.
Até o fim de agosto, serão diversas apresentações de artes cênicas, sete delas inéditas em São Paulo, que envolvem linguagens como dança, circo, teatro adulto, teatro para crianças e performances; além do Pensamento Giratório, programação paralela aberta ao público, para reflexão e discussão acerca do trabalho e pesquisa dos grupos itinerantes, realizado com participação ativa da comunidade de artistas locais e convidados.
“Constituindo um empenho de democratização de toda diversidade cultural nacional que alcança pequenas, médias e grandes cidades, o Festival Palco Giratório promove, há 22 anos, a difusão de trabalhos de artes cênicas por meio da circulação de grupos e companhias de teatro, dança e performance. O Sesc São Paulo toma parte dessa empreitada, entendendo a importância do trabalho coletivo como meio de conhecer a pluralidade de expressões cênicas nas regiões do país”, afirma Danilo Santos de Miranda, diretor do Sesc São Paulo.
A cada ano, uma curadoria formada por profissionais do Sesc de todo o Brasil aponta pistas, ideias, pensamentos e ações que sugerem questões e tendências latentes no teatro brasileiro. Os desafios apontados em 2019 convocam o público a repensar estratégias nos modos de atuação do circo, dança, teatro e de suas interfaces, para promover ainda mais a existência e a sustentabilidade das artes cênicas.
Um tema que permeia a programação de 2019 como um todo, está relacionado com o conceito de “Lugar de Fala”, trazido por diversos espetáculos do circuito a partir de diferentes óticas: a dos povos indígenas (espetáculo "Se Eu Fosse Iracema" - 1Comum Coletivo - RJ); dos feminismos (com "A Mulher Arrastada" - Dramaturgia Diones Camargo - RS); dos corpos negros (com "Subterrâneo", Gumboot Dance Brasil - SP); dos corpos com deficiência ("Tandan", da Cia Etc – PE).
Também como desdobramento das ações de mediação cultural, o Palco Giratório destaca, neste ano, a presença de propostas que não configuram necessariamente a apresentação de um espetáculo, conhecidas como “Cena Expandida”. São programações que sugerem um tempo de relação mais amplo com as cidades e seus públicos, envolvendo a realização de mapeamentos e oficinas estendidas.
São elas que configuram o "Circuito Especial 2019: Performance Preta no Brasil", no Maranhão, que pretende viabilizar a produção negra no campo da performance; Audiodescrição Lab (Pernambuco/Santa Catarina), uma ação de mediação para espetáculo com audiodescrição; Femi-Clown Cabaré-Show (Distrito Federal), com uma proposta de saberes em circo-teatro, que se dá a partir do encontro e das partilhas entre mulheres palhaças e suas criações.
O Palco Giratório se notabilizou, durante suas 22 edições, por fomentar diferentes linguagens artísticas nas artes cênicas. Na atual edição, temos exemplos de: Teatro para Bebês (com o espetáculo "Voa", do Coletivo Antônia – Distrito Federal); Teatro Adulto (com "Traga-me a Cabeça de Lima Barreto", da Cia. Dos Comuns - Rio de Janeiro); Circo (com "Das Cinzas Coração", da Quimera Criações Artísticas e Teatro Ateliê - Rio Grande do Sul); Dança (com "Cria", da Cia. Suave/ Alice Ripoll – Rio de Janeiro); e Intervenção Urbana (Espetáculo "Naquele Bairro Encantado", do Teatro Público - Minas Gerais).
Além dos espetáculos e oficinas para todas as faixas etárias, a programação envolve ainda o Pensamento Giratório. Trata-se de um espaço aberto ao público para reflexão e discussão acerca do trabalho e pesquisa dos grupos itinerantes, realizado com a participação ativa da comunidade de artistas locais e convidados.
As companhias e espetáculos que serão apresentados em São Paulo são provenientes de diversos estados do Brasil, como, Alagoas, Amazonas, Ceará, Distrito Federal, Macapá, Maranhão, Minas Gerais, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo.
Programação completa em sescsp.org.br/palcogiratorio
Espetáculos inéditos em São Paulo:
Sesc 24 de Maio (R. 24 de Maio, 109)
- "Voa" (Coletivo Antônia - DF)
- "Naquele Bairro Encantado – Episódio I: Estranhos Visitantes" (Teatro Público – MG)
Sesc Avenida Paulista (Av. Paulista, 119)
- "R.A.L.E. (Realidade Apropriada Libera Evidência)" – Jessé Batista – AL
Sesc Belenzinho (Rua Padre Adelino, 1000 – Quarta Parada)
- "A Mulher Arrastada" (Dramaturgia Diones Camargo – RS)
- "A Mulher do Fim do Mundo" (Cia Casa Circo - AP)
SESC BOM RETIRO (Alameda Nothmann, 185)
- "Meu Seridó" (Casa de Zoé – RN)
SESC PARQUE DOM PEDRO II (Praça São Vito s/n - Brás)
- "Tandan" (Cia Etc – PE)
Sobre o Festival Palco Giratório
O Festival Palco Giratório faz parte do Projeto Palco Giratório, uma ação que o Sesc mantém em nível nacional, desde 1998, visando a difusão cultural e o desenvolvimento das artes cênicas no Brasil. Busca democratizar o acesso à produção artística, com uma estratégia de descentralização e intercâmbio teatral que conjuga processos e resultados por meio de apresentações, oficinas, demonstração, debates e palestras. Articula, ainda, a ocupação da rede de espaços cênicos do Sesc de todas as regiões do Brasil, além de outros espaços e instituições locais.
Ao longo de seus 22 anos de existência, o Palco Giratório se consolidou no cenário cultural levando uma grande variedade de gêneros e linguagens artísticas para um público diversificado de mais de 5 milhões de espectadores em mais de 500 espetáculos. Ao todo, já foram 11 mil apresentações com 353 grupos de teatro, circo, dança e outras linguagens — em instalações do Sesc, praças e outros espaços urbanos. Mais do que entretenimento, essa iniciativa tem como objetivo não só a troca de experiências e vivências entre os artistas, mas também a difusão de montagens regionais pelo país afora, além de criar oportunidades de inserção de artistas, produtores e técnicos no mercado de trabalho.
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