Por Oscar D’Ambrosio*, em junho de 2019.
Em determinado momento do premiado musical “Billy Elliot”, em exibição no Teatro Santander, em São Paulo, um pianista, levado a responder o que é arte, explica que há duas maneiras de aprender: uma que vem por meio da teoria, de fora para dentro; e outra que vem da expressão dos sentimentos, de dentro para fora.
A premiada versão para os palcos, recordista de premiações em teatro musical, com roteiro inspirado em romance de A. J. Cronin, de 1935, conta justamente a história de um personagem que busca dentro de si as forças para trocar as aulas de boxe pelas de balé. Com horas de treino, consegue sair de sua comunidade para estudar na principal escola de dança da Inglaterra.
Muitos têm o filme homônimo, de 2000, como referência, com a direção de Stephen Daldry. No musical, com músicas de Elton John, é enfatizada a ambientação durante greve dos mineiros nos meados dos anos 1980. É nesse universo de miséria da classe trabalhadora durante uma greve que se alastrou por um ano que o Billy encontra forças para dançar.
A luta por realizar um sonho é o ponto alto do musical. Embora tudo pareça contrário, como a baixa classe social de Billy Elliot, o preconceito que cerca a prática de balé por meninos e a falta de visão do pai dele de que a arte pode ser uma porta de saída para um mundo adverso, o protagonista, com o auxílio de sua professora de balé, dá passos para conquistar o mundo.
Oscar D’Ambrosio* é jornalista pela USP, mestre em Artes Visuais pela Unesp, graduado em Letras (Português e Inglês) e pós-doutorando e doutor em Educação, Arte e História da Cultura pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e Gerente de Comunicação e Marketing da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo.
0 comments:
Postar um comentário
Deixe-nos uma mensagem.