quarta-feira, 22 de maio de 2019

.: "O Frenético Dancin´Days" encerra temporada paulista neste domingo


Musical de Nelson Motta e Patrícia Andrade, com direção de  Deborah Colker, está em cartaz no Teatro Opus até 26 de maio e tem preço promocional na sessão de sexta.

Tudo que é bom termina. E assim como a boate que deu origem ao espetáculo teve uma existência meteórica, está chegando a hora de se despedir de "O Frenético Dancin´Days", que fica em cartaz somente até este domingo, dia 26 de maio, em São Paulo, no Teatro Opus. E o público paulista ainda ganha outro presente, a sessão de sexta, dia 24, tem preço promocional.

O espetáculo resgata a aura mítica em torno da "Frenetic Dancing´Days Discotheque", que foi um marco na noite brasileira, especialmente a carioca, com apenas quatro meses de funcionamento, ditando moda, comportamento e celebrando a liberdade, quando o país estava em plena ditadura militar. A boate renasceu em forma de musical e, mais uma vez, a magia se fez: "O Frenético Dancin´Days" já foi visto por mais de 80 mil pessoas, entre Rio e São Paulo.

Nelson Motta (ao lado de Patrícia Andrade) assinou o texto com a absoluta propriedade de quem foi um dos fundadores da boate e viveu toda a agitação que marcou o Rio naquela época. O musical conta a história da "Frenetic Dancing´Days Discotheque", boate idealizada, em 1976, pelos amigos Nelson Motta, Scarlet Moon, Leonardo Netto, Dom Pepe e Djalma. Deborah Colker aceitou o desafio e fez sua estreia na direção teatral, além de assinar as coreografias, ao lado de Jacqueline Motta. A realização é das Irmãs Motta e Opus, produção geral de Joana Motta, com patrocínio da MetLife e Alelo e apoio da Unisys e ArcelorMittal.

Autor de musicais consagrados como "Elis, a Musical", "Tim Maia- Vale Tudo, O Musical" e "S´imbora, O Musical - A História de Wilson Simonal", Nelson Motta afirma que nunca foi tão feliz com um espetáculo. “Esse musical é uma festa, as pessoas ficam enlouquecidas na plateia, parece que estamos mesmo voltando aos tempos da boate. É uma alegria imensa”, festeja. "Eu sabia da potência, da força do 'Dancin´Days', de como ele mudou a cidade. A boate chegou com esse caráter libertário, lá as pessoas eram livres, podiam ser como elas são. Isso tem uma grande força política, social, filosófica, artística. Não há nada como o livre arbítrio, estar em um lugar onde você vai ser quem você é”, afirma Deborah. 

O musical é uma superprodução, com 17 atores e seis bailarinos, escolhidos através de audições, à exceção de Érico Brás (Dom Pepe) e Débora Reis (Dona Dayse). O elenco é formado ainda por: Ariane Souza (Madalena), Bruno Fraga (Nelson Motta), Cadu Fávero (Djalma), Franco Kuster (Léo Netto), Ivan Mendes (Inácio/Geraldo), Renan Mattos (Catarino), Karine Barros (coro/stand in feminino), Larissa Venturini (Scarlet), Natasha Jascalevich (Bárbara),  além das Frenéticas: Carol Rangel (Edyr de Castro), Ester Freitas (Dhu Moraes), Ingrid Gaigher (Lidoca), Stephanie Serrat (Regina Chaves), Larissa Carneiro (Leiloca) e Giselle Lima (Sandra Pêra).

Deborah Colker (premiada na Rússia com o Prix Benois de la Danse, considerado o Oscar da Dança) assina também as coreografias (ao lado de Jacqueline Motta) e tem ao seu lado uma ficha técnica de peso: Gringo Cardia (cenografia e direção de arte), Maneco Quinderé (desenho de luz), Alexandre Elias (direção musical), Fernando Cozendey (figurinos) e Max Weber (visagismo). Passarão pelo palco os principais personagens que marcaram não apenas a história da boate, mas da cultura nacional.

Os cenários e figurinos recriam a atmosfera disco, mas com uma identidade própria. “A minha inspiração foi a estética de como as pessoas se comportavam na época e o quão ousadas eram no vestir”, explica Fernando Cozendey. “O desafio foi trazer o shape 70 atualizado, criar algo que ainda provocasse espanto, alegria e libertação para um público em 2018. O espetáculo para mim é sobre transgressão de ser, vestir, dançar, existir”, acrescenta.

A direção musical de Alexandre Elias também acompanha o espírito da época e inova ao trazer um DJ pilotando a música ao vivo. “Quando a Joana Motta me convidou para esse projeto, ela veio com essa “sacada” que iríamos contar a história de uma discoteca e que devíamos ter um DJ. E, no caso do Dancing´Days, o DJ Dom Pepe era uma das figuras centrais”. Para construir os arranjos, Alexandre Elias passou meses pesquisando e optou pela técnica dos samples. “Estamos usando tecnologia de ponta nessa área, misturei elementos dos arranjos originais, que são clássicos presentes na nossa memória afetiva, com ideias minhas e da direção, para chegarmos ao resultado final”, explica Alexandre.

Dance sem parar
A noite carioca fervia nos anos 70, quando a casa foi criada para inaugurar também o Shopping da Gávea. A cena disco estava explodindo em Nova York, mas ainda não tinha acontecido no Brasil. O Dancin´Days foi inaugurado em 05 de agosto de 1976 e marcou a chegada da discoteca no país. Lady Zu, Banda Black in Rio, Tim Maia, a pista da boate fervia. Na casa, se apresentaram nomes como Rita Lee (ainda com o Tutti-Frutti), Raul Seixas, Gilberto Gil. “Eu adoro dançar, eu adoro dança, tudo que se movimenta. E para dançar você precisa de música. E música boa é a junção perfeita. E não tem como o Dancin´Days não ter isso, é uma música muito boa, é a melhor. É um iluminismo!”, celebra Deborah.

Nada causou tanta sensação quanto o surgimento das Frenéticas. Contratadas inicialmente como garçonetes, elas também faziam uma breve apresentação durante a madrugada. O sucesso foi imediato: Leiloca, Sandra Pera, Lidoca, Edyr, Dhu Moraes e Regina Chaves logo abandonaram as bandejas e assumiram os holofotes. Elas foram o primeiro grupo contratado da multinacional Warner, que estava aportando no Brasil. O país inteiro cantou "Dancin´Days", "Perigosa", "O Preto que Satisfaz" (abertura da novela "Feijão Maravilha", da TV Globo), entre tantas outras.

“As Frenéticas foram obra do acaso e, claro, do talento de seis garotas que eram atrizes desempregadas, começaram como garçonetes do 'Dancin´Days' e, no fim da noite, cantavam quatro músicas. Foi um estouro! o Dancin lotava só para ver as Frenéticas, que se tornaram as rainhas da discoteca no Brasil”, aponta Nelson.

A boate funcionou por apenas quatro meses, pois o contrato era limitado ao período que antecedia a abertura do Teatro dos Quatro. Ela celebrava um Rio e um país que conseguiam ser livres, apesar da ditadura militar. A casa reunia famosos e anônimos, hippies e comunistas, todas as tribos com o único objetivo de celebrar a vida. O sucesso foi tamanho que a casa foi reaberta no Morro da Urca e inspirou a novela "Dancin´Days", de Gilberto Braga, que tinha a música homônima das Frenéticas como tema de abertura. O país inteirou "caiu na gandaia" e entrou na festa.

E foi justamente esta celebração que chegou a São Paulo no dia 15 de março. O espetáculo relembrará, até o próximo domingo, grandes clássicos da discoteca como "I Love the Nightlife", "You Make me Feel Might Real", "We Are Family’, "Y.M.C.A", "Stayin´alive", além de clássicos das Frenéticas e grandes sucessos nacionais da época, como ‘Marrom Glacê’, entre outros.

Ficha Técnica
Texto: Nelson Motta e Patrícia Andrade
Direção geral:  Deborah Colker
Direção Musical: Alexandre Elias
Coreografia: Deborah Colker e Jacqueline Motta
Cenografia e direção de arte: Gringo Cardia
Desenho de luz: Maneco Quinderé
Figurinos: Fernando Cozendey
Visagismo: Max Weber
Assistente de direção: Gustavo Wabner
Colaboração artística: Toni Platão
Produção de elenco: Cibele Santa Cruz
Produção geral: Joana Motta
Gerente de Produção Opus: Graziele Saraiva
Direção de Produção: Renata Costa Pereira e Edgard Jordão
Produção Executiva: Vanessa Campanari
Realização: Irmãs Motta e Opus
Patrocínio: MetLife e Alelo
Apoio: Unisys e ArcelorMittal

Serviço
Temporada: até domingo, 26 de maio

Ingressos:
Plateia baixa central: R$ 170
Plateia baixa lateral: R$ 150
Plateia alta: R$ 130
2º plateia alta: R$ 75
Balcão nobre: R$ 75

Sessão de sexta-feira, 24 de maio (preços especiais)
Inteira: R$ 75 / Meia: R$ 37,50 (em todos os lugares)

Horários:
Sexta-feira: 21h
Sábado: 17h e 21h
Domingo: 18h

Local:
Teatro OPUS (Av. das Nações Unidas, nº 4777 - Alto de Pinheiros/ 4o piso – Shopping Villa-Lobos)
www.teatroopus.com.br/
Classificação: 12 anos
Duração: 120m
Capacidade: 751 pessoas

Formas de pagamento: dinheiro e cartões de crédito e débito informadas no local de pagamento. Taxa de perda do cartão de estacionamento, será cobrado valor de estadia/ pernoite, conforme horas descritas nas tabelas. Tempo de tolerância de 15 minutos para self.

Bilheteria oficial - Sem taxa de conveniência
Local: Foyer do Teatro Opus - 4º andar - Shopping Villa-Lobos
Av. das Nações Unidas, 4777 - Alto de Pinheiros - São Paulo, SP.
De terça a domingo, das 12h às 20h
A Bilheteria do Teatro, no terraço do Shopping Villa-Lobos, abre somente em dias de espetáculos, a partir das 14h.

Outros pontos de venda - Com taxa de conveniência
Uhuu: www.uhuu.com

Formas de pagamento: Amex, Aura, Diners, dinheiro, Hipercard, Mastercard, Visa e Visa Electron

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