Foto: Aline Batista
Espetáculo solo do intérprete-criador Erico Santos será apresentado no dia 17 de maio, às 20h, na Oficina Cultural Alfredo Volpi, em Itaquera. Trabalho foi inspirado na vida e na obra do mestre Sebastião Biano, componente da Banda de Pífanos de Caruaru.
Com espetáculo nesta sexta-feira (17), às 20h, o intérprete-criador Erico Santos apresenta seu mais novo trabalho, “Abraço que vós me nordestes”. O espetáculo será apresentado na Oficina Cultural Alfredo Volpi, em Itaquera, na zona Leste da capital. Os ingressos são gratuitos.
"Abraço que vós me nordestes" traz uma dança-poesia inspirada na vida e na obra do mestre Sebastião Biano, componente da Banda de Pífanos de Caruaru. É força, resistência, amor e legado, estouro em danças, corpo aterrado, corpo pulante, corpo pipoca. Na construção de movimentos das histórias contadas de onça, Lampião e de seu terno esquenta “muié”. Sangue, pés, pulso e ancestral é. Da terra, da seca e da emoção em lágrimas. São danças que descascam terras vermelhas na busca de suculência. Um caminho a percorrer e tudo isso junto.
O primeiro contato de Erico Santos com Sebastião Biano se deu por uma ação do projeto “Retratos” da Cia Sansacroma, no qual homenageavam em vídeo-dança seis figuras que mantinha um legado com suas histórias e vivências, assim como os griots da cultura africana.
O vídeo elaborado junto à Cia. foi publicado em 2017, quando Erico Santos conheceu a casa, contos, cantos e causos de Sebastião Biano, despertando assim um interesse em aprofundar ainda mais suas conexões com o pifeiro. O trabalho se transformou e vem ganhando outras extensões através do projeto “Abraço que Vós me Nordeste” contemplado pelo PROAC Primeiras Obras em 2018.
Com espaço e tempo para se aprofundar, o espetáculo se aterra nas danças populares nordestinas – coco, maracatu, caboclinho – desdobrando-se ainda com a estética e poesias encontradas em Xilogravuras e nos cordéis, manifestações artísticas essas ligadas diretamente ao território nordestino.
“Abraço que vós me nordestes” dialoga com as vidas que saem do Nordeste em busca de seus caminhos e escolhas, traz a poesia do cenário nordestino, a alegria dos corpos, a força das lutas diárias, e a resistência do afeto. Impulsos esses que fizeram Erico Santos investir numa dança que dialogasse inclusive com suas vivências pessoas, trazendo um caráter biográfico para a poética da cena.
Sobre o intérprete-criador – Erico Santos é artista da dança, produtor independente, artista-educador, orientador social e pedagogo em formação. Iniciou seus estudos em danças através do Programa Vocacional em 2011, atuando a partir de então no grupo Improvis’Art Artístico, fundado com artistas do bairro Jardim João XXIII.
Em busca de uma investigação mais intensa iniciou curso técnico em dança em 2013. Ao concluir o curso o artista se conecta com a Cia. Sansacroma, sob direção de Gal Martins, onde atua como intérprete criador até o momento. Entre outros trabalhos como intérprete destacam-se Coletivo Desvelo, “Ajeum” sob direção de Djalma Moura e “Abraço que vós me nordestes”, contemplado PROAC Primeiras Obras 2018.
SERVIÇO:
Espetáculo “Abraço que vós me nordestes”
Data: 17 de maio (sexta-feira), às 20h.
Local: na Oficina Cultural Alfredo Volpi, à Rua Américo Salvador Novelli, 416, em Itaquera, São Paulo.
Informações: (11) 2205-5180
Quanto: Espetáculo gratuito
Duração: 45 minutos
Classificação etária: livre
FICHA TÉCNICA
Concepção e Dança: Erico Santos
Direção de movimento: Djalma Moura
Trilha sonora: Raiany Sinara
Apoio Musical: Leandro Perez
Provocação de cena: Aysha Nascimento
Figurino: Mariana Facertta
Criação e operação de luz: Fernando Melo
Preparação Corporal: Anelise Mayumi e Marina Souza
Xilogravura: Daniel Normal
Concepção gráfica e Diagramação: Nai Meneses e Aline Carolina
Assessoria de Imprensa: Marcelo Dalla Pria
Fotografia de Divulgação: Aline Batista
Produção Geral: Djalma Moura
Inspiração: Sebastião Biano.
Agradecimentos: Alzira Biano, Adriana Nogueira Menezes, Centro de Referência da Dança da Cidade de São Paulo, Ciça Coutinho - Curanderia Cultural, Djalma Moura e Fábio César.
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