No feriado de 1º de maio é comemorado o Dia da Literatura Brasileira e são tantas obras importantes para o país que não podemos deixar de celebrar e indicar os autores que fizeram a diferença para o leitor.
A escolha foi por conta do aniversário do escritor José de Alencar, que nasceu neste dia e foi o primeiro a retratar o Brasil de forma realista, o sertão e a vida indígena eram seus temas favoritos. As obras mais lidas desse escritor são um serviço à sociedade brasileira. São elas:
"Iracema": este livro faz parte da trilogia indianista de José de Alencar – que inclui ainda "O Guarani" e "Ubirajara" –, vertente da literatura romântica brasileira que buscou valorizar os temas e a língua nacionais. Amor proibido é a trama deste clássico, entre uma índia e um guerreiro português. Esta edição tem texto integral e traz notas explicativas para os termos não usuais, para facilitar a compreensão da obra.
"Lucíola": nesta obra, são os homens que estão em ascensão social. É o universo das cortesãs e dos homens abastados em forma de carta. Lúcia, uma meretriz, é atraída por um novo rapaz, que consegue enxergá-la além das aparências e dos preconceitos da sociedade carioca. Mais uma vez, o autor afronta a sociedade em um romance repleto de tramas amorosas e com um desfecho surpreendente.
"Senhora": um dos últimos romances escritos pelo autor, antecipa alguns aspectos do Realismo e do Naturalismo, que dominariam a literatura brasileira nas décadas seguintes. O casamento por interesse, a sociedade de aparências e a hipocrisia são importantes temáticas abordadas por Alencar. Um marco para a literatura e para o Brasil em relação às críticas sobre a sociedade.
Sobre o autor:
José de Alencar nasceu em 1829 no Ceará. Quando tinha 11 anos, sua família mudou-se para a capital do Império do Brasil, Rio de Janeiro. Aos 17 anos, iniciou seus estudos no curso de Direito e fundou a revista "Ensaios Literários". É autor de "Cinco Minutos", "A Viuvinha", "Senhora", "O Gaúcho", "O Sertanejo", "Guerra dos Mascates" e a trilogia "O Guarani", "Iracema" e "Ubirajara", entre outros romances.
Foi chefe e consultor da Secretaria do Ministério da Justiça. Em 1860, ingressou na política como deputado estadual no Ceará, e em 1868 tornou-se ministro da Justiça. No ano seguinte, candidatou-se ao Senado do Império, mas não foi escolhido por ser muito jovem. Faleceu no Rio de Janeiro em 1877, de tuberculose, após um tratamento médico fracassado na Europa.
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