sexta-feira, 8 de março de 2019

.: Dogville, a peça: 10 motivos para não perder o espetáculo em SP

Por: Mary Ellen Farias dos Santos
Em março de 2019


Em cartaz no Teatro Porto Seguro, em São Paulo, até 31 de março, motivos não faltam para assistir o espetáculo "Dogville", de 
Lars Von Trier
. Para tanto, nós do portal Resenhando.com apontamos 10 razões para você não perder a montagem do drama da fugitiva que chega ao paraíso que vira um inferno, com direção de Zé Henrique de Paula e realização Sevenx Produções Artísticas. Confira!




1. A conturbada história da "aceitação" dos moradores de Dogville ao receber e manter Grace no pacato vilarejo é atual, uma vez que a extrema intolerância culmina na execração sádica.

2. Elenco de primeira e em perfeita sintonia: Mel Lisboa (Grace), Eric Lenate (Narrador), Fábio Assunção (Chuck), Bianca Byington (Vera), Rodrigo Caetano (Tom Edison), Anna Toledo (Martha), Marcelo Villas Boas (Ben), Gustavo Trestini (Sr. Henson), Fernanda Thurann (Liz), Thalles Cabral (Bill Henson), Chris Couto (Sra. Henson), Blota Filho (Thomas Pai), Munir Pedrosa (Jack McKay), Selma Egrei (Ma Ginger), Fernanda Couto (Glória) e Dudu Ejchel (Jason)

3. O enredo de "Dogville" poderia ser um recorte comum da vida, mas o fator surpresa é gerado por meio das atitudes -humanamente mesquinhas- dos personagens que culmina num desfecho impactante.

4. A atriz Mel Lisboa é uma Grace perfeita, em todos os tons e gestuais, com nuances na medida exata para estruturar a mocinha da história que o público defende até o fim.


5. O Chuck de Fábio Assunção é intenso e faz com que o público o ame, em alguns instantes, mas volte a odiá-lo com mais intensidade, o que respinga em todos os outros moradores.

6. O Tom de Rodrigo Caetano é meticulosamente maquiavélico ao manipular Grace, enquanto esboça um amor e cuidado inexistentes. 

7. Bianca Byinton (Vera), Selma Egrei (Ma Ginger), Chris Couto (ra. Henson) e Fernanda Thurran (Liz) representam a desconfiança mesclada à falsa aceitação, maquiando o que pensam e são, até que esbarram no sadismo absoluto -assim como todos do vilarejo.

8. Ao vivo, câmeras direcionadas aos atores no palco, refletem as projeções simultaneamente, tal qual se vê no cinema -uma vez que "Dogville", originalmente é um "filme teatral".

9. Na peça, a emocionante "dança de cadeiras" compõe cenário e elementos de apoio.

10. "Dogville" é um espetáculo teatral soberano, inesquecível e que provoca o refletir sobre os limites da ação e reação.

Não há dúvida de que a peça "Dogville" é imperdível!



Sinopse: A trama se passa na fictícia cidade de Dogville, uma pequena e obscura cidade situada no topo de uma cadeia montanhosa, onde residem algumas poucas famílias formadas por pessoas aparentemente bondosas e acolhedoras. A pacata rotina dos moradores do vilarejo é abalada pela chegada de Grace (Mel Lisboa), uma forasteira misteriosa que procura abrigo para se esconder de um bando de gangsteres.


Recebida por Tom Edison Jr. (Rodrigo Caetano), que, comovido pela sua situação, convence os outros moradores a acolhe-la na cidade. Grace, apesar de afirmar nunca ter trabalhado na vida, decide oferecer seus serviços para as famílias de Dogville em agradecimento pela sua generosidade. Porém, no decorrer da trama, um jogo perverso se instaura entre os moradores da cidade e a bela forasteira: quanto mais ela se doa e expõe a sua fragilidade e a sua bondade, mais os cidadãos de bem exigem e abusam dela, levando a situação a extremos inimagináveis.

*Mary Ellen Farias dos Santos é criadora e editora do portal cultural Resenhando.com. É formada em Comunicação Social - Jornalismo, pós-graduada em Literatura e licenciada em Letras pela UniSantos - Universidade Católica de Santos. Twitter: 
@maryellenfsm



Ensaio de "Dogville"


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