sexta-feira, 1 de março de 2019

.: Crítica de "O Primeiro Homem", DVD de cinebiografia é cheio de extras

Por: Mary Ellen Farias dos Santos
Em março de 2019



"O Primeiro Homem" (First Man), novo longa dirigido por Damien Chazelle ("Whiplash""La La Land: Cantando Estações", que por segundos foi declarado vencedor do Oscar de Melhor Filme em 2017), é a cinebiografia do piloto e astronauta Neil Armstrong, quem conseguiu cumprir a primeira missão humana até a lua, com a Apollo 11. Escolha inteligente do diretor, uma vez que Armstrong -interpretado brilhantemente por Ryan Gosling-, é dono de uma personalidade bastante peculiar, o que enriquece a narrativa.

Baseado no livro homônimo de James R. Hansen, o filme explora os detalhes íntimos e psicológicos do protagonista dentro do ambiente familiar, profissional e social. Marcado pelas sucessivas mortes, incluindo a de sua pequena filha, anos antes de ser o primeiro homem a pisar na Lua, vive constantemente assombrado por fantasmas do passado. O astronauta tenta lidar com as circunstâncias inesperadas, mas termina por estagnar na solidão. 

Tal qual a experiência do pouso histórico, Armstrong mostra ser uma pessoa que internaliza tudo o que vive de bom e de ruim, ou seja, por dentro pura ebulição e por fora, total silêncio. Assim, mantem-se à parte dos outros, seja da esposa, dos amigos ou parceiros de voos. São as características do astronauta do silêncio solitário que facilitam a imersão do público na trama, levando cada um para dentro de uma mente misteriosa e turbulenta. 

A esposa Janet (Claire Foy), quem lida diretamente com o modo reservado do marido, é um ponto de equilíbrio, uma vez que ela o chama para expor as aflições. Embora nem sempre compreenda tamanha internalização da dor das perdas por ele, é Janet, mais emotiva, quem promove uma onda de explosão ao discutir com o marido antes da viagem importante para a evolução humana. Entretanto, é no absoluto silêncio da cena final que os dois mundos, mantidos a uma distância segura, se encontram por meios de olhares.

A produção usa a estética com precisão, desde enquadramentos focados nos rostos dos personagens, destacando as emoções -mesmo as mínimas-, seja num ambiente com claridade ou penumbra, além dos tremores convincentes. O longa faz jus à estatueta do Oscar na categoria "Melhores Efeitos Visuais", trabalho que é muito bem aliado a sonoplastia, que transmite a sensação de pura agonia durante o voo. O silêncio total do espaço e o barulho enlouquecedor dentro dos módulos. Tal casamento, favorece por completo a narrativa de "O Primeiro Homem". Vale muito conferir!



DVD: Além das cenas excluídas, O DVD de "O Primeiro Homem" é recheado de extras com entrevistas e cenas dos bastidores. No menu apresenta: Cenas Excluídas; Almejando a Lua; Preparando Para o Lançamento; Um salto gigantesco e um pequeno passo; A Missão que Deu Errada; Colocando Você no Lugar; Recriando o pouso lunar; Filmando na NASA; Treinamento de astronauta; Comentário do Filme pelo diretor Damien Chazelle, roteirista Josh Singer e montador Tom Cross.


Filme: O Primeiro Homem (First Man, 2018)
Gênero: Drama
Diretor: Damien Chazelle
Roteiro: Josh Singer
Elenco: Ryan Gosling, Claire Foy, Jason Clarke, Kyle Chandler
Duração: 141 minutos
Legendas: Inglês SDH, Português e Espanhol
Áudio: Ingles 5.1 Dolby Digital, Portugês 5.1 Dolby Digital e Espanhol 5.1 Dolby Digital.

*Mary Ellen Farias dos Santos é criadora e editora do portal cultural Resenhando.com. É formada em Comunicação Social - Jornalismo, pós-graduada em Literatura e licenciada em Letras pela UniSantos - Universidade Católica de Santos. Twitter: @maryellenfsm






Crítica de "O Primeiro Homem", DVD de cinebiografia é cheio de extras. 🌛🌚🌜 "O Primeiro Homem" (First Man), novo longa dirigido por Damien Chazelle ("Whiplash" e "La La Land: Cantando Estações", que por segundos foi declarado vencedor do Oscar de Melhor Filme em 2017), é a cinebiografia do piloto e astronauta Neil Armstrong, quem conseguiu cumprir a primeira missão humana até a lua, com a Apollo 11. Escolha inteligente do diretor, uma vez que Armstrong -interpretado brilhantemente por Ryan Gosling-, é dono de uma personalidade bastante peculiar, o que enriquece a narrativa. Baseado no livro homônimo de James R. Hansen, o filme explora os detalhes íntimos e psicológicos do protagonista dentro do ambiente familiar, profissional e social. Marcado pelas sucessivas mortes, incluindo a de sua pequena filha, anos antes de ser o primeiro homem a pisar na Lua, vive constantemente assombrado por fantasmas do passado. O astronauta tenta lidar com as circunstâncias inesperadas, mas termina por estagnar na solidão. 🌚🌛🌜🌚🌛🌜🌚🌛🌜🌚🌛🌚 Confira a crítica completa no Resenhando.com!
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