quinta-feira, 7 de março de 2019
.: Carrascoza inova ao lançar microcontos para público infantil
Vencedor do Jabuti, João Anzanello Carrascoza lança o livro "Vamos Acordar o Dia? Histórias de Uma Linha Só" pela SM.
O consagrado contista paulista João Anzanello Carrascoza lança mais uma obra destinada ao público infantojuvenil, desta vez revelando o que há de imaginativo, gracioso e certeiro na visão infantil sobre o mundo. No livro "Vamos Acordar o Dia? Histórias de Uma Linha Só", publicado pela SM, o autor tece 22 microcontos em que crianças expressam, em poucas palavras, o seu próprio mundo e a natureza, nos fazendo um convite delicioso: vamos juntos acordar o dia?
Escritos em uma linha só e encabeçados por títulos que agregam sentidos à leitura, os contos são marcados pelo lirismo e pela poeticidade das situações íntimas, cotidianas e familiares e apresentam questionamentos, certezas, dúvidas e definições das personagens.
Microconto é novidade na literatura infantojuvenil
Com destacados prêmios no currículo, como o Jabuti, os da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil (FNLIJ) e o Guimarães Rosa, da Radio France Internationale, Carrascoza inova ao trazer para a literatura infantojuvenil uma vertente de escrita já incorporada na literatura adulta, mas pouco usual no âmbito infantil: o microconto - também conhecido como miniconto ou nanoconto.
O microconto surgiu com maior força no final do século XX e apresenta a narração dentro de apenas uma linha. A ideia é que, no mínimo de palavras, seja apresentado todo um contexto e uma ação em torno do pouco que é revelado por aquelas palavras. E embora não seja reconhecido como um gênero literário, o microconto vem se consolidando cada vez mais como uma fascinante vertente artística.
Assim, os microcontos de "Vamos Acordar o Dia? Histórias de Uma Linha Só" são construídos com frases simples, plenas de sutilezas, metáforas e comparações, ampliando os sentidos poéticos do texto, que encerra várias camadas de leitura. Além disso, por ser escrito a partir do ponto de vista de uma criança, o texto é atrativo e de fácil leitura e compreensão por parte dos pequenos.
Para João Carrascoza, os microcontos do livro estimulam o imaginário do leitor e o preparam para fruições estéticas mais longas, já que o texto se apoia no não-dito, na incompletude, no subentendido: "Faço votos que os pais leiam com os filhos essas narrativas de uma linha só, cientes de que podem considerá-las resumos de histórias maiores. E, assim, se lancem a inventar outras linhas, alargando a diversão e o afeto em família".
Já as ilustrações, de Sandra Jávera, são lúdicas, coloridas, delicadas e quase minimalistas, como os microcontos, complementando o sentido do texto e estimulando a imaginação do leitor. Vale ressaltar ainda um detalhe especial da obra: as cores dos títulos dos microcontos referem-se sempre a um elemento da ilustração. Esse jogo pictórico favorece o desenvolvimento da percepção e apreciação estética por parte do leitor.
Sobre o autor
João Anzanello Carrascoza nasceu em Cravinhos, interior de São Paulo, em 1962. Na capital paulista, para onde se mudou, formou-se pela Escola de Comunicações e Artes da USP, instituição pela qual é mestre e doutor e onde leciona até hoje. Trabalhou décadas como redator publicitário para as maiores agências do país, ao mesmo tempo que cultivava a escrita literária. Escritor reconhecido no Brasil e também no exterior, publicou livros infantojuvenis, contos, livros de não-ficção, romances e adaptações, alguns deles traduzidos para o inglês, italiano, francês, espanhol e sueco.
Pela sua vasta obra, ganhou destacados prêmios como o Jabuti, os da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil (FNLIJ) e o Guimarães Rosa – da Radio France Internationale, entre outros, além de ter um livro selecionado para o prestigiado catálogo White Ravens, da Biblioteca Internacional da Juventude de Munique. Pela SM, publicou também Tempo justo, O homem que lia as pessoas e Caixa de brinquedos.
Sobre a ilustradora
Sandra Jávera nasceu na cidade de São Paulo, em 1985. Formou-se pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU-USP), em 2011. Completou seus estudos no Instituto Tomie Ohtake e no Museu de Arte Contemporânea da USP, no Brasil, e na Parsons School of Design e na School of Visual Arts, em Nova York, Estados Unidos, onde vive atualmente. Colabora com diversas revistas e jornais e trabalha ilustrando livros infantis e adultos, além de criar estampas e peças de cerâmica. Pela SM, ilustrou também A caixa de Klara (2014).
Sobre a SM
Nascida na Espanha, a SM está presente em 10 países e são mais de 2.300 profissionais e voluntários se dedicando a este projeto. Responsabilidade social, inovação e proximidade com a escola pautam o trabalho da entidade, que tem como objetivo promover o desenvolvimento humano e a transformação social para a construção de uma sociedade mais competente, crítica e justa. Atuante no Brasil desde 2004, a SM oferece um amplo catálogo de serviços educacionais, conteúdos didáticos e de literatura infantil e juvenil no país.
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