O Selo Sesc lança em fevereiro o álbum digital "Sessões Selo Sesc #4: Rashid". Gravado em junho de 2018 o disco traz o repertório de "Crise", lançado no mesmo ano e no qual o artista retrata suas crises pessoais e políticas, contestando e manifestando em forma de rimas e batidas com origem na periferia, mas que falam para o mundo todo.
A crise com a qual Rashid nomeou seu penúltimo trabalho é uma via de mão dupla. Trata-se da crise sobre estar no trono e ainda assim preocupado. Com narrativas contestadoras de uma maneira visceral, o disco traz dois alicerces: o som e o business, este último, refletido na maneira como lançou o projeto seguindo as novas tendências do consumo de música, com quase um single por mês, seguido de clipe na internet, o que fez com que o cantor paulistano conseguisse um destaque grande nas redes sociais e o colocou entre os artista mais tocados do Spotify no Brasil.
"Estar no trono e mesmo assim preocupado, contradiz as expectativas das pessoas. Por melhor que você esteja, não significa que não tenha problemas ou, por mais problemas que tenha, não significa que você esteja em queda. 'Crise' simboliza os dois lados de uma mesma moeda. Não é o bem contra o mal, é mais para 'tá tudo bem, não tá tudo tão bem assim'", diz o cantor e compositor, nascido com o nome de Michel Dias Costa e rebatizado como Rashid em 2007.
Em "Sessões Selo Sesc #4: Rashid", além do repertório de "Crise", o álbum reúne também faixas de trabalhos anteriores, como "A Coragem da Luz" (2016), "Que Assim Seja" (2013), "Virando a Mesa" (2013) e "Dádiva & Dívida" (2011), com as faixas "Ruaterapia", "Homem do Mundo", "Coisas da Vida", "Abre Caminhos", "Que Assim Seja", "Poucos e Bons" e "Virando a Mesa".
Rashid é rapper, nascido no Lauzane Paulista, criado em Ijaci, cidadezinha de Minas Gerais. Batalhou nas rinhas de MCs, ao lado de Emicida, e participou do disco solo do rapper Kamau. Seu primeiro lançamento veio só em 2010, quando liberou o EP "Hora de Acordar". Hoje, tem três EPs, e dois discos lançados. O rapper é também business man, e comanda a linha de roupas Foco na Missão.
Além das rimas
O rapper, que cultiva desde a infância o gosto pela leitura e pelo universo literário, também tem na conta de suas habilidades o livro Ideias que rimam mais que palavras - Vol.1, seu primeiro. Como referência das rimas e de lírica, escreveu crônicas de suas músicas enquanto relembrou momentos marcantes da carreira. Rashid narra partes de sua trajetória musical, indo dos dias mais precários até os mais expressivos, ao dar detalhes das composições e daquilo que o inspirou a fazer os versos que o tornaram consagrado. O livro cobre o período de 2008 a 2014, enquanto construía uma base sólida de trabalho e abria caminho para os sonhos que escrevia em forma de poesia nos cadernos, seus diários de bordo que ainda têm muito a dizer.
#4 Rashid – Sesc Vila Mariana [repertório do CD]
1. Sem sorte
2. Estereótipo
3. Ruaterapia
4. Musashi
5. Homem do Mundo
6. Química
7. Música de Guerra
8. Coisas da Vida
9. Abre Caminhos
10. Que assim seja
11. Primeira Diss
12. Poucos e bons
13. Bilhete 2.0
14. Pés na areia
15. Virando a Mesa
16. Se tudo der errado amanhã
Sessões Selo Sesc
Atento a vasta programação musical circulante nas unidades do Sesc, o Sessões Selo Sesc surge com o intuito de disponibilizar registros sonoros de shows com boa qualidade e em formato digital através das plataformas de streaming (Deezer, Spotify, Apple Music, entre outras). Em formato bootleg, mas com excelente captação, mixagem e masterização, os álbuns reaproximam o público da experiência in loco e podem ser acessados a qualquer momento pela internet. No ar desde 2017, no projeto já foram lançados os álbuns de Orquestra Mundana Refugi (Sesc Consolação), Siba e a Fuloresta (Sesc Pompeia) e Metá Metá (Sesc Bom Retiro).
Selo Sesc
O Selo Sesc tem o objetivo de registrar o que de melhor é produzido na área cultural. Constrói um acervo artístico pontuado por obras de variados estilos, da música ao teatro e cinema. Em 2018 lançou dezenas de discos, entre eles “Debut” de Paulo Martelli, “A Paixão Segundo Catulo”, dirigido por Mário Sève, “Mar Virtual” de Eugénia Melo e Castro, “Viola Paulista”, dirigido por Ivan Vilela, “Tradição Improvisada”, de Nelson da Rabeca e Thomas Rohrer, “Cantos de Trabalho II”, da Cia. Cabelo de Maria e “Intuitivo”, de Itiberê Zwarg & Grupo, além do Box de DVDs Movimento Violão e os lançamentos exclusivos para o digital: “Basa Black Bossa” de Alexandre Basa e a série “Sessões Selo Sesc”, com gravações de shows ocorridos nas unidades do Sesc: #1: Orquestra Mundana Refugi, #2: Siba e a Fuloresta e #3: Metá Metá.
Em 2017, o Selo Sesc colocou na praça os CDs “Aluê” (Airto Moreira), “A poesia de Aldir Blanc” (Maria João), “Avenida Atlântica” (Guinga e Quarteto Carlos Gomes), “AM60 AM40 (Antonio Meneses e André Mehmari), “No Mundo dos Sons” (Hermeto Pascoal & Grupo), “Carlos Gomes, Alexandre Levy e Glauco Velásquez”(Quarteto Carlos Gomes), “Fruta Gogoia: Uma Homenagem a Gal Costa” (Renato Braz e Jussara Silveira), “Guarnieri Nepomuceno” (Orquestra Filarmônica de Minas Gerais e Cristina Ortiz), “Box Villa-Lobos” (Quartetos Bessler-Reis e Amazônia), “Com Alma” (Banda Mantiqueira), “Festival Música Nova” (Ensemble Música Nova), “Saudade Maravilhosa” (Mario Adnet), e o DVD “Alcance dos Sentidos” (Ivaldo Bertazzo).
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