Por Paulo Martins Herrans*
Quando recebi a notícia de que obtive a maior nota do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade), no curso de Licenciatura em Filosofia, pensei que acontecera algum erro. Tive desempenho melhor que alunos da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade de Campinas (Unicamp).
Hoje em dia, tendemos a desconfiar de tudo, até de nós mesmos. “Sou insignificante”, pensei, “esse resultado não está certo”. Por outro lado, também somos seres egocêntricos e inclinados a pensar que tudo gira ao nosso redor. “Eu sou o cara!”, pensei, “sou melhor que todo mundo”.
Posteriormente, refletindo de forma mais equilibrada, conclui que a “disputa” foi injusta com os outros alunos. Além de eu ter me graduado em Filosofia, no Centro Universitário Internacional Uninter, eu estudo há 50 anos com a maior de todas as filósofas: minha mãe, Dolores. Há 15 anos, outra professora exemplar entrou em minha vida: minha esposa, Patrícia.
Os discursos daqueles que formam nosso caráter permanece para sempre em nós, enquanto que os discursos dos filósofos geralmente entram por um ouvido e saem pelo outro. No momento atual, talvez o mundo precise mais da autoridade das mães e pais do que de filósofos. Porque é preciso ter a sabedoria maior do que a de todos os filósofos para formar seres humanos.
Quando as coisas ficam complicadas, não é ao Platão que vamos recorrer, e sim aos ensinamentos de nossos pais, especialmente de nossas mães. De manhã, quando meu pai saía para o trabalho, me dizia: “obedeça à sua mãe”. Quando chegava, questionava: “você obedeceu à sua mãe?”.
Foi minha mãe quem me ensinou que a filosofia começa com o trabalho, não com o ócio. Com o trabalho dela, de meu pai e das professoras da escola. Todo dia, depois de me acordar para a escola, me dizia: “preste atenção às suas professoras”. E eu ouvia as professoras porque minha mãe mandava ouvi-las.
Concluindo, peço palmas não a mim, que sou apenas um discípulo. Peço palmas à minha mãe, à minha esposa e a todas as mulheres e professoras, porque elas, sim, são as maiores filósofas do Brasil.
* Paulo Martins Herrans acaba de receber o grau de Licenciado em Filosofia pelo Centro Universitário Internacional Uninter.
Quando recebi a notícia de que obtive a maior nota do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade), no curso de Licenciatura em Filosofia, pensei que acontecera algum erro. Tive desempenho melhor que alunos da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade de Campinas (Unicamp).
Hoje em dia, tendemos a desconfiar de tudo, até de nós mesmos. “Sou insignificante”, pensei, “esse resultado não está certo”. Por outro lado, também somos seres egocêntricos e inclinados a pensar que tudo gira ao nosso redor. “Eu sou o cara!”, pensei, “sou melhor que todo mundo”.
Posteriormente, refletindo de forma mais equilibrada, conclui que a “disputa” foi injusta com os outros alunos. Além de eu ter me graduado em Filosofia, no Centro Universitário Internacional Uninter, eu estudo há 50 anos com a maior de todas as filósofas: minha mãe, Dolores. Há 15 anos, outra professora exemplar entrou em minha vida: minha esposa, Patrícia.
Os discursos daqueles que formam nosso caráter permanece para sempre em nós, enquanto que os discursos dos filósofos geralmente entram por um ouvido e saem pelo outro. No momento atual, talvez o mundo precise mais da autoridade das mães e pais do que de filósofos. Porque é preciso ter a sabedoria maior do que a de todos os filósofos para formar seres humanos.
Quando as coisas ficam complicadas, não é ao Platão que vamos recorrer, e sim aos ensinamentos de nossos pais, especialmente de nossas mães. De manhã, quando meu pai saía para o trabalho, me dizia: “obedeça à sua mãe”. Quando chegava, questionava: “você obedeceu à sua mãe?”.
Foi minha mãe quem me ensinou que a filosofia começa com o trabalho, não com o ócio. Com o trabalho dela, de meu pai e das professoras da escola. Todo dia, depois de me acordar para a escola, me dizia: “preste atenção às suas professoras”. E eu ouvia as professoras porque minha mãe mandava ouvi-las.
Concluindo, peço palmas não a mim, que sou apenas um discípulo. Peço palmas à minha mãe, à minha esposa e a todas as mulheres e professoras, porque elas, sim, são as maiores filósofas do Brasil.
* Paulo Martins Herrans acaba de receber o grau de Licenciado em Filosofia pelo Centro Universitário Internacional Uninter.
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