A Orquestra Experimental de Repertório (OER) celebra os 110 anos da imigração japonesa no Brasil com um concerto que apresenta músicas tradicionais do Japão e tem como convidada a musicista Akiko Sakurai, no dia 11 de novembro, às 16h30, no Theatro Municipal de São Paulo. Na regência se revezam os maestros Jamil Maluf e Thiago Tavares.
A apresentação inicia com a execução de November Steps, de um dos mais importantes compositores de música moderna no Japão, Toru Takemitsu. “Para a execução desta peça, Akiko Sakurai irá tocar um instrumento chamado biwá. Acredito que seja a primeira vez no Brasil que esta obra é executada”, afirma o maestro Jamil Maluf.
O Biwá é um instrumento de cordas japonês que lembra um alaúde. Além de Sakurai, o musicista Shen Kyomei Ribeiro também se junta à orquestra na composição November Steps. Ele se apresentará com uma Shakuhachi, flauta tradicional japonesa, feita de bambu, utilizada em cerimônias budistas.
Seguindo o programa, os músicos executam uma composição feita especialmente para a Orquestra Experimental de Repertório em 1991: Koro-koro fantasy, de Tsuna Iwami. O musicista japonês viveu muitos anos no Brasil e dedicou essa peça à OER. Ainda para esta apresentação, a orquestra executa a abertura da ópera O Mikado, com música de Arthur Sullivan e libreto de W.S Gilbert. A obra estreou em 1885 no Teatro Savoy, em Londres. “Essa dupla fez espetáculos no século 19 que hoje são considerados os primeiros musicais da história da música. A produção original teve tanto sucesso que durante dois anos foram 672 récitas”, explica o maestro.
Ainda no universo lírico, os músicos executam o intermezzo da ópera Madama Butterfly, de Giacomo Puccini, que se passa no Japão e aborda a história de um tenente da marinha que se apaixona por uma gueixa.
O concerto termina com uma melodia tradicional japonesa, Sakura Sakura, com orquestração do compositor e arranjador Gabriel Levy. Os ingressos variam de R$10 a R$20 e são vendidos pelo site eventim.com.br ou pela bilheteria do Theatro Municipal.
Serviço:
Orquestra Experimental Homenageia Imigração Japonesa
Comemoração dos 110 anos da imigração japonesa no Brasil
Jamil Maluf – regente titular
*Thiago Tavares – regente assistente (rege a obra November Steps)
Shen Kyomei Ribeiro – Shakuhachi
Akiko Sakurai – Biwá
Toru Takemitsu: November Steps*
Tsuna Iwami: Koro-koro fantasy, para Shakuhachi e Orquestra
Arthur Sullivan: Abertura da Ópera O Mikado
Giacomo Puccini: Intermezzo da ópera Madama Butterfly
Tradicional japonesa: Sakura Sakura – Orquestração de Gabriel Levy
Local: Theatro Municipal de São Paulo – Sala de Espetáculos
Data: Domingo, 11/11, 16h30
Duração: Aprox. 60 min.
Classificação indicativa: Livre (recomendado para maiores de 7 anos)
Ingressos: R$20 / R$15 / R$10 (meia-entrada para aposentados, maiores de 60 anos, professores da rede pública e estudantes)
Orquestra Experimental de Repertório: A Orquestra Experimental de Repertório (OER) foi criada em 1990 a partir de um projeto do Maestro Jamil Maluf, e oficializada pela Lei 11.227, de 1992.
A OER tem por objetivos a formação de profissionais de orquestra da mais alta qualidade e a difusão de um repertório abrangente e diversificado que mostre o extenso alcance da arte sinfônica, bem como a formação de plateias. Suas várias séries de concertos com renomadas estrelas da música erudita e popular, bem como suas montagens de óperas, balés e gravações para TV, compõem uma programação que, há vários anos, vem conquistando público e crítica. Entre os vários prêmios que recebeu está o Prêmio Carlos Gomes, como destaque de música erudita.
De 2014 a 2016, a OER foi dirigida pelo Maestro Carlos Moreno, e voltou a ter o Maestro Jamil Maluf como seu regente titular a partir de 2017, com o maestro Thiago Tavares como regente associado.
Theatro Municipal de São Paulo: O Theatro Municipal de São Paulo faz parte da Secretaria Municipal de Cultura. Em 27 de maio de 2011, o Theatro Municipal de São Paulo foi transformado de departamento da Secretaria Municipal de Cultura em Fundação de direito público, com um corpo artístico formado pela Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo, Coro Lírico Municipal de São Paulo, Balé da Cidade de São Paulo, Quarteto de Cordas da Cidade de São Paulo, Coral Paulistano, Orquestra Experimental de Repertório, Escola Música do Theatro Municipal de São Paulo e pela Escola de Dança do Theatro Municipal de São Paulo, tendo como espaços o Theatro Municipal, a Central Técnica do Theatro Municipal e a Praça das Artes.
Inaugurado em 12 de setembro de 1911, o edifício inspirado na Ópera Garnier, em Paris, tem a assinatura do arquiteto Ramos de Azevedo e projeto interno dos italianos Cláudio Rossi e Domiziano Rossi. Além de receber grandes nomes mundiais da música e da dança como Enrico Caruso, Maria Callas, Francisco Mignoni, Duke Ellington, Ella Fitzgerald, Isadora Duncan, Nijinsky, Nureyev e Baryshnikov; o Theatro também foi cenário de um dos principais eventos da história das artes no Brasil, a Semana de Arte Moderna.
Nos quase 107 anos do Theatro Municipal, três grandes reformas marcaram as mudanças e renovações do prédio: a primeira delas, em 1954, criou novos pavimentos para ampliar os camarins, reduziu os camarotes e instalou o órgão G. Tamburini; a segunda, de 1986 a 1991, e para celebrar o centenário, a terceira reforma, mais complexa que as anteriores, restaurou o edifício e modernizou o palco.
Instituto Odeon: O Instituto Odeon é o gestor do Theatro Municipal de São Paulo. Com mais de 20 anos de atuação na área da cultura, o Instituto se destaca pela gestão do Museu de Arte do Rio – MAR, no Rio de Janeiro, além de consultorias ao Governo do Pernambuco e Prefeitura de Porto Alegre, produção de espetáculos de teatro e idealização e gestão de diversos projetos socioculturais. A instituição assumiu em 1º de setembro a gestão do corpo artístico formado pela Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo, Coro Lírico Municipal de São Paulo, Balé da Cidade de São Paulo, Quarteto de Cordas da Cidade de São Paulo, Coral Paulistano Mário de Andrade e Orquestra Experimental de Repertório e dos espaços Theatro Municipal, Central Técnica do Theatro Municipal e Praça das Artes.
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