sexta-feira, 2 de novembro de 2018

.: "Bohemian Rhapsody" é belo poema cinematográfico de Queen e Mercury

Por: Mary Ellen Farias dos Santos
Em novembro de 2018



"Bohemian Rhapsody" é o retrato d
a pura efervescência de emoções que vai da euforia à completa vulnerabilidade, que são emanados da telona para o público, por meio de irretocáveis interpretações. O longa de 2h 15m é respeitável e respeitoso, pois a cinebiografia não trabalha apenas com a memória afetiva ou se direciona aos fãs da banda britânica Queen. Vai além assim como a loucura do vocalista da banda.  

Inicialmente, ao som instrumental de "Somebody to love", apenas na posição de seguidores de Freddy Mercury, os espectadores acompanham o cantor, antes de uma grande apresentação, sem que o rosto dele seja focado -facilitando a adequação da ideia de que ali está o próprio Freddie. Assim, a expectativa do que será exibido e o rumo da trama é alimentada. Logo, dá o destaque merecido ao admirável e inesquecível vocalista.

Dirigida por Bryan Singer, a película que está em cartaz nos cinemas é harmoniosa e de encher os olhos. Seja pela beleza fotográfica ou a total ebulição de emoções trazidas pela narrativa. Equilibrado, ora retrata a emocionante feitura da música que intitula a grande produção -além de outros sucessos-, ora os bastidores da banda composta por Brian May (guitarra e vocais), Freddie Mercury (vocais e piano), John Deacon (baixo) e Roger Taylor (bateria e vocais), consequentemente interpretados por Gwilym Lee, Rami Malek (Mr. Robot), Joseph Mazzello (Jurrasic Park) e Ben Hardy. 



Acompanhando a formação da banda ou a elaboração de sucessos como "Love of My Life", "Another One Bites The Dust" ou "We will rock you", não há como deixar de bater ao menos um pé no ritmo ou controlar os arrepios de emoção -muitas vezes acompanhados por lágrimas. Sem jogar para debaixo do tapete o contágio de Mercury pela AIDS, "Bohemian Rhapsody" mexe com a emoção do público com a cena em que o vocalista anuncia a doença aos membros de sua família musical. 

Mesmo sem dúvidas de que diálogos foram atenuados e até floridos, ainda assim, "Bohemian Rhapsody" é um serviço para as novas gerações, além de um presente aos fãs e admiradores da revolucionária bandaA caracterização do quarteto impressiona, incluindo os dentes salientes de Freddy Mercury -que para a jornalista Glória Maria, que o entrevistou em 1985, trata-se de uma protuberância. 

"Bohemian Rhapsody", com roteiro de Anthony McCarten, é daqueles filmes para se ver e rever -e perder as contas. Não somente por empolgar durante e após a sessão de cinema, mas principalmente pelo turbilhão de sensações despertadas. O mérito do longa, ao término da exibição, é o do poder de os hits continuarem tocando na mente. Também pudera, a trilha sonora é espetacular!

Cine Roxy, Santos: Na quarta-feira, 31 de outubro, às 21h, o Cine Roxy 5 promoveu a pré-estreia do filme "Bohemian Rhapsody", em sessão gratuita para convidados. Antes do início da exibição, foi realizado um flash mob, uma ação surpresa com o grupo Broadway Voices, que interpretou a canção "The Show Must Go On". O cora entrou na sala misturado ao público, com integrantes sentados entre a plateia.

Filme: Bohemian Rhapsody (Bohemian Rhapsody)
Elenco: Rami Malek (Freddie Mercury) Adam Rauf (Freddie Mercury jovem), Ben Hardy (Roger Taylor), Gwilym Lee (Brian May), Joseph Mazzello  (John Deacon), Allen Leech (Paul Prenter), Lucy Boynton (Mary Austin), Aaron McCusker (Jim Hutton), Aidan Gillen (John Reid), Tom Hollander (Jim Beach), Dermot Murphy (Bob Geldof), Meneka Das (Jer Bulsara), Ace Bhatti (Bomi Bulsara), Dickie Beau (Kenny Everett), Neil Fox-Roberts (Sr. Austin), Philip Andrew (Reinhold Mack), Matthew Houston (Larry Mullen Jr.)
Data de lançamento: 24 de outubro de 2018 (Reino Unido); 1º de novembro de 2018
Direção: Bryan Singer
Música composta por: John Ottman
Produção: Bryan Singer, Robert De Niro, Graham King, Jim Beach
Produtoras: 20th Century Fox, Initial Entertainment Group, Regency Enterprises


*Mary Ellen Farias dos Santos é criadora e editora do portal cultural Resenhando.com. É formada em Comunicação Social - Jornalismo, pós-graduada em Literatura e licenciada em Letras pela UniSantos - Universidade Católica de Santos. Twitter: @maryellenfsm





Sobre o Cine Roxy: Em oito décadas, o Roxy é caso raro de cinema que acompanhou a transformação da maneira de se exibir um filme: dos primeiros e grandes rolos de película ao sistema digital. A rica trajetória se deve à perseverança e o senso empreendedor da família Campos: de pai para filho, chegou ao atual diretor do Roxy, Antônio Campos Neto, o Toninho Campos. A modernização, aliada à tradição, transformou o Roxy no principal cinema do litoral paulista, fato que rendeu a Toninho o Prêmio ED 2013 na categoria Exibição -Destaque Profissional de Programação, considerado o principal do país nos segmentos de exibição e distribuição. E o convite para ser diretor cultural do Santos & Região Convention Visitors Bureau.

Trailer

Queen - Bohemian Rhapsody (Live at The Bowl 1982)

Queen - Live at LIVE AID



Um comentário:

  1. O melhor filme que assisti nos últimos tempos. Fui sem esperar muito. Surpresa boa!

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