Filme de 11 minutos que retrata a nova geração do ritmo jamaicano nas periferias será lançado internacionalmente
O crescente movimento, conhecido pelos seus paredões de sound system e a ascensão de novos nomes de produtores engajados em espalhar a cultura e a música jamaicana nas periferias, é tema do documentário criado pela Sharp em parceria com o diretor Guilherme Nasser. O filme, guiado por Emcee Lê, um dos principais nomes da nova geração do dancehall brasileiro, mergulha o espectador em uma viagem estética e musical pela realidade cotidiana dos agitadores e do público dos bailes.
"É sobre o estilo de vida que permeia o dancehall de quebrada. Mais do que somente a cena musical, nós queríamos mostrar as pessoas." - diz a produtora executiva Georgia Reinés.
O filme aborda também questões que envolvem a realidade dos protagonistas, como por exemplo a influência da cultura rastafari e do pan-africanismo. Em um ponto do filme há um trecho original do discurso de Marcus Garvey no Harlem, NY, em 1924. Para Emcee Lê, sua transição do rap para o reggae é cheia de significados e descobertas de vida: "Com o dancehall eu conheci a história africana, minhas origens, aprendi o que é a diáspora e o valor da história do preto no mundo".
Filmado em 2017, a pequena produção que cabia em um carro passou por bailes em pontos extremos da cidade, além de regiões metropolitanas como Osasco e Guarulhos. Nesse último, no bairro do Bom Sucesso, a protagonista do curta se torna Vitória Janês, do BonsuSound sistema de som: "Quando eu comecei foi por causa da música, tinha pouca mina, principalmente nessa cultura de quebrada, de música, era praticamente só homem, hoje já tem mina pra caramba na cena", reforça Vitória. Seu coletivo, ao lado de outro coletivo feminino, o Saraundsistas, promove bailes completamente comandados por mulheres na cidade.
Para o diretor e editor do filme, Guilherme Nasser, a descoberta da história se fez em campo mais abstrato e conceitual após as filmagens.
"Eu montei o filme como se estivesse ouvindo um selector fazendo intervenções nas músicas durante o baile. Inicialmente fiquei preocupado por não ter muita informação convencional de documentário como voz off, depoimentos e histórias, mas acho que essa realidade crua que as imagens têm é o que eu tava preocupado em não perder. Eu queria trazer uma imersão visual e sonora, então virou uma brisa montada minuciosamente, com muito carinho. Espero que as pessoas assistam e fiquem a fim de ir pro baile" - diz Nasser, que classifica a obra como filme-remix.
Os cenários escolhidos para essa jornada foram a Favela 3 Coco e o Gueto Savoyzinho na Zona Leste, o Conjunto dos Metalúrgicos e o Point Capelinha em Osasco, o bairro Bom Sucesso em Guarulhos e o Fatiado Discos, na zona Oeste, onde aconteceu o lançamento do vinil "Dancehall de Quebrada", com faixas de Jimmy Luv, Michel Irie, Xandão e Jah Wala, artistas já consagrados da cena do dancehall brasileiro.
O dancehall de quebrada é considerado por seus adeptos um movimento agregador e democrático. Atualmente, muitos bares e espaços das comunidades recebem festas semanais. Algumas, como é o caso do Baile da 3 Côco, na Zona Leste da cidade chega a receber mais de duas mil pessoas por edição. Acompanha, em seu tempo, as mudanças de mentalidade da sociedade, respeitando suas questões sociais e geográficas, e além de produzir músicas inéditas o tempo todo, de qualquer forma possível e em qualquer lugar.
"FYA - Um filme remix sobre o dancehall de quebrada" será lançado mundialmente no segundo semestre de 2018 pela Boiler Room. Em setembro ele entrará em destaque na página da 4:3, uma das plataforma independentes mais importantes do mundo quando falamos de experiências da vida real e da cena underground do cinema documental com acesso via streaming e gratuito.
Ficha Técnica
Direção e Montagem: Guilherme Nasser
Produção executiva: Georgia Reinés, Mariana Stabile, Barbara Machado
Direção de fotografia: Fabio Politi
Segunda Câmera: Giovanna Rouvier
Fotos Still: José Eduardo Cunha, Giovanna Rouvier
Direção de Som: Fábio Smeili
Motion: Guilherme Valente
Cor: Sérgio Pasqualino Jr. (Bleach)
Direção de Produção: Georgia Reinés
Produção Sharp: Mirelly Batista
Locadora Equipamentos: 22
Assistente de direção: Barbara Machado
Som direto: Cesar Antunha, Daniel Malferrari
Assistente de Câmera: Bruno Fenart
Designer: Aline Martiriani
PR: Otávio Bontempo e Giuliana Nicastro
Sobre a Sharp
A SHARP é um hub de inovação que trabalha a formação de comunidade de marcas e empresas, entendendo a dinâmica da influência de seus público-alvos para mapear seus melhores porta-vozes e desenhar soluções consistentes. Nossos projetos focam em diversidade, pluralidade e impacto dentro do cenário social, atuando nos pilares de pesquisa, estratégia e execução. Dentre nossos clientes estão Ambev, Smart Fit, Nós Treino, Gradient Project e já realizamos projetos com Dyson, Perestroika, Melissa, Grupo DPSP, Ypê, Pan Seguros, entre outros.
Sobre a 4:3 Boiller Room:
4: 3 by Boiler Room é uma plataforma multifacetada de gênero para curadoria e comissionamento de filmes underground, explorando temas de desempenho, identidade, cultura jovem e anti-establishment. É para mentes curiosas e aquelas ligadas à cultura, oferecendo uma exploração de filmes inéditos e, assim como em experiências da vida real, uma oportunidade para descobrir o desconhecido.
Como o Boiler Room, 4: 3 está enraizado na experiência física; nossos eventos são multifacetados, conectando os pontos entre a cultura do clube e o cinema para ampliar os limites do que uma experiência cinematográfica pode ser.
https://fourthree.boilerroom.tv/
"É sobre o estilo de vida que permeia o dancehall de quebrada. Mais do que somente a cena musical, nós queríamos mostrar as pessoas." - diz a produtora executiva Georgia Reinés.
O filme aborda também questões que envolvem a realidade dos protagonistas, como por exemplo a influência da cultura rastafari e do pan-africanismo. Em um ponto do filme há um trecho original do discurso de Marcus Garvey no Harlem, NY, em 1924. Para Emcee Lê, sua transição do rap para o reggae é cheia de significados e descobertas de vida: "Com o dancehall eu conheci a história africana, minhas origens, aprendi o que é a diáspora e o valor da história do preto no mundo".
Filmado em 2017, a pequena produção que cabia em um carro passou por bailes em pontos extremos da cidade, além de regiões metropolitanas como Osasco e Guarulhos. Nesse último, no bairro do Bom Sucesso, a protagonista do curta se torna Vitória Janês, do BonsuSound sistema de som: "Quando eu comecei foi por causa da música, tinha pouca mina, principalmente nessa cultura de quebrada, de música, era praticamente só homem, hoje já tem mina pra caramba na cena", reforça Vitória. Seu coletivo, ao lado de outro coletivo feminino, o Saraundsistas, promove bailes completamente comandados por mulheres na cidade.
Para o diretor e editor do filme, Guilherme Nasser, a descoberta da história se fez em campo mais abstrato e conceitual após as filmagens.
"Eu montei o filme como se estivesse ouvindo um selector fazendo intervenções nas músicas durante o baile. Inicialmente fiquei preocupado por não ter muita informação convencional de documentário como voz off, depoimentos e histórias, mas acho que essa realidade crua que as imagens têm é o que eu tava preocupado em não perder. Eu queria trazer uma imersão visual e sonora, então virou uma brisa montada minuciosamente, com muito carinho. Espero que as pessoas assistam e fiquem a fim de ir pro baile" - diz Nasser, que classifica a obra como filme-remix.
Os cenários escolhidos para essa jornada foram a Favela 3 Coco e o Gueto Savoyzinho na Zona Leste, o Conjunto dos Metalúrgicos e o Point Capelinha em Osasco, o bairro Bom Sucesso em Guarulhos e o Fatiado Discos, na zona Oeste, onde aconteceu o lançamento do vinil "Dancehall de Quebrada", com faixas de Jimmy Luv, Michel Irie, Xandão e Jah Wala, artistas já consagrados da cena do dancehall brasileiro.
O dancehall de quebrada é considerado por seus adeptos um movimento agregador e democrático. Atualmente, muitos bares e espaços das comunidades recebem festas semanais. Algumas, como é o caso do Baile da 3 Côco, na Zona Leste da cidade chega a receber mais de duas mil pessoas por edição. Acompanha, em seu tempo, as mudanças de mentalidade da sociedade, respeitando suas questões sociais e geográficas, e além de produzir músicas inéditas o tempo todo, de qualquer forma possível e em qualquer lugar.
"FYA - Um filme remix sobre o dancehall de quebrada" será lançado mundialmente no segundo semestre de 2018 pela Boiler Room. Em setembro ele entrará em destaque na página da 4:3, uma das plataforma independentes mais importantes do mundo quando falamos de experiências da vida real e da cena underground do cinema documental com acesso via streaming e gratuito.
Ficha Técnica
Direção e Montagem: Guilherme Nasser
Produção executiva: Georgia Reinés, Mariana Stabile, Barbara Machado
Direção de fotografia: Fabio Politi
Segunda Câmera: Giovanna Rouvier
Fotos Still: José Eduardo Cunha, Giovanna Rouvier
Direção de Som: Fábio Smeili
Motion: Guilherme Valente
Cor: Sérgio Pasqualino Jr. (Bleach)
Direção de Produção: Georgia Reinés
Produção Sharp: Mirelly Batista
Locadora Equipamentos: 22
Assistente de direção: Barbara Machado
Som direto: Cesar Antunha, Daniel Malferrari
Assistente de Câmera: Bruno Fenart
Designer: Aline Martiriani
PR: Otávio Bontempo e Giuliana Nicastro
Sobre a Sharp
A SHARP é um hub de inovação que trabalha a formação de comunidade de marcas e empresas, entendendo a dinâmica da influência de seus público-alvos para mapear seus melhores porta-vozes e desenhar soluções consistentes. Nossos projetos focam em diversidade, pluralidade e impacto dentro do cenário social, atuando nos pilares de pesquisa, estratégia e execução. Dentre nossos clientes estão Ambev, Smart Fit, Nós Treino, Gradient Project e já realizamos projetos com Dyson, Perestroika, Melissa, Grupo DPSP, Ypê, Pan Seguros, entre outros.
Sobre a 4:3 Boiller Room:
4: 3 by Boiler Room é uma plataforma multifacetada de gênero para curadoria e comissionamento de filmes underground, explorando temas de desempenho, identidade, cultura jovem e anti-establishment. É para mentes curiosas e aquelas ligadas à cultura, oferecendo uma exploração de filmes inéditos e, assim como em experiências da vida real, uma oportunidade para descobrir o desconhecido.
Como o Boiler Room, 4: 3 está enraizado na experiência física; nossos eventos são multifacetados, conectando os pontos entre a cultura do clube e o cinema para ampliar os limites do que uma experiência cinematográfica pode ser.
https://fourthree.boilerroom.tv/
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