“Qual é a Sua” é o single escolhido para marcar o lançamento. “Não me faça falar de nós / Eu não sei falar / Vou falar demais”, canta Mahmundi, sobre uma levada reggae. “Essa música fala de encontros, flertes. Daqueles momentos de decisão para um relacionamento, ‘vamos levar isso adiante?’, “vamos apostar nisso que a gente chama de amor?’”, explica a artista. Também ganha estreia hoje o videoclipe da canção, gravado em Salvador com direção de Henrique Aqualo, que conta com a participação de pessoas locais, como Luana Nascimento e Vica.
O single “Imagem”, já divulgado pela cantora, vem flertando com o charme, o delicioso ritmo que marcou a música brasileira nos anos 1990. Em maio deste ano, Mahmundi revelou outra faixa, “Tempo pra Amar”, sua parceria com o compositor Carlinhos Rufino, uma balada com um recado direto: “Hoje eu só quero amar você / Nem preciso ligar a TV / Nosso amor é um romance / E o tempo é pro nosso querer”.
Sua playlist começa com “Alegria”, que abre o álbum com uma letra cheia de amor pra dar. Já em “Outono”, um piano conduz a melodia. “Não me diga que você se vai agora / Nesse dia tão bonito / Queria ficar mais um pouco contigo / Pelo menos uns 100 anos ou mais”, entoa.
As duas foram compostas em parceria com o amigo de longa data Roberto Barrucho. Composta por Mahmundi e o poeta Omar Salomão, “Vibra” traz uma sonoridade que nos leva aos anos 1980. Em “As Voltas”, composta e lançada por Qinho, o violão faz a cama, antecedendo a entrada de um delicado piano com acento jazzístico.
Tem até afrobeat – à moda Mahmundi. “Felicidade vem de dentro pra fora / Rebate na gente / Gira em círculos, invade a sua porta”, canta ela em “Felicidade”, bem marcada e cheia de barulhinhos bons. A festa termina com a bossa nova “Eu Quero Ser o Mar”: “Lá, aonde surge a onda / Pra recomeçar / Na profusão dos sentidos da vida da gente / Da vida do tempo da gente”, dizem alguns dos versos.
O disco tem violão, piano e baixo acústico, mas nada é “limpinho” demais. Os reverbes, delays e efeitos de voz, que viraram uma característica de seu som, continuam lá. Como autora, Mahmundi revelou um lado mais doce e leve. “Eu já consigo entender a artista que sou, a artista que posso vir a ser. O tempo vai esclarecendo melhor. Foram anos de busca, de acúmulo de experiências. Chegar aos 30 anos também me ajudou a compreender melhor o mundo e a relação com as coisas”, conclui. Como antídoto “para dias ruins”, o som de Mahmundi é a receita certa.
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