Por: Mary Ellen Farias dos Santos
Em maio de 2018
"Deadpool" é o longa de "super herói" -embora o próprio não aceite o rótulo, apenas o "super"- cheio de bom humor que faltava para os fãs do gênero ou os admiradores. Para aumentar o carisma do ex-agente especial Wade Wilson (Ryan Reynolds), clássicos dos anos 80 embalam a trama. A romântica "Careless Whisper", de 1984, interpretada por George Michael é a música do protagonista que bebe muito do sarcasmo. Com todos os bons ingredientes reunidos, fica claro que a parceria entre a FOX e a Marvel, com 1h 48min de duração é, definitivamente, imperdível.
Já no início, a clássica -e aprimorada- abertura da Marvel sofre a interferência musical do mercenário romântico. Ao som de "Angel of the morning", na voz de Juice Newton, sucesso de 1981, na cena de enfrentamento de mocinho e vilões, com a câmera extremamente vagarosa girando e passando por diversos objetos da ação, o primeiro crédito é do 'filme de algum idiota" estrelado pelo "perfeito idiota de Deus", assim como uma listinha amiga do que será encontrado no longa, seja um vilão britânico -destacando a figura do "Lanterna Verde", também interpretado por Reynolds em 2011- ou um personagem em CGI -imagens gerados por computador.
Em meio a tiradas e piadinhas de qualidade que trazem o alívio cômico, o peso fica com a história de Wade, bastante perturbadora. Ao ficar desfigurado após descobrir estar com câncer e passar pelas mãos de um cientista maligno e torturador, o tagarela, descobre que toda a desgraça vem acompanhada de poderes especiais de cura e uma força aprimorada. Assim, Wade que usa um relógio de pulso do "Adventure Time" decide se vingar do homem que quase acabou com a vida dele.
Contudo, a grande sacada de "Deadpool" é a riqueza de detalhes, mesmo em meio a agilidade da narrativa. Tudo em cena tem um significado que acrescenta à trama e ao perfil do anti-herói, nada é por acaso. O senso de humor desbocado regado de cinismo balanceiam com a fofura daquele que faz desenhos enquanto aguarda vilões, fica preocupado se desligou o forno de casa e diz usar a roupa vermelha para que não o vejam sangrar.
Como não se envolver com um herói que saltita de felicidade e até se assusta diante do perigo? "Deadpool" é a perfeita desconstrução do gênero que, atualmente, é capaz de levar muitos aos cinemas e marcar bilheterias avassaladoras. Critica a estrutura das produções de heróis, sem perder a essência. Há "tiro, porrada e bomba", mas equilibrado com o humor apimentado de fazer chorar de rir. Pura zoeira! Se vamos assistir "Deadpool 2"? Absolutamente!!
Filme: Deadpool (Deadpool)
Elenco: Ryan Reynolds, Morena Baccarin, Ed Skrein, T. J. Miller, Gina Carano, Leslie Uggams, Brianna Hildebrand
Direção: Tim Miller
Gênero: Comédia, ação
Bilheteria: 783,1 milhões USD
Canção original: Careless Whisper
Música composta por: Junkie XL
Data de lançamento: 11 de fevereiro de 2016 (Brasil)
*Mary Ellen Farias dos Santos é criadora e editora do portal cultural Resenhando.com. É formada em Comunicação Social - Jornalismo, pós-graduada em Literatura e licenciada em Letras pela UniSantos - Universidade Católica de Santos. Twitter: @maryellenfsm
Em maio de 2018
"Deadpool" é o longa de "super herói" -embora o próprio não aceite o rótulo, apenas o "super"- cheio de bom humor que faltava para os fãs do gênero ou os admiradores. Para aumentar o carisma do ex-agente especial Wade Wilson (Ryan Reynolds), clássicos dos anos 80 embalam a trama. A romântica "Careless Whisper", de 1984, interpretada por George Michael é a música do protagonista que bebe muito do sarcasmo. Com todos os bons ingredientes reunidos, fica claro que a parceria entre a FOX e a Marvel, com 1h 48min de duração é, definitivamente, imperdível.
Já no início, a clássica -e aprimorada- abertura da Marvel sofre a interferência musical do mercenário romântico. Ao som de "Angel of the morning", na voz de Juice Newton, sucesso de 1981, na cena de enfrentamento de mocinho e vilões, com a câmera extremamente vagarosa girando e passando por diversos objetos da ação, o primeiro crédito é do 'filme de algum idiota" estrelado pelo "perfeito idiota de Deus", assim como uma listinha amiga do que será encontrado no longa, seja um vilão britânico -destacando a figura do "Lanterna Verde", também interpretado por Reynolds em 2011- ou um personagem em CGI -imagens gerados por computador.
Em meio a tiradas e piadinhas de qualidade que trazem o alívio cômico, o peso fica com a história de Wade, bastante perturbadora. Ao ficar desfigurado após descobrir estar com câncer e passar pelas mãos de um cientista maligno e torturador, o tagarela, descobre que toda a desgraça vem acompanhada de poderes especiais de cura e uma força aprimorada. Assim, Wade que usa um relógio de pulso do "Adventure Time" decide se vingar do homem que quase acabou com a vida dele.
Contudo, a grande sacada de "Deadpool" é a riqueza de detalhes, mesmo em meio a agilidade da narrativa. Tudo em cena tem um significado que acrescenta à trama e ao perfil do anti-herói, nada é por acaso. O senso de humor desbocado regado de cinismo balanceiam com a fofura daquele que faz desenhos enquanto aguarda vilões, fica preocupado se desligou o forno de casa e diz usar a roupa vermelha para que não o vejam sangrar.
Como não se envolver com um herói que saltita de felicidade e até se assusta diante do perigo? "Deadpool" é a perfeita desconstrução do gênero que, atualmente, é capaz de levar muitos aos cinemas e marcar bilheterias avassaladoras. Critica a estrutura das produções de heróis, sem perder a essência. Há "tiro, porrada e bomba", mas equilibrado com o humor apimentado de fazer chorar de rir. Pura zoeira! Se vamos assistir "Deadpool 2"? Absolutamente!!
Elenco: Ryan Reynolds, Morena Baccarin, Ed Skrein, T. J. Miller, Gina Carano, Leslie Uggams, Brianna Hildebrand
Direção: Tim Miller
Gênero: Comédia, ação
Bilheteria: 783,1 milhões USD
Canção original: Careless Whisper
Música composta por: Junkie XL
Data de lançamento: 11 de fevereiro de 2016 (Brasil)
*Mary Ellen Farias dos Santos é criadora e editora do portal cultural Resenhando.com. É formada em Comunicação Social - Jornalismo, pós-graduada em Literatura e licenciada em Letras pela UniSantos - Universidade Católica de Santos. Twitter: @maryellenfsm
Teaser
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