Para a idealizadora e coordenadora do curso de Formação Executiva em Moda da Fundação Getulio Vargas (FGV), Paula Acioli, a chegada de Meghan Markle à família real é a confirmação de todo o esforço da realeza britânica em se alinhar aos novos tempos.
De acordo com a especialista a realeza procura diálogo com as novas gerações, que, certamente serão as futuras apoiadoras da continuidade do sistema monárquico no Reino Unido, um dos mais prestigiados e longevos do mundo.
Paula Acioli lembra que desde o casamento de Elizabeth II, o primeiro enlace real a ser televisionado para o mundo, os casamentos da realeza britânica passaram a ser acontecimentos aguardados mundialmente, uma espécie de "Oscar Real" , onde as atenções se voltam para o que os noivos e convidados estão vestindo ou como estão se comportando.
"No casamento de Diana e Charles, nos anos 80, houve uma audiência mundial incrível, e essa audiência só aumenta com o passar do tempo, e é claro, com a ajuda da Internet. Serão bilhões de pessoas assistindo à transmissão, ávidos por todas as informações acerca do evento: do vestido de Meghan à presença dos convidados. A curiosidade é grande sobre, por exemplo, o que Meghan e sua mãe estarão vestindo, se Kate, mesmo recém-saída da maternidade, aparecerá no casamento com os três filhos", destaca Paula.
Príncipe Harry – A coordenadora da FGV ressalta ainda que apesar de suas poucas chances de chegar ao trono, Harry é um dos nomes mais famosos da família real, e o público britânico acompanhou sua trajetória desde seus primeiros minutos de vida. Segundo Paula Acioli, um dos motivos que o fazem essa figura tão atraente para os súditos da família real é a percepção da aparente mudança de comportamento do "ex-bad boy real".
"Harry era, a seu modo, o 'bad boy' da família real, vivia se metendo em confusões e escândalos típicos de jovens rebeldes. O público parecia gostar pois ele ia contra os padrões de comportamento, mas certamente era uma fonte de preocupações para a realeza. O casamento com Meghan Markle, mesmo sendo ela ativista e extremamente moderna para os padrões reais, parece ter sido uma espécie de alívio para a Casa Real. Para eles, o rebelde finalmente parece que tomará jeito e se aquietará com o casamento, que como sabemos, é uma instituição sagrada para as realezas, pois dele nascem os herdeiros que irão reinar", explica Paula Acioli.
Meghan – Sobre as comparações de Meghan Markle com Diana, mãe de Harry, a professora da FGV diz que elas são, em certa medida, justificadas, pois Diana (assim como Kate e Meghan) era uma natural defensora de causas sociais . "A diferença é que o destaque que Diana tinha na época em que era viva, era entendido como concorrência, pois ela ofuscava o marido Charles e outras figuras da realeza. Agora a compreensão real parece ter mudado e se adaptado aos tempos de redes sociais: Kate e Meghan, com sua extrema beleza, inteligência e atitude são consideradas fundamentais no processo de aproximação entre a Coroa Britânica e os ingleses, e não mais consideradas concorrentes de seus pares", pondera Paula Acioli.
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