Por: Mary Ellen Farias dos Santos
Em maio de 2018
Atualizado em 18 maio, às 12h30m
A característica história de "super herói" apimentada com muito sarcasmo, sacadas inteligentes e lutas surreais sobrevivem em "Deadpool 2". Na verdade, a essência do anti-herói amado por ser realista, romântico, fã de músicas dos anos 80, piadista -inclusive quando não deveria- e tagarela estão 100% presentes na sequência da FOX e Marvel, desta vez, com direção de David Leitch -que não deixa nada a desejar ao manter a desconstrução sem ter que seguir o politicamente correto.
Roteiro preguiçoso? É como que um bordão do protagonista que faz a reclamação, por vezes, para o público. Ironia? Total! O próprio Ryan Reynolds participou da criação escrita, ao lado de Paul Wernick, Rhett Reese, Rob Liefeld e Fabian Nicieza. O bate-papo com o público, a metalinguagem, está mais presente, funcionando como um elo entre protagonista e o espectador.
"Deadpool 2", assim como o primeiro, não é cheio de reviravoltas mirabolantes, mortes de protagonistas e personagens importantes como nos recentes sucessos da Marvel: "Logan" e "Vingadores: Guerra Infinita". O próprio Deadpool comenta isso! A história de Wade (Ryan Reynolds) vai além, pois a narrativa agarra pela excelência do texto lotado de tiradas e puro deboche, que balanceiam com o drama em diversas formas, seja a perda de um ente querido ou sofrer maus-tratos e até bullying.
Mais uma vez os detalhes enriquecem toda a trama. Embora continue sem papas na língua, o rei da pancadaria -com direito a uso de armas- não é a mesma metralhadora de palavrões, mas há uma justificativa mais plausível: Vanessa se foi. Sem motivos para viver e sem poder morrer, devido o alto poder de cura, Wade faz peripécias. Sim! O "mocinho" fica em pedaços, literalmente. Após o drama amoroso surge a apresentação clássica de "Deadpool", com dizeres hilários, do que será encontrado no longa, ao som da música de Celine Dion: "Ashes". Mesmo deprimido, enquanto bebe no bar do amigo, o anti-herói lembra da morte de George Michael, mas deixa claro não saber da partida de David Bowie.
Sem tempo para desenhar -as ilustrações aparecem nos créditos finais-, Wade está mais polido. Quem será que tentou lavar a boca dele? Talvez, ao ingressar na "Escola para Jovens Superdotados" do professor Xavier, mesmo que contra a vontade, o processo de "maneirar" o palavreado tenha acontecido de modo inconsciente. O que dizer da cena em que Deadpool reclama sobre nunca encontrar os X-Men famosos na mansão, enquanto que o público é presenteado com tamanha visão? Aos fãs, fica o momento de pura felicidade mesclada com aquela gargalhada que não se consegue conter.
"Deadpool 2" traz um Wade mais tolerante? Um pouquinho! O próprio comenta que a sequência é um filme de família. Digamos que sim e não, tudo depende do ponto de vista. Ao recrutar membros para formar o "X-Force", com o intuito de salvar um garoto com poderes ainda não dominados, o anti-herói seleciona perfis diferentes e promove a inclusão: uma linda negra sortuda -mesmo- com vitiligo a até um ser humano bigodudo, sem poderes, tem vez com ele.
O vilão? Vem diretamente do futuro para interferir no presente, mas não rouba a cena, de modo algum. Deadpool, indiscutivelmente, é o dono da história durante as 2 horas de filme. Há um outro vilão na trama, para atrapalhar o X-Force, por ser extremamente robusto e de uma força assombrosa, que, em certo momento, faz parceria com o garoto de dons incontrolados. O que ele faz a Wade? Proporciona um crescimento ainda mais hilário do que a mãozinha "fofa" -no primeiro filme.
Não há cena após os créditos finais, como no anterior em que o herói faz igual a Ferris Bueller de "Curtindo a Vida Adoidado", mas há boas surpresas antes e com alto grau de importância. Após os desenhos de Deadpool apresentando os personagens e seus atores, as cenas imperdíveis podem ser conferidas. Elas têm o poder de mudar grande parte do que se viu no filme. Logo, não há como classificar certos comentários do longa como "spoiler".
"Deadpool 2" é imperdível! A produção estreia nos cinemas em 17 de maio e foi proibida para menores de 18 anos. Na sexta-feria, dia 18 de maio, a classificação indicativa foi ajustada para 16 anos, podendo assistir se acompanhados por pais/responsáveis ou com autorização.
Filme: Deadpool 2 (Deadpool 2, eUA)
Direção: David Leitch
Roteiro: Ryan Reynolds, Paul Wernick, Rhett Reese, Rob Liefeld, Fabian Nicieza
Música composta por: Tyler Bates
Elenco: Ryan Reynolds, Josh Brolin, Zazie Beetz
Produtoras: 20th Century Fox, Marvel Entertainment, Genre Films, The Donners' Company
Data de lançamento: 17 de maio de 2018 (Brasil)
*Mary Ellen Farias dos Santos é criadora e editora do portal cultural Resenhando.com. É formada em Comunicação Social - Jornalismo, pós-graduada em Literatura e licenciada em Letras pela UniSantos - Universidade Católica de Santos. Twitter: @maryellenfsm
Em maio de 2018
Atualizado em 18 maio, às 12h30m
A característica história de "super herói" apimentada com muito sarcasmo, sacadas inteligentes e lutas surreais sobrevivem em "Deadpool 2". Na verdade, a essência do anti-herói amado por ser realista, romântico, fã de músicas dos anos 80, piadista -inclusive quando não deveria- e tagarela estão 100% presentes na sequência da FOX e Marvel, desta vez, com direção de David Leitch -que não deixa nada a desejar ao manter a desconstrução sem ter que seguir o politicamente correto.
Roteiro preguiçoso? É como que um bordão do protagonista que faz a reclamação, por vezes, para o público. Ironia? Total! O próprio Ryan Reynolds participou da criação escrita, ao lado de Paul Wernick, Rhett Reese, Rob Liefeld e Fabian Nicieza. O bate-papo com o público, a metalinguagem, está mais presente, funcionando como um elo entre protagonista e o espectador.
"Deadpool 2", assim como o primeiro, não é cheio de reviravoltas mirabolantes, mortes de protagonistas e personagens importantes como nos recentes sucessos da Marvel: "Logan" e "Vingadores: Guerra Infinita". O próprio Deadpool comenta isso! A história de Wade (Ryan Reynolds) vai além, pois a narrativa agarra pela excelência do texto lotado de tiradas e puro deboche, que balanceiam com o drama em diversas formas, seja a perda de um ente querido ou sofrer maus-tratos e até bullying.
Mais uma vez os detalhes enriquecem toda a trama. Embora continue sem papas na língua, o rei da pancadaria -com direito a uso de armas- não é a mesma metralhadora de palavrões, mas há uma justificativa mais plausível: Vanessa se foi. Sem motivos para viver e sem poder morrer, devido o alto poder de cura, Wade faz peripécias. Sim! O "mocinho" fica em pedaços, literalmente. Após o drama amoroso surge a apresentação clássica de "Deadpool", com dizeres hilários, do que será encontrado no longa, ao som da música de Celine Dion: "Ashes". Mesmo deprimido, enquanto bebe no bar do amigo, o anti-herói lembra da morte de George Michael, mas deixa claro não saber da partida de David Bowie.
Sem tempo para desenhar -as ilustrações aparecem nos créditos finais-, Wade está mais polido. Quem será que tentou lavar a boca dele? Talvez, ao ingressar na "Escola para Jovens Superdotados" do professor Xavier, mesmo que contra a vontade, o processo de "maneirar" o palavreado tenha acontecido de modo inconsciente. O que dizer da cena em que Deadpool reclama sobre nunca encontrar os X-Men famosos na mansão, enquanto que o público é presenteado com tamanha visão? Aos fãs, fica o momento de pura felicidade mesclada com aquela gargalhada que não se consegue conter.
"Deadpool 2" traz um Wade mais tolerante? Um pouquinho! O próprio comenta que a sequência é um filme de família. Digamos que sim e não, tudo depende do ponto de vista. Ao recrutar membros para formar o "X-Force", com o intuito de salvar um garoto com poderes ainda não dominados, o anti-herói seleciona perfis diferentes e promove a inclusão: uma linda negra sortuda -mesmo- com vitiligo a até um ser humano bigodudo, sem poderes, tem vez com ele.
O vilão? Vem diretamente do futuro para interferir no presente, mas não rouba a cena, de modo algum. Deadpool, indiscutivelmente, é o dono da história durante as 2 horas de filme. Há um outro vilão na trama, para atrapalhar o X-Force, por ser extremamente robusto e de uma força assombrosa, que, em certo momento, faz parceria com o garoto de dons incontrolados. O que ele faz a Wade? Proporciona um crescimento ainda mais hilário do que a mãozinha "fofa" -no primeiro filme.
Não há cena após os créditos finais, como no anterior em que o herói faz igual a Ferris Bueller de "Curtindo a Vida Adoidado", mas há boas surpresas antes e com alto grau de importância. Após os desenhos de Deadpool apresentando os personagens e seus atores, as cenas imperdíveis podem ser conferidas. Elas têm o poder de mudar grande parte do que se viu no filme. Logo, não há como classificar certos comentários do longa como "spoiler".
"Deadpool 2" é imperdível! A produção estreia nos cinemas em 17 de maio e foi proibida para menores de 18 anos. Na sexta-feria, dia 18 de maio, a classificação indicativa foi ajustada para 16 anos, podendo assistir se acompanhados por pais/responsáveis ou com autorização.
Direção: David Leitch
Roteiro: Ryan Reynolds, Paul Wernick, Rhett Reese, Rob Liefeld, Fabian Nicieza
Música composta por: Tyler Bates
Elenco: Ryan Reynolds, Josh Brolin, Zazie Beetz
Produtoras: 20th Century Fox, Marvel Entertainment, Genre Films, The Donners' Company
Data de lançamento: 17 de maio de 2018 (Brasil)
*Mary Ellen Farias dos Santos é criadora e editora do portal cultural Resenhando.com. É formada em Comunicação Social - Jornalismo, pós-graduada em Literatura e licenciada em Letras pela UniSantos - Universidade Católica de Santos. Twitter: @maryellenfsm
Trailer
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Música "Ashes" interpretada por Celine Dion
Filme para chorar de rir, mas é também cheio de pancadaria. As cenas depois dos nomes do elenco mudam tudo mesmo. Parabéns.
ResponderExcluirQue tiro? nada. Que filme foi esse? Franquia longa, já.
ResponderExcluirFilme de diversão, cara! Quero é ver de novo.
ResponderExcluirO melhor dos melhores. Filme pecou por ser mais limpo nas palavras, mas valeu muito.
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