Segundo uma pesquisa da Universidade Estadual de Michigan, nos Estados Unidos, o Brasil não é um dos países mais empáticos do mundo. O Brasil ficou em 51º na lista, atrás de países como o Equador, Arábia Saudita, Peru, Dinamarca e Emirados Árabes. Portanto, a falta de empatia é um problema mundial.
De acordo com a psicoterapeuta Socorro Leite a empatia pode ajudar não só os outros, como também a nós mesmos. "Acredito que a falta de empatia pode causar danos na vida íntima e social das pessoas. Ver o mundo conectado no olhar do outro facilita a comunicação, cria laços, fortalece-nos, promove a solidariedade e permite aprender com a experiência do outro", explica. "Quem deseja se relacionar saudavelmente precisa aceitar e compreender os sentimentos e emoções das outras pessoas. Essa conduta nos leva a agir com mais respeito, lealdade, transparência e generosidade. Afinal, todos queremos um mundo mais pacífico, justo, colaborativo e sustentável", ressalta.
Socorro Leite diz que a falta de empatia, pode ser ocasionada, pela falta de carinho e atenção ao longo da vida. "Muitas vezes recebo pacientes que nunca tiveram laços afetivos, não receberam amor e não sabem expressar seus sentimentos. São pacientes frios e focados em problemas individuais. Para eles, o outro não existe, não pensam e não sentem. A falta de empatia neles faz com que fiquem menos humanos, mais egoístas e menos solidários. Noto a dificuldade de conviverem com pessoas diferentes e acabam se isolando por não concordarem com as opiniões diferentes."
Socorro Leite, lembra ainda, que a empatia pode ser desenvolvida e aprendida. "Através da terapia podemos desenvolver a empatia e adotar esse novo comportamento, porém, o paciente precisa usar a empatia na medida certa e diariamente, em suas famílias e no seu ambiente de trabalho, melhorando assim suas relações interpessoais. No final do tratamento, percebo que os pacientes vão ficando cada vez mais fortes e maduros quando começam a olhar o mundo com os olhos do outro, deixando um pouco o seu próprio mundo interior. Eles acabam se tornando mais humildes e conseguem ver além do seu próprio umbigo."
Para desenvolver a empatia, a psicoterapeuta ensina alguns passos:
- Comece a compreender os sentimentos e emoções das pessoas que vivem com você;
- Aprenda a ouvir outros pontos de vista, abra a sua mente;
- Respeite os outros como você gostaria de ser respeitado;
- Tente imaginar o que você faria no lugar do outro antes de criticar;
- Não transfira suas frustrações e problemas para as pessoas que pensam diferente;
- Evite julgar o outro pela sua opinião e pensamentos;
- Tenha compreensão e paciência para conviver com quem você não gosta.
Socorro Leite afirma que o excesso de empatia e de sensibilidade pode afetar e prejudicar a vida da pessoa. Compreender e aceitar a dor do outro não é absolver e adquirir para si os problemas alheios. O ser humano deve aprender a medida certa para viver feliz e ter bons relacionamentos. Ser empático traz felicidade para si e também para os outros.
Socorro Leite é Psicóloga Clínica com Pós Graduação em Terapia Familiar Sistêmica e de Casais (Unifesp) e em Psicologia Hospitalar (CEPPS) e formação técnica em atendimento domiciliar (PUC). Atualmente Socorro Leite, trabalha com psicoterapias na sua clínica localizada em São Paulo e também realiza consultoria de empresas. É autora de livros publicados sobre o desenvolvimento e a valorização humana. Há mais de 20 anos ministra cursos e palestras e tem seu trabalho reconhecido desde 1995, em todo o território nacional. CRP: 06/108326, telefone (11) 3101-8449. Visite: www.socorroleite.com.br
quinta-feira, 10 de maio de 2018
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