quinta-feira, 26 de abril de 2018

.: O que aprendi sobre as relações antes dos meus 36 anos

Por: Mary Ellen Farias dos Santos
Em abril de 2018


A cada ano de vida novos questionamentos surgem concomitantemente a descobertas. Nos meus 35 anos de vida, aprendi que nada no mundo vale mais do que a família em que nascemos. Por outro lado, ter a chance de encontrar no mundo alguém para formar a própria família, é fabulosa. Eu, Mary Ellen, posso agradecer a Deus pelo parceiro amigo que ganhei. Ok! Ele foi insistente no início, em 2001, mas eu também precisava me fazer de difícil, né? Hoje, vejo tudo o que construímos juntos ao longo desses anos de namoro e casamento e sou extremamente feliz. Uma mulher realizada.

Entretanto, a convivência com outro ser humano é uma tarefa árdua. Dependendo de quem esteja do outro lado, todo o empenho pode representar um completo desperdício, mas como se diz "nada é em vão, se não é benção, é lição". A verdade é que nem todos vão gostar de você. Alguns vão torcer o nariz por conta do seu jeito, outros vão detestá-lo pelo fato de você ser reservado ou somente por "ouvirem falar de você" -seja bem ou mal. 

Assim, aprendi que a fala clássica "Você não é metida, como eu pensava" não é um elogio, muito pelo contrário. Apenas piora o fato de revelar o preconceito do outro, além de enfatizar a postura grosseira de revelá-la ao pré-julgado. Julgar? Verbo transitivo direto e intransitivo de "tomar decisão, deliberar na qualidade de juiz ou árbitro" que é tão colocado em prática sem qualquer averiguação. 

Ok! Quando o "santo não bate", muito difícil mudar a forma de ver o outro, porém é preciso saber o seu lugar. Sair de fininho e manter total distância é o suficiente. No entanto, o erro está aí! Há quem tenha a língua maior do que a boca e para manter a conversa com o novo "amiguinho", fala deliberadamente mal de outrem. Que pena! Seja do mente vazia de boca cheia e do ouvinte sedento por "novidades". Aviso que "disse-me-disse" é o resultado da pura falta do que fazer!

Em contrapartida, há os "conhecedores da vida alheia". Na qualidade de juízes supremos, rotulam, inventam mentiras e, pior, espalham a quem, de miolo mole, possa  -e queira- acreditar. Uma saída de mestre para ganhar aliados a pensamentos tortos pregados ferozmente. Entretanto, o tempo é senhor de tudo e nenhuma mentira é capaz de resistir. Por outro lado, o mais assustador são os lobos em pele de cordeiro, ou melhor, os que se fazem de amigos, mas não lhe querem bem. Conseguem enganar por um tempo determinado, mas as atitudes não mentem e tudo vem às claras.

A verdadeira amizade independe de distância, pois as redes sociais estão aí para unir os que, geograficamente, estão longe. Entretanto, quando esse apreço entre as pessoas simplesmente acontece -sem forçar a barra-, há um novo achado nesse mundo enlouquecido. Ter alguém para contar sonhos, decepções, rir e partilhar um pouco do que se gosta é um presente divino. 

Se eu posso dizer que sou especialista em relações? De modo algum. Ainda tenho muito o que aprender. Que Deus me proteja. Amém!


*Mary Ellen Farias dos Santos é criadora e editora do portal cultural Resenhando.com. É formada em Comunicação Social - Jornalismo, pós-graduada em Literatura e licenciada em Letras pela UniSantos - Universidade Católica de Santos. Twitter: @maryellenfsm


Das redes sociais, reflexões a serem sempre consideradas:

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