Por Luiz Gomes Otero*, em abril de 2018.
Sim, você pode ficar tranquilo: a voz inconfundível e afinada do cantor continua a mesma. E se moldou com perfeição nas composições escolhidas a dedo, com produção de Babyface e o apoio importante do veterano Clive Davis. O disco é uma aula de como se interpretar melodias com o sentimento enraizado direto na voz.
As baladas, como não poderia deixar de ser, predominam nas faixas. Johnny Mathis está brilhante cantando "Hallelujah" (de Leonard Cohen) e "Once Before I Go" (de Peter Allen). E até a balada "Blue Ain´t Your Color", do astro country Keith Urban, ganhou uma interpretação magistral de Mathis, assim como "You Raise Me Up", de Josh Groban.
Mathis também mostra interpretações singulares e convincentes para "Hello" (de Adele) e "Say Something" (hit de Christina Aguilera). Em ambas não há riscos de se cair no clichê romântico. Ele passeia com desenvoltura pelas melodias pop. Ou seja, segue uma receita que já conhece há mais de 50 anos.
A surpresa talvez tenha sido a inclusão da dançante "Happy", hit supremo de Pharrell Williams, que foi cantada com o arranjo original. Pharrell deve ter ficado orgulhoso com o resultado final.
Com mais esse álbum, Mathis mostra que não precisa provar mais nada. Apenas segue firme e forte no jogo da música. E que ele continue assim por muito mais tempo.
"Hallelujah"
"Happy"
"Say Something"
*Luiz Gomes Otero é jornalista formado em 1987 pela UniSantos - Universidade Católica de Santos. Trabalhou no jornal A Tribuna de 1996 a 2011 e atualmente é assessor de imprensa e colaborador dos sites Juicy Santos, Lérias e Lixos e Resenhando.com. Criou a página no Facebook Musicalidades, que agrega os textos escritos por ele.
Parabéns!
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