Por: Mary Ellen Farias dos Santos
Em março de 2018
Você paga diversos impostos em troca de benfeitorias por sua cidade, estado e país. Ai de ti que não pague, não é? Contudo, sabemos bem para onde "parte" do nosso dinheirinho suado e sofrido vai. Assim, esbarramos em uma série de problemas como falta de saúde, educação e a lista é quase tão infinita quanto a guerra de "Os Vingadores". Por outro lado, o ingrediente mais perigoso a ser acrescentado aos problemas gerados por "desvios de verbas" é a falta de caráter. Assim, quando esse tremendo mal se junta aos problemas gerados pelos que fazem o que bem entendem com o dinheiro público, o perigo é certeiro para quem leva uma vida seguindo as leis, o cidadão de bem.
Quem nunca se questionou a respeito de os verdadeiros motivos de agir corretamente, concluir que o faz para se sentir bem e só? A verdade é que nós -as formiguinhas operárias- somos expostos a todos os riscos, constantemente. Seja na falta de segurança ao simplesmente estacionar o seu carro na porta do Shopping de São Vicente e encontrar o pneu murcho, por não ter consentido que o flanelinha, dono da rua, "olhasse" o veículo na sua ausência ou viver em construções feitas com materiais sem qualidade, colocando a vida de moradores em perigo, em nome de aumentar os lucros da empresa construtora.
Indignados, questionamos a real possibilidade de mudar esse rumo obscuro da humanidade. Contudo, não nos cabe desanimar e deixar de acreditar que há luz no fim do túnel. O poema "A Pedra", de Antonio Pereira (Apon) reflete bem esse assunto tão delicado e confuso:
O distraído, nela tropeçou,
o bruto a usou como projétil,
o empreendedor, usando-a construiu,
o campônio, cansado da lida,
dela fez assento.
Para os meninos foi brinquedo,
Drummond a poetizou,
Davi matou Golias...
Por fim;
o artista concebeu a mais bela escultura.
Em todos os casos,
a diferença não era a pedra.
Mas o homem.
Poema publicado em 1999 no livro "Essência".
*Mary Ellen Farias dos Santos é criadora e editora do portal cultural Resenhando.com. É formada em Comunicação Social - Jornalismo, pós-graduada em Literatura e licenciada em Letras pela UniSantos - Universidade Católica de Santos. Twitter: @maryellenfsm
Em março de 2018
Você paga diversos impostos em troca de benfeitorias por sua cidade, estado e país. Ai de ti que não pague, não é? Contudo, sabemos bem para onde "parte" do nosso dinheirinho suado e sofrido vai. Assim, esbarramos em uma série de problemas como falta de saúde, educação e a lista é quase tão infinita quanto a guerra de "Os Vingadores". Por outro lado, o ingrediente mais perigoso a ser acrescentado aos problemas gerados por "desvios de verbas" é a falta de caráter. Assim, quando esse tremendo mal se junta aos problemas gerados pelos que fazem o que bem entendem com o dinheiro público, o perigo é certeiro para quem leva uma vida seguindo as leis, o cidadão de bem.
Quem nunca se questionou a respeito de os verdadeiros motivos de agir corretamente, concluir que o faz para se sentir bem e só? A verdade é que nós -as formiguinhas operárias- somos expostos a todos os riscos, constantemente. Seja na falta de segurança ao simplesmente estacionar o seu carro na porta do Shopping de São Vicente e encontrar o pneu murcho, por não ter consentido que o flanelinha, dono da rua, "olhasse" o veículo na sua ausência ou viver em construções feitas com materiais sem qualidade, colocando a vida de moradores em perigo, em nome de aumentar os lucros da empresa construtora.
Indignados, questionamos a real possibilidade de mudar esse rumo obscuro da humanidade. Contudo, não nos cabe desanimar e deixar de acreditar que há luz no fim do túnel. O poema "A Pedra", de Antonio Pereira (Apon) reflete bem esse assunto tão delicado e confuso:
O distraído, nela tropeçou,
o bruto a usou como projétil,
o empreendedor, usando-a construiu,
o campônio, cansado da lida,
dela fez assento.
Para os meninos foi brinquedo,
Drummond a poetizou,
Davi matou Golias...
Por fim;
o artista concebeu a mais bela escultura.
Em todos os casos,
a diferença não era a pedra.
Mas o homem.
Poema publicado em 1999 no livro "Essência".
*Mary Ellen Farias dos Santos é criadora e editora do portal cultural Resenhando.com. É formada em Comunicação Social - Jornalismo, pós-graduada em Literatura e licenciada em Letras pela UniSantos - Universidade Católica de Santos. Twitter: @maryellenfsm
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