Por Helder Moraes Miranda, em fevereiro de 2018.
Essa campanha "O Brasil Que Eu Quero" da Rede Globo, é bem simples: as pessoas criam conteúdo para a emissora de graça a fim de aparecer.
Os "escolhidos" vão compartilhar, chamar a família para assistir, alguns vão considerar bem engraçadinhos e, orgulhosos, vão publicar nas páginas de perfis pessoais.
Os haters de plantão também devem divulgar alguns depoimentos que considerarem ridículos só para tirarem sarro. Isso é uma bola de neve, pois se refletirá em audiência e, consequentemente, em publicidade. Ou seja, mais dinheiro para a Rede Globo.
Mas não se preocupe, estamos tão habituados a isso que nem percebemos... Afinal, é o que já se faz pelo Facebook, em que você também cria conteúdo de graça e alimenta essa rede social frequentada por bilhões de usuários... Como eu estou fazendo agora. Grátis.
Mas a rede social de Marc Zuckerberg, além de decidir por você quem vai ler postagens como essa a partir de algoritmos de inteligência artificial, ainda quer que você pague bem mais do que com mão-de-obra gratuita. Quer que você impulsione o que já foi publicado. Bem simples, tudo é dinheiro. Menos para eu e você, que trabalhamos sem perceber e não ganhamos nada com isso.
*Helder Moraes Miranda escreve desde os seis anos e publicou um livro de poemas, "Fuga", aos 17. É bacharel em jornalismo e licenciado em Letras pela UniSantos - Universidade Católica de Santos, pós-graduado em Mídia, Informação e Cultura, pela USP - Universidade de São Paulo, e graduando em Pedagogia, pela Univesp - Universidade Virtual do Estado de São Paulo. Participou de várias antologias nacionais e internacionais, escreve contos, poemas e romances ainda não publicados. É editor do portal de cultura e entretenimento Resenhando.
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