Por: Mary Ellen Farias dos Santos
Em fevereiro de 2018
Obsceno e infantil. Assim, a produção "A Forma da Água" pode ser resumida. O novo longa de Guillermo del Toro caminha pelas trilhas de "O Labirinto do Fauno" com a dose malvada do vilão torturador, a inocência da protagonista e a curiosidade alheia no comportamento de um ser vivo inusitado. Em contrapartida, a bela fotografia não usa da penumbra, pois se esbalda no esverdeado e seus tons, com um toque certeiro de abóbora e vermelho -tal qual a série "Pushing Daisies - Um Toque de Vida" (2007-2009).
Não há dúvida de que "A Forma da Água" é o perfeito presente de 2018 para o cinema. A bela homenagem esbarra com excelência na essência da cinematografia por meio da mudez -e não surdez- da protagonista, a seleção de programas televisivos acompanhados por ela e o amigo ou a maior mágica da trama que enfatiza a relação de uma humana com uma criatura única. Assim como nos antigos clássicos "Nosferatu" (1922) e "King Kong" (1933).
Como que uma versão moderna de "O Monstro Da Lagoa Negra" (1954), "A Forma da Água" transita com primor entre a realidade e fantasia. O enquadramento das câmeras, assim como a música de Carmen Miranda que está na trilha sonora, é um "Chica Chica Boom Chic" a mais que mostra o belo entre o erotismo e o conto de fadas -mesclados.
A película de 121 minutos, ambientada em 1963, durante a Guerra Fria, apresenta Eliza Sposito (Sally Hawkins), faxineira de um laboratório de instalação militar onde um homem anfíbio (Doug Jones), tratado como um deus, originário do Brasil, é mantido em cativeiro para fins de estudo.
Em estudo, o "monstro", como todo bom brasileiro não é de briga -somente revida a ataques- e até mostra estar aberto a amizade. Assim, Eliza que ouve, embora seja muda, estabelece uma relação camarada com a criatura. Enquanto toma conhecimento do risco de morte dele, Eliza acaba se apaixonando e termina por preparar um plano para ajudá-lo a escapar -contando com a ajuda dos amigos, claro!.
Octavia Spencer, interpretando a amiga da protagonista, Zelda, mais uma vez mostra o quão talentosa é. Aliás, nos momentos em que a trama deixa transparecer o excesso de fantasia e se perde, é a atuação de fibra do excelente elenco que toma as rédeas e consegue manter a atenção do público. "A Forma da Água" é uma excelente opção de entretenimento!
Filme: A Forma da Água (The Shape of Water, EUA)
Ano: 2017)
Gênero: Drama, Fantasia
Duração: 121 min.
Direção: Guillermo del Toro
Roteiro: Guillermo del Toro, Vanessa Taylor
Elenco: Michael Stuhlbarg, Sally Hawkins, Michael Shannon, Doug Jones, Octavia Spencer
Classificação: 16 anos
Estreia: 1 de Fevereiro de 2018
*Editora do site cultural www.resenhando.com. É jornalista, professora e roteirista. Twitter: @maryellenfsm
*Mary Ellen Farias dos Santos é criadora e editora do portal cultural Resenhando.com. É formada em Comunicação Social - Jornalismo, pós-graduada em Literatura, licenciada em Letras pela UniSantos - Universidade Católica de Santos e formada em Pedagogia pela Universidade Cruzeiro do Sul. Twitter: @maryellenfsm
Em fevereiro de 2018
Obsceno e infantil. Assim, a produção "A Forma da Água" pode ser resumida. O novo longa de Guillermo del Toro caminha pelas trilhas de "O Labirinto do Fauno" com a dose malvada do vilão torturador, a inocência da protagonista e a curiosidade alheia no comportamento de um ser vivo inusitado. Em contrapartida, a bela fotografia não usa da penumbra, pois se esbalda no esverdeado e seus tons, com um toque certeiro de abóbora e vermelho -tal qual a série "Pushing Daisies - Um Toque de Vida" (2007-2009).
Não há dúvida de que "A Forma da Água" é o perfeito presente de 2018 para o cinema. A bela homenagem esbarra com excelência na essência da cinematografia por meio da mudez -e não surdez- da protagonista, a seleção de programas televisivos acompanhados por ela e o amigo ou a maior mágica da trama que enfatiza a relação de uma humana com uma criatura única. Assim como nos antigos clássicos "Nosferatu" (1922) e "King Kong" (1933).
A película de 121 minutos, ambientada em 1963, durante a Guerra Fria, apresenta Eliza Sposito (Sally Hawkins), faxineira de um laboratório de instalação militar onde um homem anfíbio (Doug Jones), tratado como um deus, originário do Brasil, é mantido em cativeiro para fins de estudo.
Em estudo, o "monstro", como todo bom brasileiro não é de briga -somente revida a ataques- e até mostra estar aberto a amizade. Assim, Eliza que ouve, embora seja muda, estabelece uma relação camarada com a criatura. Enquanto toma conhecimento do risco de morte dele, Eliza acaba se apaixonando e termina por preparar um plano para ajudá-lo a escapar -contando com a ajuda dos amigos, claro!.
Filme: A Forma da Água (The Shape of Water, EUA)
Ano: 2017)
Gênero: Drama, Fantasia
Duração: 121 min.
Direção: Guillermo del Toro
Roteiro: Guillermo del Toro, Vanessa Taylor
Elenco: Michael Stuhlbarg, Sally Hawkins, Michael Shannon, Doug Jones, Octavia Spencer
Classificação: 16 anos
Estreia: 1 de Fevereiro de 2018
*Editora do site cultural www.resenhando.com. É jornalista, professora e roteirista. Twitter: @maryellenfsm
Trailer
*Mary Ellen Farias dos Santos é criadora e editora do portal cultural Resenhando.com. É formada em Comunicação Social - Jornalismo, pós-graduada em Literatura, licenciada em Letras pela UniSantos - Universidade Católica de Santos e formada em Pedagogia pela Universidade Cruzeiro do Sul. Twitter: @maryellenfsm
Filme lindo. Também achei que foi uma homenagem ao cinema. Ao belo de antigamente.
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