Em uma cidadezinha do interior da Inglaterra, no fim dos anos 1950, uma viúva de meia-idade decide abrir uma livraria. O que a protagonista não esperava é que sua aparentemente simples iniciativa provocaria um enorme rebuliço na pequena Hardborough. Lançado pela primeira vez na década de 1970, “A livraria” volta às prateleiras pela Bertrand Brasil em fevereiro com capa do filme homônimo, que estreia este ano nos cinemas brasileiros. A nova edição tem apresentação assinada por David Nicholls, autor de “Um dia”. No texto, ele esmiúça trechos do romance, além de falar sobre a carreira da autora Penelope Fitzgerald, um dos grandes nomes da literatura inglesa, e de contar sua experiência como livreiro na época em que dividia seu tempo entre a livraria e os palcos de teatro, onde atuava em Londres.
No filme, dirigido pela espanhola Isabel Coixet, a atriz Emily Mortimer interpreta a protagonista Florence Green, cujo desejo de construir uma livraria esbarra nos interesses de Violet Gamart – nas telas, vivida por Patricia Clarkson. Poderosa e influente, Gamart tem outros planos para a centenária casa que a protagonista escolheu como sede para seu estabelecimento. “A livraria” foi finalista do Booker Prize em seu ano de lançamento. Já a versão cinematográfica foi uma das grandes vencedoras do prêmio Goya deste ano, entregue no início de fevereiro: levou os troféus de melhor filme, direção e roteiro adaptado.
Ao mesmo tempo em que escreve uma história quase bucólica sobre uma pequena vila de interior e seus costumes, Fitzgerald adiciona toques melancólicos e até sombrios ao mostrar o pior lado de uma sociedade baseada em privilégios sociais. No microcosmo de Hardborough – como na vida – a inveja e a crueldade que vêm atreladas ao poder podem atrapalhar o final feliz. Com sua escrita precisa, a autora conta uma história atemporal.
TRECHO DA APRESENTAÇÃO:
“Apesar de a questão de classe aparecer a todo momento em A livraria, dinheiro e status social não são os divisores. O romance é político no sentido em que as afinidades e os instintos de Fitzgerald, assim como os de Florence, são liberais e amplamente contra o autoritarismo, mas o divisor real na vida, o que importa, se dá entre os “exterminadores e exterminados, com os primeiros predominando o tempo inteiro”. Esse é um tema recorrente nos romances de Fitzgerald, especialmente nos primeiros, inspirados em momentos de sua vida, e é difícil pensar em outro autor que escreva sobre o fracasso com tanta compaixão e perspicácia.” (David Nicholls)
Penelope Fitzgerald (1916-2000) foi uma das mais célebres romancistas, poetas, ensaístas e biógrafas da Inglaterra do século XX. Ganhou o Booker Prize em 1979 com “Offshore”. Em 1999, ganhou o Golden Pen Award por sua contribuição à literatura.
Livro: A livraria (The bookshop)
Autora: Penelope Fitzgerald
Tradutor: Sonia Coutinho
Páginas: 160
No filme, dirigido pela espanhola Isabel Coixet, a atriz Emily Mortimer interpreta a protagonista Florence Green, cujo desejo de construir uma livraria esbarra nos interesses de Violet Gamart – nas telas, vivida por Patricia Clarkson. Poderosa e influente, Gamart tem outros planos para a centenária casa que a protagonista escolheu como sede para seu estabelecimento. “A livraria” foi finalista do Booker Prize em seu ano de lançamento. Já a versão cinematográfica foi uma das grandes vencedoras do prêmio Goya deste ano, entregue no início de fevereiro: levou os troféus de melhor filme, direção e roteiro adaptado.
Ao mesmo tempo em que escreve uma história quase bucólica sobre uma pequena vila de interior e seus costumes, Fitzgerald adiciona toques melancólicos e até sombrios ao mostrar o pior lado de uma sociedade baseada em privilégios sociais. No microcosmo de Hardborough – como na vida – a inveja e a crueldade que vêm atreladas ao poder podem atrapalhar o final feliz. Com sua escrita precisa, a autora conta uma história atemporal.
TRECHO DA APRESENTAÇÃO:
“Apesar de a questão de classe aparecer a todo momento em A livraria, dinheiro e status social não são os divisores. O romance é político no sentido em que as afinidades e os instintos de Fitzgerald, assim como os de Florence, são liberais e amplamente contra o autoritarismo, mas o divisor real na vida, o que importa, se dá entre os “exterminadores e exterminados, com os primeiros predominando o tempo inteiro”. Esse é um tema recorrente nos romances de Fitzgerald, especialmente nos primeiros, inspirados em momentos de sua vida, e é difícil pensar em outro autor que escreva sobre o fracasso com tanta compaixão e perspicácia.” (David Nicholls)
Penelope Fitzgerald (1916-2000) foi uma das mais célebres romancistas, poetas, ensaístas e biógrafas da Inglaterra do século XX. Ganhou o Booker Prize em 1979 com “Offshore”. Em 1999, ganhou o Golden Pen Award por sua contribuição à literatura.
Livro: A livraria (The bookshop)
Autora: Penelope Fitzgerald
Tradutor: Sonia Coutinho
Páginas: 160
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