Por Luiz Gomes Otero*, em janeiro de 2018.
O som de "Standring" é extremamente limpo e elegante. Feito sob medida para quem curte o chamado smooth jazz. A guitarra está sempre precisa nos solos, que não precisam ser recheados com pedais de efeito. O que vale é o sentimento em cada acorde ou escala de solo tocada ao vivo.
O disco abre com a ótima "Pandora´s Box", com um riff irresistível que convida o ouvinte para a dança. E o balanço segue nessa linha nas ótimas "Almost September" e "Scatterfunk".
A receita de mescla do jazz instrumental com o pop pode ser notada na faixa "Love & Paragraphs", que possui elementos que já foram bem explorados por George Benson, por exemplo. É uma receita infalível, que costuma agradar em cheio o público.
Claro que o hit "Oliver´s Twist", cujo vídeo viralizou no YouTube há alguns anos, não poderia ficar de fora do repertório desse show. Assim como "Bossa Blue", na qual ele faz uma homenagem à nossa Bossa Nova. Em "Fast Train to Everywhere", o arranjo lembra o balanço de um trem partindo de uma estação ferroviária.
"Live In London" traz uma parte da interessante obra de Chris Standring. E é uma boa oportunidade para começar a ouvir e entender porque ele é chamado de "o Homem do Soul Jazz".
"Fast Train to Everywhere"
"Scatterfunk"
"Like This, Like That"
*Luiz Gomes Otero é jornalista formado em 1987 pela UniSantos - Universidade Católica de Santos. Trabalhou no jornal A Tribuna de 1996 a 2011 e atualmente é assessor de imprensa e colaborador dos sites Juicy Santos, Lérias e Lixos e Resenhando.com. Criou a página no Facebook Musicalidades, que agrega os textos escritos por ele.
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