Por: Daniel Bydlowski
Depois da primeira trilogia de Star Wars, que começou em 1977 e terminou em 1983, todos estavam curiosos para saber quando os primeiros episódios chegariam as telonas, já que a franquia muito espertamente tinha começado pela metade, com o episódio 4. A espera terminaria em 1999, com a euforia de ver um Star Wars 16 anos depois, quando o cinema, numa nova era, voltaria a explorar os caminhos da força e introduziria a misteriosa vida de Darth Vader.
Depois da primeira trilogia de Star Wars, que começou em 1977 e terminou em 1983, todos estavam curiosos para saber quando os primeiros episódios chegariam as telonas, já que a franquia muito espertamente tinha começado pela metade, com o episódio 4. A espera terminaria em 1999, com a euforia de ver um Star Wars 16 anos depois, quando o cinema, numa nova era, voltaria a explorar os caminhos da força e introduziria a misteriosa vida de Darth Vader.
Porém, estes novos filmes não tinham aquela magia dos anteriores. Personagens antigos foram desenvolvidos e outros introduzidos em uma galáxia que se tornava mais e mais complexa. Mesmo assim, o enredo às vezes parecia um pouco artificial e forçado em meio a inovações tecnológicas que tentavam, não somente, levar a franquia a um outro patamar em relação a efeitos especiais, mas também o próprio cinema, que começava a introduzir câmeras digitais. Assim, embora os espectadores assistissem aos longas empolgados para rever os seus personagens favoritos lutando pelo bem e desvendando mundos diferentes, sempre faltava nas obras um enredo mais forte capaz de completamente nos transportar a uma galáxia muito, muito distante.
Tudo começou a mudar em 2015, quando "Star Wars: O Despertar da Força", o episódio 6 e a sequência dos primeiros filmes, voltou com ajuda da Disney, que comprou a Lucasfilm. Afinal, em um cinema contemporâneo que se caracteriza por remakes, nada mais natural que repetir as histórias antigas de sucesso. Assim, as coisas acabaram se invertendo. Pouca atenção se dava à inovação tecnológica enquanto o enredo foi desenvolvido para relembrar aqueles do passado. Embora seja bom, a obra se perde em sua homenagem ao passado, pouco tentando ser mais criativa e apelando ao público que sentia saudade dos primeiros.
E então chega Star Wars: Os Últimos Jedi, trazendo a força dos originais consigo. Este não é uma homenagem, mas uma real continuação da saga. Não somente conta com um enredo muito bem desenvolvido, mas com uma real expansão do universo. Personagens já conhecidos e outros novos adquirem personalidades complexas e inéditos objetivos. Mundos desconhecidos são introduzidos com detalhes que vão desde a coleta de leite em uma terra alienígena até a pesca e o cassino, tornando-os convincentes e, consequentemente, divertidos. Até a magica dos filmes anteriores está de volta: sabemos mais da religião Jedi e da dificuldade de tomar a decisão certa, muitas vezes com visitas surpresas de personagens passados e queridos que nos mostram o caminho.
O enredo também se espelha nos episódios antigos para mostrar a evolução dos personagens de maneira mais complexa. Luke Skywalker é tão teimoso para embarcar em uma aventura na luta pelo bem quanto no filme de 1977 (claro, por razões diferentes). Além disso, seu comportamento como mestre de Rey lembra um pouco seu próprio mestre, Yoda, mostrando relacionamentos fortes entre personagens que duram por muitas décadas.
O filme também traz cenas memoráveis, contando com atuações inesquecíveis de Mark Hamill (interpretando Luke). Também nos deparamos com a morte de personagens legendários e que dão sua vida de maneira mais poética do que outros Star Wars, e que entrarão tanto para a história do cinema, quanto para o imaginário do público. Em Star Wars: Os Últimos Jedi, a força está de volta.
Daniel Bydlowski é cineasta brasileiro e artista de realidade virtual com Masters of Fine Arts pela University of Southern California e doutorando na University of California, em Santa Barbara, nos Estados Unidos. É membro do Directors Guild of America. Trabalhou ao lado de grandes nomes da indústria cinematográfica como Mark Jonathan Harris e Marsha Kinder em projetos com temas sociais importantes. Seu filme NanoEden, primeiro longa em realidade virtual em 3D, estreia em breve.
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