sábado, 23 de dezembro de 2017

.: Mitos e verdades sobre o Chester, preferido dos brasileiros na ceia

Há tanto mistério em torno do Chester, que surgiram diversas teorias mirabolantes para explicar que bicho é esse e de onde ele vem. Já falaram que a ave é do Polo Norte, um cruzamento entre peru e pato ou ainda que não tem cabeça. Seja por falta de informação ou para criar suspense, a verdade é que não há nada de sobrenatural sobre a ave que faz parte do centro da mesa de Natal da maioria dos brasileiros. Para tirar de vez essa história a limpo, a Perdigão desvenda todos esses mitos.

Chester é a ave norte-americana mais brasileira do mundo.
A ave é tão famosa e tradicional no Brasil, que muita gente pensa que foi naturalmente criada em solo brasileiro, mas não. Os pais do Chester foram trazidos dos EUA para o Brasil em 1979, com o objetivo de criar um concorrente ao peru – por isso tinha que ser uma ave muito especial. Depois de pouco tempo, cerca de três anos, o produto já estava disponível para consumo e rapidamente se tornou uma tradição nacional de Natal. E até o nome foi abrasileirado, pois Chester, marca registrada da Perdigão, vem da palavra inglesa “chest”, que significa peito (parte da ave com bastante carne).

Chester não é um cruzamento alienígena.
Chega de mistério e origens sobrenaturais: o Chester não tem nada de anormal ou deformado. Quem garante é Rodrigo Torres, gerente de genética e inovação agropecuária da BRF, detentora da marca Perdigão, que comercializa o produto. Torres explica que o Chester é uma ave especial, da espécie Gallus Gallus, selecionada ao longo dos anos para garantir um alto rendimento do peito, parte mais nobre do animal.

Chester é uma ave especial porque é produzida de forma diferente (e sim, tem cabeça).
A produção do Chester Perdigão tem início nos meses de fevereiro e março para chegar à mesa dos consumidores no Natal – é tanta preparação que algumas unidades da BRF, uma das maiores companhias de alimentos do mundo, são destinadas especialmente para criação do animal. Além disso, todo o ambiente é controlado para garantir as condições adequadas para o desenvolvimento da ave nas suas várias etapas de vida. O especialista lembra ainda que o Chester é abatido com peso maior que o de outras aves, e temperado de forma especial, o que garante sua popularidade em reuniões familiares, principalmente nas festas de final de ano. Ou seja: nada de “místico” envolve esse ciclo, e sim muito controle, cuidado e trabalho!

Chester não é uma ave “maromba”.
Há muita especulação em torno da utilização de hormônios e anabolizantes para acelerar o desenvolvimento de animais, principalmente o Chester, que é uma ave grande e com muita carne. Porém, não passam de teorias sem fundamento. “Não administramos hormônios, é proibido por lei”, pontua Torres.

Chester é maior pela soma da genética, alimentação e ambiente.
A alimentação é muito importante para o desenvolvimento adequado do animal e qualidade do produto final. Não é diferente com o Chester, só é preciso um processo mais específico e direcionado. “O que garante o diferencial e a qualidade é o longo processo de seleção das aves, a nutrição balanceada com ingredientes de qualidade, e a criação em condições controladas, para assegurar o bem-estar das aves e o perfeito desenvolvimento das características apreciadas pelos consumidores”, finaliza Torres.

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