Paulo Miklos sempre será lembrado como um dos fundadores do grupo Titãs. Mas a verdade é que sua carreira solo sempre pontou com trabalhos bem interessantes. E a história se repete com seu mais recente disco, "A Gente Mora no Agora", que flerta com ritmos mais característicos do Brasil, como o samba. E ele faz isso com uma desenvoltura e maturidade invejáveis.
O trabalho tem canções compostas em período de forte carga emocional que ele passou recentemente em sua vida pessoal. A confessional "Vou Te Encontrar", composta por Nando Reis (outro titã da formação original), foi gravada em homenagem a sua esposa, falecida recentemente. A canção é uma das melhores coisas que ele produziu nos últimos anos. Versos simples e diretos. Creio que Roberto Carlos gostaria de regravá-la algum dia. ("...No céu, no horizonte/No inverno, verão/Nas estrelas que formam/Uma constelação/Vou Te Encontrar...").
"Todo Grande Amor", uma parceria de Paulo Miklos com Silva, é outra canção que tem aquele toque dos anos 60, como o Roberto Carlos das antigas, sempre com uma dose certa de melancolia. (“Cada dia bom pode ser o último...”). Mas engana-se quem pensa que o disco é com tom baixo astral. Paulo Miklos passa uma mensagem altamente positiva nas canções, lembrando a urgência que temos que ter para viver o aqui e agora, sem deixar para depois o que se pode fazer hoje. Essa é a mensagem de "Não Posso Mais" (“Não posso mais/Adiar as coisas assim...”).
Outro momento bem legal é a parceria de Miklos com o tremendão Erasmo Carlos, na igualmente ótima "País Elétrico". Uma letra que se inspirou no fato de o Brasil ser uma das áreas do planeta que mais concentra raios. É impossível ouvir e ficar indiferente com as canções confessionais de Paulo Miklos e seus parceiros ilustres. Certamente você se identificará com alguma faixa desse disco. Porque todos nós moramos no agora. Nosso tempo é hoje e sempre temos que aprender a viver.
"Vou Te Encontrar"
"País Elétrico"
"Todo Grande Amor"
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