Fã declarado da música de Rita Lee, Lulu conta como surgiu a ideia de homenagear a obra de sua "Nave-Mãe" em um álbum: “Acabando de ler sua biografia percebi o quanto aquelas canções, cuja concepção ela detalha no livro, eram também a história da minha vida. Rita certamente é a compositora e cantora de música popular brasileira de quem eu sei mais músicas e letras de cor”, disse o cantor.
Sobre “Mamãe Natureza”, Lulu destrincha: “É uma dessas canções emblemáticas, Rock à paulista por excelência, comecei a tocá-la numa levada de blues, com o violão andando pela casa e botei um solo de gaita. Depois que estava masterizada, percebi que era uma mistura de The Beatles e The Rolling Stones, outra coisa formativa que tenho em comum com a Rita”. Na faixa “Desculpe o Auê”, o cantor frisa o hit: “Todo mundo canta junto, é aquela canção de pedido de desculpas. Não foi muito mistério: foi de novo pegar o violão e cantar”.
Já “Baila Comigo” foi um desafio: “Quando comecei a construí-la em minha cabeça, estava em Montevidéu (Uruguai), e foi onde me deparei com fenômeno ‘Despacito’, porque tocava no rádio o tempo todo. De cara, logo gostei do fato de uma música hispânica dominando os espaços mundiais e 'Baila Comigo' é uma música hispânica. Ela tem essa latinidade quase caricatural, assim do jeito que o brasileiro imagina”, diz Lulu.
“Fuga Nº 2” é a canção que fecha este EP. Feita em 1969, é o título mais antigo da coleção, explica Lulu: “Talvez tenha sido a música que me fez singularizar a Rita do grupo, porque era sua música solo no primeiro álbum que eu tive dos Mutantes”, revela o cantor. “Baby, Baby” é uma celebração muito pessoal da obra de uma grande artista por um grande fã.
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