Por: Mary Ellen Farias dos Santos
Em agosto de 2017
Ainda no domingo, escutei da minha mãe, que, quando o coração aperta demais, segurar as lágrimas não faz bem. De fato, tentei e até consegui um pouco. Lutei bravamente e segurei meu sentimento. Não queria desmoronar. Contudo, ver alguém que fez parte de nossa história com flores ao redor, mexe com a gente.
Pois bem, ainda nem dava 11 horas da manhã, da última sexta-feira quando o telefone de casa tocou e era a minha mãe.
- Olha, a tia faleceu!
Fiquei sem palavras até que soltei um... Xiii!
Ok! Ela já estava em idade avançada e nos últimos três meses internada, mas a esperança é sempre maior do que tudo nessa vida. Ela era forte e não queria morrer. Afinal, muitos dos "fantasmas" do passado que ousaram visitá-la, foram alertados: "Vão! Eu não quero morrer!"
Uma figura inesquecível! Essa era a minha tia-avó Conceição. Uma portuguesa sem meias palavras, com uma risada inconfundível e que me levava com os netos para o quartinho dos doces. Quantas vezes fomos até lá escondido de nossos pais, saíamos de mãos cheias. Ah! Lembrança nítida que levarei para o resto da minha vida.
Fico também com a última vez em que estivemos juntas tendo o meu marido ao lado. Na garagem da casa da irmã dela, enquanto terminávamos de lavar o carro, colocamos uma cadeirinha para que ela sentasse e abrimos uma caixa de bombons. Primeiro ela escolheu um smash e um charge. Ficou ali com a gente. Conversamos, rimos. Ela disse: Hum! Eu gosto desse bombom! Oferecemos mais.
Assim, aquela magia da infância de ir até aquele lugar encantado dos doces, eu pude retribuir um pouquinho. Sim! Aquela velhinha também gostava de docinhos. Valeu, tia!!
*Editora do site cultural www.resenhando.com. É jornalista, professora e roteirista. Twitter: @maryellenfsm
Em agosto de 2017
Ainda no domingo, escutei da minha mãe, que, quando o coração aperta demais, segurar as lágrimas não faz bem. De fato, tentei e até consegui um pouco. Lutei bravamente e segurei meu sentimento. Não queria desmoronar. Contudo, ver alguém que fez parte de nossa história com flores ao redor, mexe com a gente.
Pois bem, ainda nem dava 11 horas da manhã, da última sexta-feira quando o telefone de casa tocou e era a minha mãe.
- Olha, a tia faleceu!
Fiquei sem palavras até que soltei um... Xiii!
Ok! Ela já estava em idade avançada e nos últimos três meses internada, mas a esperança é sempre maior do que tudo nessa vida. Ela era forte e não queria morrer. Afinal, muitos dos "fantasmas" do passado que ousaram visitá-la, foram alertados: "Vão! Eu não quero morrer!"
Uma figura inesquecível! Essa era a minha tia-avó Conceição. Uma portuguesa sem meias palavras, com uma risada inconfundível e que me levava com os netos para o quartinho dos doces. Quantas vezes fomos até lá escondido de nossos pais, saíamos de mãos cheias. Ah! Lembrança nítida que levarei para o resto da minha vida.
Fico também com a última vez em que estivemos juntas tendo o meu marido ao lado. Na garagem da casa da irmã dela, enquanto terminávamos de lavar o carro, colocamos uma cadeirinha para que ela sentasse e abrimos uma caixa de bombons. Primeiro ela escolheu um smash e um charge. Ficou ali com a gente. Conversamos, rimos. Ela disse: Hum! Eu gosto desse bombom! Oferecemos mais.
Assim, aquela magia da infância de ir até aquele lugar encantado dos doces, eu pude retribuir um pouquinho. Sim! Aquela velhinha também gostava de docinhos. Valeu, tia!!
*Editora do site cultural www.resenhando.com. É jornalista, professora e roteirista. Twitter: @maryellenfsm
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