Por: Cleodon Coelho
Universal Music lança “Dia dos Namorados”, música inédita de Cazuza, com a participação de Ney Matogrosso. Música também ganhou clipe original e faz parte da coletânea “Cazuza Exagerado”, a partir de hoje nas lojas e serviços de streaming
A Universal Music lança hoje, dia 12 de junho, o single e o clipe de “Dia dos Namorados”, uma canção inédita de Cazuza, com a participação de Ney Matogrosso. A faixa, que acaba de chegar às plataformas digitais, é o carro-chefe da coletânea “Cazuza Exagerado”, também disponível a partir de hoje nos formatos físico e digital, com músicas do artista sobre o vasto universo do amor. “Dia dos Namorados” é uma composição de Cazuza (1958 – 1990) e Perinho Santana (1949 - 2012), gravada em julho de 1986, para o segundo álbum solo de Cazuza, “Só se for a dois”, mas ficou de fora do repertório final. A partir da gravação original, com a voz de Cazuza, o produtor Nilo Romero deu nova vida à canção e convidou Ney Matogrosso para dividir os vocais. Os dois cantores, que tiveram um breve romance, nunca chegaram a gravar juntos.
O novo clipe, que teve a direção do cineasta Leandro Corinto, foi gravado com vários casais de namorados e remete ao clima de amor, diversidade de relacionamentos e à ideia de que tudo está sempre em movimento. “A letra da música fala sobre o amor, a terra girar e o clipe segue esse conceito, de emocionar, provocar um sentimento de fraternidade e mostrar que o amor sempre esteve aí. Os atores são namorados de verdade e, nas filmagens, seguram um zootrópio, um aparelho óptico que permite visionar um movimento contínuo, para ter imagens girando. A ideia também foi brincar com instrumentos analógicos, numa época em que tudo é digital, com animação e uma mescla de linguagens”, explica o diretor. O álbum “Cazuza Exagerado” conta com 13 faixas e resgata grandes sucessos do cantor e compositor, como “Codinome Beija-Flor”, “Exagerado”, “O Nosso Amor a Gente Inventa” (Estória Romântica), “Faz parte do meu show”, e também algumas canções menos conhecidas, como “Cúmplice” e “Só se for a dois”.
Mesmo em planos diferentes, as trajetórias de Cazuza e Ney Matogrosso estarão, para sempre, unidas. Namorados, ainda que por um breve periodo, os dois tinham/têm em comum a coragem e a lucidez de quem vive à frente dos seus tempos. Nada mais natural, portanto, que o veterano artista seja o intérprete escolhido para uma participação mais que especial em uma gravação inédita do “exagerado”. “Dia dos Namorados”, feita em parceria com Perinho Santana, ganhou peso com esse encontro e virou o carro-chefe da coletânea “Cazuza Exagerado”, novo lançamento da Universal, em CD e álbum digital.
Foi depois da gravação de Ney para a emblemática “Pro Dia Nascer Feliz”, em 1983, que as composições de Cazuza começaram a chamar atenção. O eterno camaleão da MPB faria outros registros, como os de “Porque Que a Gente é Assim?”, “Fratura Não Exposta” e “Tudo é Amor”, todos com Cazuza ainda entre nós. E foi ele que, em 1998, oito anos após a morte do artista, lançou uma letra inédita: a bela “Poema”. E seguiu discos afora recriando joias como “O Tempo Não Para” e “Mulher Sem Razão”.
Mas só agora, depois de mais de 30 anos de histórias, as vozes dos dois se unem. “Todo dia em qualquer lugar / Eu te encontro mesmo sem estar / O amor da gente é pra reparar / Nos recados que quem ama dá”, dizem os versos iniciais. “Se o planeta só quer rodar / Nesse eixo que a gente está / O amor da gente é pra se guardar / Com cuidado pra não quebrar”, segue a apaixonada letra. “Hoje é o Dia dos Namorados / Dos perdidos e dos achados / É o Dia dos Namorados / Dos perdidos e dos achados”, explode o refrão da canção.
Gravada originalmente em julho de 1986, “Dia dos Namorados” na época não entrou no disco “Só Se For a Dois”, de 1987. O "novo" registro, um tesouro até então guardado no fundo do baú, foi trazido à tona por um nome que conhece bem o universo do saudoso cantor: Nilo Romero. Um dos parceiros de Cazuza em clássicos como “Brasil” e “Solidão Que Nada”, é ele quem produz a faixa, além de ser o baixista e arranjador. Ao seu lado, figuram Billy Brandão (guitarras), Lourenço Monteiro (bateria), Rodrigo Tavares (teclados), Marlon Sette (trombone), Altair Martins (trumpete e flughel) e José Carlos Bigorna (sax tenor e flauta). O arranjo dos metais foi feito por Nilo e Rodrigo Tavares. E o resultado de tudo isso, com certeza, deixaria o poeta feliz.
Cazuza, entretanto, não era apenas um autor inspirado. Era também um cantor de voz marcante, que ia da suavidade de “Codinome Beija-Flor” à passionalidade de “Exagerado”. As duas, claro, estão incluídas na nova coletânea. E é assim, no mesmo clima de “Dia dos Namorados”, que o álbum “Cazuza Exagerado” revive todos os jeitos de amar do artista.
“O Nosso Amor A Gente Inventa (Estória Romântica)”, um dos hits presentes, deixa claro: “O teu amor é uma mentira / Que a minha vaidade quer / E o meu, poesia de cego / Você não pode ver”. Logo em seguida, em “Todo Amor Que Houver Nessa Vida”, ele entoa: “Eu quero a sorte de um amor tranquilo / Com sabor de fruta mordida / Nós na batida, no embalo da rede / Matando a sede na saliva”. Essa, aliás, é uma das mais importantes de sua obra, com registros de Gal Costa, Caetano Veloso, Olívia Byington e Leila Pinheiro, entre outros.
A coletânea também resgata faixas menos bombadas, como “Cúmplice”, de seu primeiro álbum solo, de 1985. Feita em parceria com Zé Luiz, ela avisa de cara: “Hoje eu acordei querendo encrenca / Escrevi teu nome no ar / Bati três vezes na madeira / Senti você me chamar”. Outra ótima (re)descoberta é “Heavy Love”. “Eu não sei se o nosso caso vai durar ou não / Se o que sinto por você é doença ou paixão”, reflete a letra. “Só Se For a Dois”, música que batiza o segundo solo do artista, também foi resgatada. “As possibilidades de felicidade / São egoístas, meu amor / Viver a liberdade, amar de verdade / Só se for a dois”, diz a canção, também gravada por Elba Ramalho. “Mulher Sem Razão”, do disco “Burguesia” (de 1989), é outro destaque. A música, que fez sucesso na voz de Adriana Calcanhotto, manda um papo reto: “Saia, desta vida de migalhas / Desses homens que te tratam / Como um vento que passou”.
Meio bossa nova e rock´n´roll, “Faz Parte do Meu Show” – do álbum “Ideologia”, de 1988 – não poderia ficar de fora. Trata-se, sem dúvida, de uma das mais belas letras do compositor, com frases como “Faço promessas malucas / Tão curtas quanto um sonho bom / Se eu te escondo a verdade, baby / É pra te proteger da solidão”. Do mesmo disco, foi pinçada “Minha Flor, Meu Bebê”, sobre as dores e delícias de um amor submisso: “Dizem que tô louco / Que você manda em mim / Mas não me convencem, não / Que seja tão ruim”. A coletânea traz ainda o megahit “Solidão Que Nada”, que traça um painel da vida amorosa de um rock star: “Cada aeroporto é um nome num papel / Um novo rosto atrás do mesmo véu”.
Entre as 13 faixas, Cazuza é lembrado como intérprete em “O Mundo é um Moinho”, que ele gravou especialmente para o projeto “Cartola – Bate Outra Vez”, songbook do compositor mangueirense lançado em 1988. Os dois, não custa lembrar, eram quase homônimos em suas carteiras de identidade: Cazuza nasceu Agenor e Cartola, Angenor.
Por tudo isso, “Cazuza Exagerado” mostra como o artista não tinha medo de buscar o amor onde quer que estivesse. E a faixa “Dia dos Namorados” resume bem isso: “Diz que a era é pra sonhar / Que na Terra é só simplificar / O amor da gente é pra continuar / E a nossa força não vai parar”. Tempos atrás, Ney Matogrosso revelou à colunista Mônica Bérgamo, na Folha de São Paulo: “Eu conheci um Cazuza que poucos conheceram. Um Cazuza desarmado, que, na intimidade, era a pessoa mais doce, que era encantador, por quem me apaixonei. Era carinhoso, bonitinho, sabe? Ele confiava em mim. Sabia que o que eu sentia era de verdade”. Quando Cazuza nasceu, ele tinha 17 anos. O “exagerado” viveu apenas 32. Ney vai completar 76 em agosto. Mas o amor dos dois é pra continuar. E a força deles juntos não vai parar. Feliz eterno “Dia dos Namorados”.
Ouça o álbum: https://umusicbrazil.lnk.to/Exagerado2017PR
Universal Music lança “Dia dos Namorados”, música inédita de Cazuza, com a participação de Ney Matogrosso. Música também ganhou clipe original e faz parte da coletânea “Cazuza Exagerado”, a partir de hoje nas lojas e serviços de streaming
A Universal Music lança hoje, dia 12 de junho, o single e o clipe de “Dia dos Namorados”, uma canção inédita de Cazuza, com a participação de Ney Matogrosso. A faixa, que acaba de chegar às plataformas digitais, é o carro-chefe da coletânea “Cazuza Exagerado”, também disponível a partir de hoje nos formatos físico e digital, com músicas do artista sobre o vasto universo do amor. “Dia dos Namorados” é uma composição de Cazuza (1958 – 1990) e Perinho Santana (1949 - 2012), gravada em julho de 1986, para o segundo álbum solo de Cazuza, “Só se for a dois”, mas ficou de fora do repertório final. A partir da gravação original, com a voz de Cazuza, o produtor Nilo Romero deu nova vida à canção e convidou Ney Matogrosso para dividir os vocais. Os dois cantores, que tiveram um breve romance, nunca chegaram a gravar juntos.
O novo clipe, que teve a direção do cineasta Leandro Corinto, foi gravado com vários casais de namorados e remete ao clima de amor, diversidade de relacionamentos e à ideia de que tudo está sempre em movimento. “A letra da música fala sobre o amor, a terra girar e o clipe segue esse conceito, de emocionar, provocar um sentimento de fraternidade e mostrar que o amor sempre esteve aí. Os atores são namorados de verdade e, nas filmagens, seguram um zootrópio, um aparelho óptico que permite visionar um movimento contínuo, para ter imagens girando. A ideia também foi brincar com instrumentos analógicos, numa época em que tudo é digital, com animação e uma mescla de linguagens”, explica o diretor. O álbum “Cazuza Exagerado” conta com 13 faixas e resgata grandes sucessos do cantor e compositor, como “Codinome Beija-Flor”, “Exagerado”, “O Nosso Amor a Gente Inventa” (Estória Romântica), “Faz parte do meu show”, e também algumas canções menos conhecidas, como “Cúmplice” e “Só se for a dois”.
Mesmo em planos diferentes, as trajetórias de Cazuza e Ney Matogrosso estarão, para sempre, unidas. Namorados, ainda que por um breve periodo, os dois tinham/têm em comum a coragem e a lucidez de quem vive à frente dos seus tempos. Nada mais natural, portanto, que o veterano artista seja o intérprete escolhido para uma participação mais que especial em uma gravação inédita do “exagerado”. “Dia dos Namorados”, feita em parceria com Perinho Santana, ganhou peso com esse encontro e virou o carro-chefe da coletânea “Cazuza Exagerado”, novo lançamento da Universal, em CD e álbum digital.
Foi depois da gravação de Ney para a emblemática “Pro Dia Nascer Feliz”, em 1983, que as composições de Cazuza começaram a chamar atenção. O eterno camaleão da MPB faria outros registros, como os de “Porque Que a Gente é Assim?”, “Fratura Não Exposta” e “Tudo é Amor”, todos com Cazuza ainda entre nós. E foi ele que, em 1998, oito anos após a morte do artista, lançou uma letra inédita: a bela “Poema”. E seguiu discos afora recriando joias como “O Tempo Não Para” e “Mulher Sem Razão”.
Mas só agora, depois de mais de 30 anos de histórias, as vozes dos dois se unem. “Todo dia em qualquer lugar / Eu te encontro mesmo sem estar / O amor da gente é pra reparar / Nos recados que quem ama dá”, dizem os versos iniciais. “Se o planeta só quer rodar / Nesse eixo que a gente está / O amor da gente é pra se guardar / Com cuidado pra não quebrar”, segue a apaixonada letra. “Hoje é o Dia dos Namorados / Dos perdidos e dos achados / É o Dia dos Namorados / Dos perdidos e dos achados”, explode o refrão da canção.
Gravada originalmente em julho de 1986, “Dia dos Namorados” na época não entrou no disco “Só Se For a Dois”, de 1987. O "novo" registro, um tesouro até então guardado no fundo do baú, foi trazido à tona por um nome que conhece bem o universo do saudoso cantor: Nilo Romero. Um dos parceiros de Cazuza em clássicos como “Brasil” e “Solidão Que Nada”, é ele quem produz a faixa, além de ser o baixista e arranjador. Ao seu lado, figuram Billy Brandão (guitarras), Lourenço Monteiro (bateria), Rodrigo Tavares (teclados), Marlon Sette (trombone), Altair Martins (trumpete e flughel) e José Carlos Bigorna (sax tenor e flauta). O arranjo dos metais foi feito por Nilo e Rodrigo Tavares. E o resultado de tudo isso, com certeza, deixaria o poeta feliz.
Cazuza, entretanto, não era apenas um autor inspirado. Era também um cantor de voz marcante, que ia da suavidade de “Codinome Beija-Flor” à passionalidade de “Exagerado”. As duas, claro, estão incluídas na nova coletânea. E é assim, no mesmo clima de “Dia dos Namorados”, que o álbum “Cazuza Exagerado” revive todos os jeitos de amar do artista.
“O Nosso Amor A Gente Inventa (Estória Romântica)”, um dos hits presentes, deixa claro: “O teu amor é uma mentira / Que a minha vaidade quer / E o meu, poesia de cego / Você não pode ver”. Logo em seguida, em “Todo Amor Que Houver Nessa Vida”, ele entoa: “Eu quero a sorte de um amor tranquilo / Com sabor de fruta mordida / Nós na batida, no embalo da rede / Matando a sede na saliva”. Essa, aliás, é uma das mais importantes de sua obra, com registros de Gal Costa, Caetano Veloso, Olívia Byington e Leila Pinheiro, entre outros.
A coletânea também resgata faixas menos bombadas, como “Cúmplice”, de seu primeiro álbum solo, de 1985. Feita em parceria com Zé Luiz, ela avisa de cara: “Hoje eu acordei querendo encrenca / Escrevi teu nome no ar / Bati três vezes na madeira / Senti você me chamar”. Outra ótima (re)descoberta é “Heavy Love”. “Eu não sei se o nosso caso vai durar ou não / Se o que sinto por você é doença ou paixão”, reflete a letra. “Só Se For a Dois”, música que batiza o segundo solo do artista, também foi resgatada. “As possibilidades de felicidade / São egoístas, meu amor / Viver a liberdade, amar de verdade / Só se for a dois”, diz a canção, também gravada por Elba Ramalho. “Mulher Sem Razão”, do disco “Burguesia” (de 1989), é outro destaque. A música, que fez sucesso na voz de Adriana Calcanhotto, manda um papo reto: “Saia, desta vida de migalhas / Desses homens que te tratam / Como um vento que passou”.
Meio bossa nova e rock´n´roll, “Faz Parte do Meu Show” – do álbum “Ideologia”, de 1988 – não poderia ficar de fora. Trata-se, sem dúvida, de uma das mais belas letras do compositor, com frases como “Faço promessas malucas / Tão curtas quanto um sonho bom / Se eu te escondo a verdade, baby / É pra te proteger da solidão”. Do mesmo disco, foi pinçada “Minha Flor, Meu Bebê”, sobre as dores e delícias de um amor submisso: “Dizem que tô louco / Que você manda em mim / Mas não me convencem, não / Que seja tão ruim”. A coletânea traz ainda o megahit “Solidão Que Nada”, que traça um painel da vida amorosa de um rock star: “Cada aeroporto é um nome num papel / Um novo rosto atrás do mesmo véu”.
Entre as 13 faixas, Cazuza é lembrado como intérprete em “O Mundo é um Moinho”, que ele gravou especialmente para o projeto “Cartola – Bate Outra Vez”, songbook do compositor mangueirense lançado em 1988. Os dois, não custa lembrar, eram quase homônimos em suas carteiras de identidade: Cazuza nasceu Agenor e Cartola, Angenor.
Por tudo isso, “Cazuza Exagerado” mostra como o artista não tinha medo de buscar o amor onde quer que estivesse. E a faixa “Dia dos Namorados” resume bem isso: “Diz que a era é pra sonhar / Que na Terra é só simplificar / O amor da gente é pra continuar / E a nossa força não vai parar”. Tempos atrás, Ney Matogrosso revelou à colunista Mônica Bérgamo, na Folha de São Paulo: “Eu conheci um Cazuza que poucos conheceram. Um Cazuza desarmado, que, na intimidade, era a pessoa mais doce, que era encantador, por quem me apaixonei. Era carinhoso, bonitinho, sabe? Ele confiava em mim. Sabia que o que eu sentia era de verdade”. Quando Cazuza nasceu, ele tinha 17 anos. O “exagerado” viveu apenas 32. Ney vai completar 76 em agosto. Mas o amor dos dois é pra continuar. E a força deles juntos não vai parar. Feliz eterno “Dia dos Namorados”.
Ouça o álbum: https://umusicbrazil.lnk.to/Exagerado2017PR
Assista ao clipe aqui
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