Vencedor de sete estatuetas do Globo de Ouro, o musical é um dos favoritos ao Oscar 2017.
Por Daniel Bydlowski*
Em janeiro de 2017
"La La Land – Cantando Estações", dirigido por Damien Chazelle, é um sucesso de bilheteria nos EUA fazendo algo que tem sido muito comum em Hollywood por pelo menos uma década: olhando para trás e repetindo o estilo de filmes já consagrados. Porém, diferentemente dos constantes remakes e produções que repetem fórmulas de antigamente e apagam a criatividade dos tempos atuais, La La Land inova por fazer com que o passado sirva como uma releitura moderna. Assim, o filme dá um novo ângulo para apreciar o presente ao mesmo tempo em que traz a alegria de um musical clássico.
O filme começa com uma das cenas contemporâneas mais habituais de uma cidade grande: o engarrafamento de carros que parece não ter fim. É neste cenário que os personagens principais, Sebastian (Ryan Gosling) e Mia (Emma Stone), se esbarram pela primeira vez. O estresse do trânsito serve como pano de fundo para uma incrível dança e coreografia que traz leveza à cena difícil que é comum na realidade.
Cenas de estresse familiares não são as únicas coisas modernas que dão a "La La Land" um caráter único. Diferentemente de musicais como Cantando na Chuva, que inspirou fortemente o filme, Iphones e outros objetos da vida cotidiana influenciam o romance e aparecem em momentos críticos da história.
Mais interessante ainda é que com tudo isso, os lugares de filmagem escolhidos pelo diretor, assim como a bela fotografia da produção e musica cativante, fazem com que o espectador seja transportado para a era de ouro dos musicais. Assim, a inocência de um clássico dá a estas cenas e objetos do dia a dia um novo sentido. Deste modo, ao invés de fazer quem assiste escapar de uma realidade maçante para uma mais colorida de um musical, La La Land mostra que a vida ainda pode ser divertida.
Como se não bastasse celebrar a alegria de viver no presente, "La La Land – Cantando Estações" também moderniza o musical clássico dando ao espectador um final surpreendente, que ficará eternizado. Para aqueles que moram nas grandes cidades, enfrentar o tráfego depois de assistir o filme ficará mais fácil, mesmo que momentaneamente.
*Daniel Bydlowski é cineasta brasileiro com Master in fine Arts pela University of Southern of California e doutorando na University of California, em Santa Barbara, nos Estados Unidos. É membro do Directors Guild of America. Trabalhou ao lado de grandes nomes da indústria cinematográfica como Mark Jonathan Harris e Marsha Kinder em projetos com temas sociais importantes. Atualmente, está produzindo Nano Éden, primeiro longa em realidade virtual em 3D.
Por Daniel Bydlowski*
Em janeiro de 2017
"La La Land – Cantando Estações", dirigido por Damien Chazelle, é um sucesso de bilheteria nos EUA fazendo algo que tem sido muito comum em Hollywood por pelo menos uma década: olhando para trás e repetindo o estilo de filmes já consagrados. Porém, diferentemente dos constantes remakes e produções que repetem fórmulas de antigamente e apagam a criatividade dos tempos atuais, La La Land inova por fazer com que o passado sirva como uma releitura moderna. Assim, o filme dá um novo ângulo para apreciar o presente ao mesmo tempo em que traz a alegria de um musical clássico.
O filme começa com uma das cenas contemporâneas mais habituais de uma cidade grande: o engarrafamento de carros que parece não ter fim. É neste cenário que os personagens principais, Sebastian (Ryan Gosling) e Mia (Emma Stone), se esbarram pela primeira vez. O estresse do trânsito serve como pano de fundo para uma incrível dança e coreografia que traz leveza à cena difícil que é comum na realidade.
Cenas de estresse familiares não são as únicas coisas modernas que dão a "La La Land" um caráter único. Diferentemente de musicais como Cantando na Chuva, que inspirou fortemente o filme, Iphones e outros objetos da vida cotidiana influenciam o romance e aparecem em momentos críticos da história.
Mais interessante ainda é que com tudo isso, os lugares de filmagem escolhidos pelo diretor, assim como a bela fotografia da produção e musica cativante, fazem com que o espectador seja transportado para a era de ouro dos musicais. Assim, a inocência de um clássico dá a estas cenas e objetos do dia a dia um novo sentido. Deste modo, ao invés de fazer quem assiste escapar de uma realidade maçante para uma mais colorida de um musical, La La Land mostra que a vida ainda pode ser divertida.
Como se não bastasse celebrar a alegria de viver no presente, "La La Land – Cantando Estações" também moderniza o musical clássico dando ao espectador um final surpreendente, que ficará eternizado. Para aqueles que moram nas grandes cidades, enfrentar o tráfego depois de assistir o filme ficará mais fácil, mesmo que momentaneamente.
*Daniel Bydlowski é cineasta brasileiro com Master in fine Arts pela University of Southern of California e doutorando na University of California, em Santa Barbara, nos Estados Unidos. É membro do Directors Guild of America. Trabalhou ao lado de grandes nomes da indústria cinematográfica como Mark Jonathan Harris e Marsha Kinder em projetos com temas sociais importantes. Atualmente, está produzindo Nano Éden, primeiro longa em realidade virtual em 3D.
0 comments:
Postar um comentário
Deixe-nos uma mensagem.