sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

.: "Pesadelo na Cozinha": Erick Jacquin brilha como "SuperNanny"



Por Helder Miranda
Em janeiro de 2017


O restaurante “Escondidinho da Amada” abriu o primeiro episódio de “Pesadelo na Cozinha”. Erick Jacquin, no quase spin-off de “MasterChef”, brilha com o típico mau-humor que podemos acompanhar no reality mais famoso da Band, e também com a ternura que emana dele. Tanto que, embora seja famosa a história de que venha de falência de restaurante, ele tem o objetivo de salvar estabelecimentos da falência e ainda dar uma de conselheiro amoroso. Ou seja: é a "Super Nanny" dos restaurantes!

Relatos de beliscões, brigas no meio do salão, gritos, xingamentos, menosprezos, tudo o que faz parte de um relacionamento abusivo permearam a história de Amada e Fernando, este, por sua vez, apareceu berrando com o próprio pai e o expulsando do restaurante. Eu, particularmente, teria vergonha de ser filmado dessa maneira, ou, se Jacquin gritasse na minha cara, em meu próprio restaurante, como ele fez com Fernando, talvez eu o expulsasse naquele momento. 

Não sei se pela reforma do restaurante, pela propaganda em horário nobre, as pessoas aceitam se expor dessa maneira tao degradante. E ainda admitirem incompetências, como Amada, a dona do restaurante, correndo atrás dos clientes que esperaram muito tempo pelo prato que pediram... um desastre completo.

Se no início eles, os proprietários, levavam críticas para o lado pessoal, em pouco tempo tudo passou por um caminho de autopiedade e pieguice. O casal, que se destratava na frente de quem quisesse ouvir, passou a se tratar como um casal apaixonado demais para passar credibilidade. E, no final, Fernando até pediu desculpas para o pai! Mudanças radicais demais para ser verdade.

A cozinha, imunda, como foi mostrada no programa, também mostrou o outro lado, que pouco é mostrado ou pensado: os clientes de um restaurante nem imaginam o que acontece nos bastidores. 

Tudo muito triste e um pouco degradante, mas, como não poderia deixar de ser, um final edificante. “Pesadelo na Cozinha”, o vôo solo de Jacquin é, sim, entretenimento puro e um programa adorável. Agora, com as câmeras desligadas, eu não boto muita fé no futuro desse restaurante e, também, desse casal. Tomara que eu esteja errado.

Sobre o crítico
Helder Miranda é editor do portal Resenhando há 12 anos. É formado em Comunicação Social - Jornalismo e licenciado em Letras pela UniSantos -Universidade Católica de Santos, e pós-graduado em Mídia, Informação e Cultura pela USP. Atuou como repórter em vários veículos de comunicação. Lançou, aos 17 anos, o livro independente de poemas "Fuga", que teve duas tiragens esgotadas.

Um comentário:

  1. Acho que o Jacquin foi muito bem! Com maestria ele deu dicas e tentou ensinar um pouco de seu conhecimento para a equipe.Por ter visto seu restaurante falir por culpa dele mesmo (ele assumiu isso numa entrevista) ele deu a volta por cima e agora ajuda à não cometer erros que ocorreram em seu restaurante. Sucesso pra ele!

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