Por: Mary Ellen Farias dos Santos
Em novembro de 2016
"Dr. Estranho" vai além do habitual filme de super-herói que precisa abandonar a vida "normal" para salvar o mundo. Não que o doutor, que não aceita ser chamado de mestre ou mago, escape dessa sina heroica, mas o longa metragem traz lições: Valorize aquele que te respeita e sempre está ao seu lado, nunca pense ter o rei na barriga e querer resolver tudo com dinheiro e, por fim, tenha fé em você.
Como nada em nossa vida passa sem deixar marcas, Stephen Vincent Strange (Benedict Cumberbatch), afortunado, arrogante e cheio de si, sofre um acidente de carro e perde a firmeza nas mãos. Quer maldição maior do que essa para um médico do "nível" dele? Contudo, o doutor se empenha em diversos tratamentos que não surtem efeitos. No entanto, o raro caso de um "ex-deficiente" o leva até Kamar-Taj, situado em Kathmandu, no Nepal. Lá, ele conhece, a Suprema (Tilda Swinton) e toda a equipe. É preciso trabalhar o pensamento!
Talvez por não ter um protagonista adolescente, mas um homem, que, no caso, é médico, toda a narrativa de "Dr. Estranho" é madura. Já no início há um alerta em diálogo: ele é um homem inteligente, embora seja uma enciclopédia ambulante de cultura inútil. Eis outro diferencial de Stephen, um estudioso que curte besteiras.
O longa é dramático? De modo algum. A trama provoca reflexões, dá vários sustos -embora esteja longe de ser um filme de terror-, mas alivia, e muito, a tensão com piadas e cenas hilárias. A narrativa não é enfadonha ou cheia de explicações mirabolantes. Tudo é muitíssimo equilibrado.
Segura a atenção de qualquer um na sala de cinema. As carinhas de brava ou surpresa de Rachel McAdams na pele da também médica Christine Palmer são um quesito à parte. Christine e Strange brilham em cena, seja numa briga ou numa "luta conjunta".
Diante de "O Olho de Agamotto" e das primeiras aparições do grande vilão da história, é quase impossível não lincar com o olho de Sauron, de "O Senhor dos Anéis". Seja a quantidade de portais, os Sanctums, que são três, assim como os aneis do poder ou a vestimenta e cabelos de Legolas usado pelo rival de Dr. Estranho, Kaecilius (Mads Mikkelsen). Com ricas aproximações criativas, a jornada para salvar os reles mortais indefesos, é cumprida com louvor pelos poderosos da Marvel.
Em tempo, os efeitos especiais são incríveis e fortalecem o enredo do herói que se descobre aos poucos. Ok! Em algumas raras sequências, fica evidente o chroma key. Péssimo? De modo algum! Trata-se de um filme de herói. De fato, o 3D deixa claro que "Dr. Estranho" foi feito para ser visto com tal tecnologia. A realidade espelhada é de causar vertigem ou até um leve incômodo de tão perfeita que é.
A participação de Stan Lee é mais uma vez memorável. Como não amar aquele senhorzinho no trem fazendo um comentário que condiz com a luta entre o eterno, bem e mal? Vale lembrar aos mais desatentos, como toda produção Marvel, ao fim, continue ligado na telona enquanto os créditos passam, pois uma cena bombástica espera pelos fãs dos super-herois. Promete ser uma surpresa das boas!!
Sinopse: Doutor Estranho, é um super-herói, baseado no personagem de mesmo nome da Marvel Comics. Em Kathmandu, no Nepal, o feiticeiro Kaecilius e seus seguidores invadem o composto secreto Kamar-Taj e assassinam o guardião de textos antigos e místicos, para roubar o ritual de um livro proibido. Stephen Strange, aclamado neurocirurgião, perde o uso das mãos em um acidente de carro. Embora a ex-amante e colega de trabalho Christine Palmer tente ajudá-lo, após meses tentando cirurgias experimentais e esgotando os recursos financeiros, nada resolve o problema. Strange procura Jonathan Pangborn, paraplégico que misteriosamente voltou a andar. Ao chegar em Kamar-Taj, o Ancião mostra à Strange o poder no plano astral e outras dimensões, como a Dimensão do Espelho. Inteligente, Strange avança nos estudos, secretamente, lê textos proibidos e aprende a dobrar o tempo com o olho místico de Agamotto.
Filme: Dr. Estranho (Doctor Strange, EUA)
Ano: 2016
Direção: Scott Derrickson
Roteiro: Scott Derrickson, C. Robert Cargill
Produção: Marvel Studios
Distribuição: Walt Disney Studios Motion Pictures
Elenco: Benedict Cumberbatch, Chiwetel Ejiofor, Rachel McAdams, Benedict Wong, Michael Stuhlbarg, Benjamin Bratt, Scott Adkins, Mads Mikkelsen e Tilda Swinton.
*Editora do site cultural www.resenhando.com. É jornalista, professora e roteirista. Twitter: @maryellenfsm
Em novembro de 2016
"Dr. Estranho" vai além do habitual filme de super-herói que precisa abandonar a vida "normal" para salvar o mundo. Não que o doutor, que não aceita ser chamado de mestre ou mago, escape dessa sina heroica, mas o longa metragem traz lições: Valorize aquele que te respeita e sempre está ao seu lado, nunca pense ter o rei na barriga e querer resolver tudo com dinheiro e, por fim, tenha fé em você.
Como nada em nossa vida passa sem deixar marcas, Stephen Vincent Strange (Benedict Cumberbatch), afortunado, arrogante e cheio de si, sofre um acidente de carro e perde a firmeza nas mãos. Quer maldição maior do que essa para um médico do "nível" dele? Contudo, o doutor se empenha em diversos tratamentos que não surtem efeitos. No entanto, o raro caso de um "ex-deficiente" o leva até Kamar-Taj, situado em Kathmandu, no Nepal. Lá, ele conhece, a Suprema (Tilda Swinton) e toda a equipe. É preciso trabalhar o pensamento!
Talvez por não ter um protagonista adolescente, mas um homem, que, no caso, é médico, toda a narrativa de "Dr. Estranho" é madura. Já no início há um alerta em diálogo: ele é um homem inteligente, embora seja uma enciclopédia ambulante de cultura inútil. Eis outro diferencial de Stephen, um estudioso que curte besteiras.
O longa é dramático? De modo algum. A trama provoca reflexões, dá vários sustos -embora esteja longe de ser um filme de terror-, mas alivia, e muito, a tensão com piadas e cenas hilárias. A narrativa não é enfadonha ou cheia de explicações mirabolantes. Tudo é muitíssimo equilibrado.
Segura a atenção de qualquer um na sala de cinema. As carinhas de brava ou surpresa de Rachel McAdams na pele da também médica Christine Palmer são um quesito à parte. Christine e Strange brilham em cena, seja numa briga ou numa "luta conjunta".
Diante de "O Olho de Agamotto" e das primeiras aparições do grande vilão da história, é quase impossível não lincar com o olho de Sauron, de "O Senhor dos Anéis". Seja a quantidade de portais, os Sanctums, que são três, assim como os aneis do poder ou a vestimenta e cabelos de Legolas usado pelo rival de Dr. Estranho, Kaecilius (Mads Mikkelsen). Com ricas aproximações criativas, a jornada para salvar os reles mortais indefesos, é cumprida com louvor pelos poderosos da Marvel.
Em tempo, os efeitos especiais são incríveis e fortalecem o enredo do herói que se descobre aos poucos. Ok! Em algumas raras sequências, fica evidente o chroma key. Péssimo? De modo algum! Trata-se de um filme de herói. De fato, o 3D deixa claro que "Dr. Estranho" foi feito para ser visto com tal tecnologia. A realidade espelhada é de causar vertigem ou até um leve incômodo de tão perfeita que é.
A participação de Stan Lee é mais uma vez memorável. Como não amar aquele senhorzinho no trem fazendo um comentário que condiz com a luta entre o eterno, bem e mal? Vale lembrar aos mais desatentos, como toda produção Marvel, ao fim, continue ligado na telona enquanto os créditos passam, pois uma cena bombástica espera pelos fãs dos super-herois. Promete ser uma surpresa das boas!!
Sinopse: Doutor Estranho, é um super-herói, baseado no personagem de mesmo nome da Marvel Comics. Em Kathmandu, no Nepal, o feiticeiro Kaecilius e seus seguidores invadem o composto secreto Kamar-Taj e assassinam o guardião de textos antigos e místicos, para roubar o ritual de um livro proibido. Stephen Strange, aclamado neurocirurgião, perde o uso das mãos em um acidente de carro. Embora a ex-amante e colega de trabalho Christine Palmer tente ajudá-lo, após meses tentando cirurgias experimentais e esgotando os recursos financeiros, nada resolve o problema. Strange procura Jonathan Pangborn, paraplégico que misteriosamente voltou a andar. Ao chegar em Kamar-Taj, o Ancião mostra à Strange o poder no plano astral e outras dimensões, como a Dimensão do Espelho. Inteligente, Strange avança nos estudos, secretamente, lê textos proibidos e aprende a dobrar o tempo com o olho místico de Agamotto.
Filme: Dr. Estranho (Doctor Strange, EUA)
Ano: 2016
Direção: Scott Derrickson
Roteiro: Scott Derrickson, C. Robert Cargill
Produção: Marvel Studios
Distribuição: Walt Disney Studios Motion Pictures
Elenco: Benedict Cumberbatch, Chiwetel Ejiofor, Rachel McAdams, Benedict Wong, Michael Stuhlbarg, Benjamin Bratt, Scott Adkins, Mads Mikkelsen e Tilda Swinton.
*Editora do site cultural www.resenhando.com. É jornalista, professora e roteirista. Twitter: @maryellenfsm
Trailer do filme
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