sábado, 15 de outubro de 2016

.: Quando a chuva passar, por Donatella Fisherburg

Por: Donatella Fisherburg
Em outubro de 2016


A chuva caia e batia com muita força no vidro do carro. A cada kilômetro rodado, tudo só ficava ainda mais embaçado. Começou a refletir em toda a situação que passava. Não conseguiu manter a postura, embora estivesse sozinha. Chorou, chorou, chorou... O que havia feito de tão grave para estar assim?

Ali, no trânsito vagaroso e perigoso, por conta da forte chuva, queria se controlar, mas já não era possível. O medo foi quem comandou, explodindo em profundo tremor e lágrimas quentes não paravam de escorrer por seu rosto. Não foi capaz de soltar qualquer palavra. Apenas a amargura do temor.

Ao chegar na rota final, avistou um bom lugar para estacionar o carro, mas as mãos não paravam. Eram mais fortes, desobedeciam qualquer comando. Respirou fundo por vezes seguidas. Mandou que se acalmasse até controlar a situação.

Finalmente, recolheu as bolsas que levava e seguiu o caminho como se fosse outro lindo dia de sol, embora já estivesse toda ensopada.

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