Mostra Resiliência, do Museu da Pessoa, em exposição no Museu da Civilização do Canadá
Primeiro museu virtual do mundo, com um acervo de 17 mil histórias de vida e 60 mil fotos e documentos que narram a história da vida privada no Brasil nos seculos XX e XXI, o Museu da Pessoa apresenta no Museu da Civilização do Canadá, em Quebec, a mostra Resiliência.
Feita a convite do museu canadense, em virtude das Olimpíadas no Brasil, Resiliência apresenta 40 depoimentos de personagens de diferentes áreas e regiões do país, compondo um registro humanístico e histórico do Brasil dos séculos 20 e 21 para além dos seus ícones tradicionais, trazendo histórias e personalidades singulares. A seleção das histórias foi feita pela historiadora Karen Worcman, fundadora e diretora do Museu da Pessoa, junto da equipe do museu e da Cartola Filmes, que realizou os documentários apresentados na mostra e teve assistência de Luis Ludmer, mestre em Cinema pela Universidade de Vancouver.
A mostra fica em cartaz até o final de 2017.
A exposição
Resiliência é dividida em cinco nichos, que apresentam recortes sobre os seguintes temas:
Identité (Identidade) – apresenta culturas indígenas, africanas, quilombolas e outras que representam os saberes e fazeres que compõem a identidade brasileira;
Tensions (Tensões) – focada na dura realidade social do país, esse nicho apresenta histórias e personagens marcadas pela violência, exploração do trabalho, preconceitos raciais e sexuais, pelo analfabetismo, trabalho infantil e por histórias dos sem-terra e sem-teto;
Initiatives (Iniciativas)- traz histórias de pessoas e comunidades que implementam projetos para melhorar a realidade em que vivem;
Urbanité (Urbanidade) – o rápido processo de urbanização fez com que, em menos de 100 anos, mais de 80% da população rural se estabelecesse nas cidades brasileiras, dando origem a uma sociedade diversa e cosmopolita.
Créativité (Criatividade) – traz depoimentos das trajetórias de vida e processos criativos de poetas, escritores e jornalistas brasileiros.
“O fato de termos sido convidados a apresentar o Brasil no Musée de La Civilization em uma exposição sem objetos e totalmente composta por narrativas de pessoas é um marco em nossa história. Significa a oportunidade de compartilhar nosso sonho em fazer com que as histórias de vida de pessoas comuns sejam reconhecidas como um patrimônio em nossas sociedades”, afirma Karen Worcman, curadora e fundadora do Museu da Pessoa.
"Os seres humanos, independentemente de sua tribo, de sua cultura, compartilham uma memória. Imaginem um grande rio, onde águas de vários lugares, a água da chuva, a água dos igarapés, a água das nascentes, a água dele mesmo, dos lagos vai se integrando, vai rolando, vai fazendo fluxo. Esse rio de memória, ele é tão poderoso, que ele permite que a gente se entenda nesse instante. Não é nem no futuro, nem no passado, entende? Não é nem no futuro, nem no passado, não é alguma coisa pro futuro, não é alguma coisa pro passado, é uma possibilidade da gente se reconhecer, de comunicar um ao outro." (Ailton Krenak)
Sobre o Museu da Pessoa: Existe há 25 anos e tem a missão de tornar a história de vida de toda e qualquer pessoa parte do patrimônio intangível de nossa sociedade. Outorgou-se o nome de Museu na medida em que entendeu que a aquisição, preservação e disseminação de seu objeto de acervo – as histórias de vida – eram a essência de seu existir. Optou-se pelo acervo virtual – antes mesmo da Internet – porque o grande valor das narrativas de vida estava em seu conteúdo e era, portanto, imaterial. Definiu-se como colaborativo na medida em que integrou o público em todas as formas de participação, ou seja, dando a toda e qualquer pessoa a possibilidade de tornar-se, ela própria, acervo do museu; ou a possibilidade de assumir o papel de curador da memória.
A causa do Museu da Pessoa é a valorização da pessoa, em seu existir. Valorizar toda e qualquer pessoa como parte do patrimônio da sociedade é trabalhar para reconhecer que, independentemente da categoria social, cultural ou econômica de cada um, somos pessoas. Basta existir para ter seu valor reconhecido como portador de saber.
As histórias também são disseminadas por meio de produtos culturais como livros, exposições, documentários, sites, etc, e utilizado posteriormente em projetos socioculturais, colaborando com a transformação da cultura e dos valores, promovendo o diálogo e contribuindo na difusão das memórias individuais e coletivas.
Em 25 anos de atuação, o Museu da Pessoa inspirou a criação de três outros museus em Portugal, Canadá e EUA. Hoje conta com um acervo de 17 mil depoimentos de histórias de vida e 60 mil documentos e imagens que contam a história de instituições, cidades e de grupos sociais diversos. São mais de 260 projetos nas áreas de educação, comunicação, memória institucional e desenvolvimento social.
Sobre o Museu da Civilização de Quebéc: O Museu da Civilização (Musée de La Civilisation), sediado em Quebec, foi criado em 1984 e inclui o Musée de l'Amérique francophone, o Musée de la Place-Royale, a Maison historique Chevalier e o Centre national de conservation et d'études des collections.
Objetivos: Tornar conhecida a história e as diferentes culturas que fazem a nossa civilização, especialmente nos aspectos socais e materais dos diferentes povos que ocupam o território de Quebec – nativos e colonizadores – e os povos que contribuíram para o enriquecimento da cultura universial;
Garantir a preservação e o desenvolvimento de sua coleção etnográfica e de coleções representativas da civilização;
Garantir a participação de Quebec no mapa internacional dos museus, por meio de aquisições, exibições e atividades culturais.
Hoje um complexo museológico, o museu é reconhecido como um dos mais importantes e criativos museus do mundo.
Serviço:
Exposição: Resiliência.
www.mcq.org/fr/exposition?id=445632
Realização: Musée de la civilisation (Canadá) e Museu da Pessoa (Brasil).
Período: 21 de setembro de 2016 a 27 de outubro de 2017
Museu da Pessoa: www.museudapessoa.net
Primeiro museu virtual do mundo, com um acervo de 17 mil histórias de vida e 60 mil fotos e documentos que narram a história da vida privada no Brasil nos seculos XX e XXI, o Museu da Pessoa apresenta no Museu da Civilização do Canadá, em Quebec, a mostra Resiliência.
Feita a convite do museu canadense, em virtude das Olimpíadas no Brasil, Resiliência apresenta 40 depoimentos de personagens de diferentes áreas e regiões do país, compondo um registro humanístico e histórico do Brasil dos séculos 20 e 21 para além dos seus ícones tradicionais, trazendo histórias e personalidades singulares. A seleção das histórias foi feita pela historiadora Karen Worcman, fundadora e diretora do Museu da Pessoa, junto da equipe do museu e da Cartola Filmes, que realizou os documentários apresentados na mostra e teve assistência de Luis Ludmer, mestre em Cinema pela Universidade de Vancouver.
A mostra fica em cartaz até o final de 2017.
A exposição
Resiliência é dividida em cinco nichos, que apresentam recortes sobre os seguintes temas:
Identité (Identidade) – apresenta culturas indígenas, africanas, quilombolas e outras que representam os saberes e fazeres que compõem a identidade brasileira;
Tensions (Tensões) – focada na dura realidade social do país, esse nicho apresenta histórias e personagens marcadas pela violência, exploração do trabalho, preconceitos raciais e sexuais, pelo analfabetismo, trabalho infantil e por histórias dos sem-terra e sem-teto;
Initiatives (Iniciativas)- traz histórias de pessoas e comunidades que implementam projetos para melhorar a realidade em que vivem;
Urbanité (Urbanidade) – o rápido processo de urbanização fez com que, em menos de 100 anos, mais de 80% da população rural se estabelecesse nas cidades brasileiras, dando origem a uma sociedade diversa e cosmopolita.
Créativité (Criatividade) – traz depoimentos das trajetórias de vida e processos criativos de poetas, escritores e jornalistas brasileiros.
“O fato de termos sido convidados a apresentar o Brasil no Musée de La Civilization em uma exposição sem objetos e totalmente composta por narrativas de pessoas é um marco em nossa história. Significa a oportunidade de compartilhar nosso sonho em fazer com que as histórias de vida de pessoas comuns sejam reconhecidas como um patrimônio em nossas sociedades”, afirma Karen Worcman, curadora e fundadora do Museu da Pessoa.
"Os seres humanos, independentemente de sua tribo, de sua cultura, compartilham uma memória. Imaginem um grande rio, onde águas de vários lugares, a água da chuva, a água dos igarapés, a água das nascentes, a água dele mesmo, dos lagos vai se integrando, vai rolando, vai fazendo fluxo. Esse rio de memória, ele é tão poderoso, que ele permite que a gente se entenda nesse instante. Não é nem no futuro, nem no passado, entende? Não é nem no futuro, nem no passado, não é alguma coisa pro futuro, não é alguma coisa pro passado, é uma possibilidade da gente se reconhecer, de comunicar um ao outro." (Ailton Krenak)
Sobre o Museu da Pessoa: Existe há 25 anos e tem a missão de tornar a história de vida de toda e qualquer pessoa parte do patrimônio intangível de nossa sociedade. Outorgou-se o nome de Museu na medida em que entendeu que a aquisição, preservação e disseminação de seu objeto de acervo – as histórias de vida – eram a essência de seu existir. Optou-se pelo acervo virtual – antes mesmo da Internet – porque o grande valor das narrativas de vida estava em seu conteúdo e era, portanto, imaterial. Definiu-se como colaborativo na medida em que integrou o público em todas as formas de participação, ou seja, dando a toda e qualquer pessoa a possibilidade de tornar-se, ela própria, acervo do museu; ou a possibilidade de assumir o papel de curador da memória.
A causa do Museu da Pessoa é a valorização da pessoa, em seu existir. Valorizar toda e qualquer pessoa como parte do patrimônio da sociedade é trabalhar para reconhecer que, independentemente da categoria social, cultural ou econômica de cada um, somos pessoas. Basta existir para ter seu valor reconhecido como portador de saber.
As histórias também são disseminadas por meio de produtos culturais como livros, exposições, documentários, sites, etc, e utilizado posteriormente em projetos socioculturais, colaborando com a transformação da cultura e dos valores, promovendo o diálogo e contribuindo na difusão das memórias individuais e coletivas.
Em 25 anos de atuação, o Museu da Pessoa inspirou a criação de três outros museus em Portugal, Canadá e EUA. Hoje conta com um acervo de 17 mil depoimentos de histórias de vida e 60 mil documentos e imagens que contam a história de instituições, cidades e de grupos sociais diversos. São mais de 260 projetos nas áreas de educação, comunicação, memória institucional e desenvolvimento social.
Sobre o Museu da Civilização de Quebéc: O Museu da Civilização (Musée de La Civilisation), sediado em Quebec, foi criado em 1984 e inclui o Musée de l'Amérique francophone, o Musée de la Place-Royale, a Maison historique Chevalier e o Centre national de conservation et d'études des collections.
Objetivos: Tornar conhecida a história e as diferentes culturas que fazem a nossa civilização, especialmente nos aspectos socais e materais dos diferentes povos que ocupam o território de Quebec – nativos e colonizadores – e os povos que contribuíram para o enriquecimento da cultura universial;
Garantir a preservação e o desenvolvimento de sua coleção etnográfica e de coleções representativas da civilização;
Garantir a participação de Quebec no mapa internacional dos museus, por meio de aquisições, exibições e atividades culturais.
Hoje um complexo museológico, o museu é reconhecido como um dos mais importantes e criativos museus do mundo.
Serviço:
Exposição: Resiliência.
www.mcq.org/fr/exposition?id=445632
Realização: Musée de la civilisation (Canadá) e Museu da Pessoa (Brasil).
Período: 21 de setembro de 2016 a 27 de outubro de 2017
Museu da Pessoa: www.museudapessoa.net
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