Crédito da foto: Silvia Constanti |
Baiana, Joselia vive em São Paulo há 20 anos, 12 dos quais dedicados à cobertura de literatura, mercado editorial e políticas públicas voltadas à promoção da leitura no Brasil para os principais veículos do país, como os jornais Folha de S.Paulo e Valor Econômico.
Sua primeira participação na Flip foi a convite da curadora Ruth Lanna, na mesa em homenagem a Jorge Amado (1912-2001), protagonista da biografia que a jornalista prepara para o ano que vem.
Agora, como curadora, Joselia pretende levar à festa literária a diversidade de autores, gêneros e temáticas que melhor representam a literatura contemporânea mundial e as questões do Brasil e do mundo de hoje. “Ter nascido e crescido em Salvador me permitiu ter acesso não apenas a uma cultura local muito forte e marcante, mas também conviver com diferentes culturas, em virtude da presença particular de estrangeiros na Bahia”, conta. “A experiência de crescer em um ambiente multicultural e ter me dedicado à cobertura de livros durante mais de dez anos me permitiu enxergar a diversidade da produção nacional e estrangeira”.
A curadora pretende também “valorizar a experiência de estar em Paraty, fortalecer sua dimensão literária e reforçar o diálogo com outras artes, uma marca sua desde a primeira edição”.
Diretor-geral da Flip, Mauro Munhoz afirma que “a escolha de Joselia Aguiar como curadora da Flip se deu pela sua afinidade com a busca de criar uma experiência que una a literatura com o território”. Mauro destaca também a busca pelo aprofundamento “no caráter literário da Flip, como forma de abrir janelas em outras frentes, como a arquitetura, história e ciência, algo que faz parte do DNA da Flip”.
A curadora
Joselia Aguiar nasceu em Salvador (BA). Formou-se em comunicação social pela Universidade Federal da Bahia (UFBA). É mestre em história na Universidade de São Paulo (USP), mesmo departamento em que desenvolve atualmente seu doutorado (FFLCH-USP).
Ainda na época de estudante, foi repórter no jornal Bahia Hoje e coordenou a comunicação do Museu de Arte Moderna da Bahia. Estabeleceu-se em São Paulo para trabalhar na Folha de S.Paulo, concentrada de início na área de assuntos internacionais, exercendo as funções de repórter, redatora e correspondente em Londres. Fez na época um percurso de formação que incluiu cursos e oficinas na Inglaterra, Alemanha e Leste Europeu e uma pós-graduação lato sensu em relações internacionais pelo Núcleo de Pesquisa em Relações Internacionais da USP.
Há 12 anos voltada para a cobertura de literatura, mercado editorial e políticas públicas para a leitura, Joselia foi editora-assistente e editora-chefe da EntreLivros, revista mensal de livros que circulou entre 2005 e 2008 e marcou o setor.
De volta à Folha de S.Paulo, em 2011, assinou uma coluna e um blog de livros. Escreve regularmente para o jornal Valor Econômico e Pessoa, revista digital de literatura lusófona, além de participar de comissões julgadoras de concursos literários e coordenar oficinas de escrita de não-ficção. Foi curadora da 7ª edição do Festival da Mantiquera, no distrito de São Francisco Xavier, em São José dos Campos.
A convite da Três Estrelas, editora do grupo Folha de S.Paulo, iniciou em 2011 pesquisas e entrevistas para escrever a biografia do escritor Jorge Amado (1912-2001), projeto cuja data de lançamento deve ser anunciada em breve. No seu projeto de doutorado, estuda os diálogos literários e políticos do romancista baiano com escritores da América hispânica.
Temporada de sugestões 2017
Seguindo a prática das últimas edições da Flip, a curadoria inicia os trabalhos de 2017 abrindo uma temporada de sugestões, para que leitores, editores e escritores possam enviar ideias para a programação. As sugestões poderão ser enviadas até 15 de fevereiro, por meio de formulário no site da Flip (flip.org.br).
Curadores anteriores
- Flávio Pinheiro - 2003 e 2004
- Ruth Lanna e Samuel Titan- 2005
- Ruth Lanna - 2006
- Cassiano Elek Machado - 2007
- Flávio Moura - 2008 a 2010
- Manuel da Costa Pinto - 2011
- Miguel Conde - 2012 e 2013
- Paulo Werneck – 2014 a 2016
Quem faz a Flip
A Casa Azul é uma organização da sociedade civil de interesse público que desenvolve projetos nas áreas de arquitetura, urbanismo, educação e cultura. Desde as primeiras ações, há mais de 20 anos, vem desenvolvendo uma metodologia de leitura territorial capaz de potencializar importantes transformações no território. Em Paraty, onde a associação se originou, esse processo levou à realização de ações de permanência, com projetos como a Flip, a Biblioteca Casa Azul e o Museu do Território de Paraty, entre outros.
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