Por: Mary Ellen Farias dos Santos
Em outubro de 2016
Estava toda serelepe, iria participar da inauguração do espaço que promete alimentar até a alma, afinal era preciso ir até lá com fome. Já na entrada confirmação dos nomes na lista, muitos funcionários para recepcionar. Dentro, já não tinha mais lugar para sentar, pois a turma que "agarra e não solta mais" lugares em festas não deixou sobrar um assentinho que fosse.
Ok! Sabia muito bem que não era VIP, mas estava ali. Recolheu-se em sua insignificância diante daqueles "famosos" e familiares do dono. O cronômetro passou a ser um inimigo, não seguia em frente. Olhava na cara de um e de outro. Nada tinha a dizer. Sem papo com aquele tipo de gente!! O que comer? Nada! Ao menos tomou um copinho de refrigerante.
Pensou o que fazia ali. Resolveu dar uma chance. Derrubou as barreiras do preconceito. Passou um e outro que conhecia para um dedo de prosa sempre superficial e desinteressante. Em pouco tempo, de tão cheio que o lugar ficou, só aumentando o tom de voz para conseguir ser entendida.
Rapidamente o ambiente tornou-se desesperador. Só queria ir para casa, mas como falar com o seu acompanhante animado? Estudou, estudou e tomou coragem. Embora esperasse uma negativa, a verdade é que ele também não estava vendo a hora de sair dali.
E a chuva? Sem problema algum! Estar fora e bem longe dali era uma verdadeira realização. No caminho até o carro, refletiram sobre o que viram e viveram. De que adianta estar num lugar que tenta imitar um recorte paulistano, mas faz passar fome?
*Editora do site cultural www.resenhando.com. É jornalista, professora e roteirista. Twitter: @maryellenfsm
Em outubro de 2016
Estava toda serelepe, iria participar da inauguração do espaço que promete alimentar até a alma, afinal era preciso ir até lá com fome. Já na entrada confirmação dos nomes na lista, muitos funcionários para recepcionar. Dentro, já não tinha mais lugar para sentar, pois a turma que "agarra e não solta mais" lugares em festas não deixou sobrar um assentinho que fosse.
Ok! Sabia muito bem que não era VIP, mas estava ali. Recolheu-se em sua insignificância diante daqueles "famosos" e familiares do dono. O cronômetro passou a ser um inimigo, não seguia em frente. Olhava na cara de um e de outro. Nada tinha a dizer. Sem papo com aquele tipo de gente!! O que comer? Nada! Ao menos tomou um copinho de refrigerante.
Pensou o que fazia ali. Resolveu dar uma chance. Derrubou as barreiras do preconceito. Passou um e outro que conhecia para um dedo de prosa sempre superficial e desinteressante. Em pouco tempo, de tão cheio que o lugar ficou, só aumentando o tom de voz para conseguir ser entendida.
Rapidamente o ambiente tornou-se desesperador. Só queria ir para casa, mas como falar com o seu acompanhante animado? Estudou, estudou e tomou coragem. Embora esperasse uma negativa, a verdade é que ele também não estava vendo a hora de sair dali.
E a chuva? Sem problema algum! Estar fora e bem longe dali era uma verdadeira realização. No caminho até o carro, refletiram sobre o que viram e viveram. De que adianta estar num lugar que tenta imitar um recorte paulistano, mas faz passar fome?
*Editora do site cultural www.resenhando.com. É jornalista, professora e roteirista. Twitter: @maryellenfsm
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